A luta pela restauração total e duplicação da BR 364 é uma campanha que o jornal eletrônico RONDONIADINAMICA vem realizando há tempo. Construída na década de 80, quando ainda não existiam as carretas e bitrens que transportam até 60 t, mas sim as jamantas de no máximo 27 t, a rodovia está com trechos sem as mínimas condições de trafegar com segurança.
Na ligação entre Porto Velho a Ji-Paraná, com aproximadamente 380 quilômetros, o trecho entre o retão da Fazenda Nova Vida, a Ouro Preto do Oeste (cerca de 90 km), está totalmente comprometido. Há tempo o Dnit vem tentando amenizar a situação com reparos, mas sem resultado prático.

O trecho entre Presidente Médici a Cacoal (79 km) é mais uma etapa de martírio para motoristas e passageiros. São necessários pelo menos duas horas para se interligar as cidades, mesmo assim com o máximo de cuidado, porque os buracos tomam conta da pista. No mínimo descuido o pneu fura, ou estoura e aparecem ruídos na suspensão. E o motorista ainda agradece por não ocorrer problema maior, como um acidente grave e com vítimas.

Já a ligação entre Pimenta Bueno a Vilhena, com cerca de 200 quilômetros está com o piso deteriorado no trecho de Pimenta ao distrito de Guaporé. São 100 quilômetros perigosos, que todos os anos durante as chuvas (inverno amazônico) ficam praticamente intrasitáveis, perigosos.

O trafego na 364 aumentou de forma considerável nos últimos dez anos. Além de Rondônia passar a produzir soja em quantidade para exportação, boa parte da produção de grãos da região Oeste do Mato Grosso é exportada pelo porto graneleiro de Porto Velho.

No período de safra no vizinho Estado, aproximadamente duas mil carretas circulam diariamente no trecho, a maioria com excesso de peso, abuso “permitido” pelo governo federal, que desativou as balanças existentes (Ouro Preto do Oeste é uma delas) comprometendo ainda mais o pavimento da 364, que já é inadequado.

Estranhamente as balanças são desativadas, quase sempre com a desculpa de fim de contrato, no período de safra. Atitude típica de corrupto, muito comum no serviço público, seja federal, estadual ou municipal.

A bancada federal de Rondônia (três senadores e oito deputados) não tem força suficiente para pressionar o governo federal, para recuperar e duplicar imediatamente a BR 364, no trecho entre Porto Velho a Vilhena, com cerca de 700 quilômetros. Entra ano, sai ano e a ladainha é a mesma: promessas e mais promessas, nenhuma cumprida.

Os anos vão passando e aumentando o número de pessoas mortas, enlutando famílias, problema que poderia ser amenizado com uma rodovia digna da luta do povo trabalhador de Rondônia. Além do elevado número de acidentes, grande parte com vítimas fatais, o Estado perde muito na economia, pois com a 364 em plenas condições de uso o PIB de Rondônia, que não é ruim seria ainda melhor.

Por isso o clamor do povo tem o apoio do RONDONIADINAMICA: Duplicação da BR 364-Já.