Há 21 anos o agricultor piauiense Joaquim Lopes, 51 anos, percorre cerca de 60 km a pé carregando nas costas uma cruz de madeira. O esforço é para pagar uma promessa que fez. Natural de Dom Expedido Lopes, cidade a 281 km de Teresina, o agricultor faz o percusso todos os anos para participar da procissão de Bom Jesus dos Passos em Oeiras, Sul do estado.
Em suas orações, Joaquim pediu a intercessão do santo após ser diagnosticado com um tumor nas costas. Curado, ele decidiu pagar a promessa e todos os anos segue a pé para participar da festividade religiosa que aconteceu na última sexta-feira (18).
Em suas orações, o agricultor piauiense Joaquim Lopes, 51 anos, pediu a intercessão do Bom Jesus dos Passos depois após ser diagnosticado com um tumor nas costas. Curado, ele decidiu pagar a promessa e todos os anos
"Muita fé, e isso tudo é porque na primeira vez que vim a Oeiras eu sofri muito para chegar até os pés do meu padroeiro Bom Jesus, na festa de Bom Jesus dos Passos. No primeiro eu vim sozinho carregando a cruz. Andei muito até chegar, sem comer e sem beber água", contou dizendo que enquanto tiver resistência vai continuar cumprindo a promessa.
Outras pessoas também cumprem a mesma penitênca e todos os anos saem das localidades vizinhas para a cidade de Oeiras para a tradicional procissão. Como moradores do município de São João da Varjota, que fica a 35km da primeira capital piauiense.
Toda esta manifestação de fé é para manter a tradição religiosa da cidade de Oeiras. Cada morador da cidade, carrega há várias gerações a fé cristã católica. E quando a Semana Santa se aproxima, a religiosidade ganha ainda mais força.
Durante o período da Quaresma, todos da cidade, nas praças, em casa, no trabalho e na igreja, se cobrem de roxo, pedindo perdão. Um outro ato religioso que é tradicional na cidade de Oeiras é a troca das vestes de Bom Jesus dos Passos, que acontece todo ano na quinta-feira que antecede a Semana Santa.
O ritual é tão sagrado que não pode ser filmado ou fotografado. A troca das vestes do Santo acontece na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória, é feita por um grupo de homens.
"Quando a gente desce o Santo do mastro, geralmente nós não tiramos as vestes as quais ele passa o ano todo. Nós o cobrimos com uma túnica sem precisar olhar a imagem despida˜, contou o músico que participa do ato, João Tomás dos Santos – G1.
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