Braço direito de Temer fala em cortes de programas sociais
Uma reportagem da jornalista Alexa Salomão, no jornal O Estado de S.Paulo deste domingo informa que as diretrizes econômicas de um eventual governo Michel Temer preveem uma revisão drástica dos gastos sociais. Um dos principais responsáveis pelo programa é o ex-governador do Rio de Janeiro, Wellington Moreira Franco, que elaborou o documento "Ponte para o futuro".
As mudanças envolvem a revisão de vários programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e o Fies, além do próprio Sistema Único de Saúde.
Um dos seus alvos é o programa habitacional do governo Dilma, que conta com subsídios do FGTS. “Isso precisa ser enfrentado antes que vire um grande problema: estão levando o uso do FGTS ao limite – e o fundo é do trabalhador, precisa ser remunerado, não dá para fazer graça com o dinheiro do outros, diz Moreira”
Ele também falou sobre o Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil. “O Fies é eficaz, mas precisa de meritocracia”, afirmou Moreira. “Não pode ocorrer como no ano passado, quando vimos 3 milhões de alunos perdidos, sem repasses, ouvindo a desculpa que havia problema no sistema de informática, mas era falta de dinheiro para todo mundo.”
"Existe ainda a leitura de que é fundamental fazer uma intervenção no SUS. O sistema é vital, mas está fora de controle. Não há, porém, clareza sobre como reorganizá-lo. Ao final, as propostas de cunho social vão se somar as da área macroeconômica para criar um pacote de reestruturação dos gastos", informa a reportagem do Estadão
Gaspari: Temer é a solução para as oligarquias
Temer convém por muitos motivos, sobretudo porque evita a eleição, diz o colunista.
Em sua coluna deste domingo, o colunista Elio Gaspari afirma que a "saída Temer" é hoje o caminho mais confortável para as oligarquias política e econômica que dominam o País.
"Se não houver a deposição da doutora, haverá o risco da cassação da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral, que levaria à convocação de uma eleição presidencial imediata e direta. Isso não interessa à oligarquia ferida pela Lava Jato nem ao andar de cima da vida nacional. Não interessa porque não tem candidato à mão e porque a banda oposicionista que está encalacrada na Lava Jato sabe que deve evitar a avenida Paulista e o julgamento popular", afirma.
"Temer convém por muitos motivos, sobretudo porque evita a eleição. A serviço dessa circunstância move-se o setor de operações estruturadas. Ele não funciona como o da Odebrecht. Não tem sede, comando nem agenda detalhada. Toca de ouvido e conversa em silêncio. Quando foi necessário, aprendeu a conviver com o PT, dando-lhe conforto. Ele só não consegue conviver com a Lava Jato. Ninguém quer rogar praga contra um eventual governo Temer, mas que tal um advogado de empreiteiras no círculo dos marqueses do Planalto ou mesmo no Ministério da Justiça?" (Do Portal Brasil247) |