Mais Notícias : Governo debate risco de tentar “desconstruir” Temer
Enviado por alexandre em 30/03/2016 09:39:28

Governo debate risco de tentar “desconstruir” Temer

Postado por Magno Martins

Blog do Kennedy

O governo Dilma discute adotar uma estratégia de desconstrução da imagem do vice-presidente da República, Michel Temer. Alguns petistas já disseram que Temer seria o próximo a cair após um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. Hoje, ele foi chamado de golpista por petistas.

Ministros debatem se seria o caso de elevar ainda mais o nível dos ataques, dizendo que Temer se aliou a políticos corruptos para tomar o poder.

No governo, há quem ache esse caminho arriscado. O inimigo não seria Temer, mas o impeachment. Mais: o peemedebista poderia fazer um pergunta: se ele tem tantos defeitos assim, por que serviu para ser vice de Dilma durante cinco anos?

A presidente tinha reunião à noite com o ex-presidente Lula para discutir linhas de reação. O governo deve oferecer os cargos do PMDB a outros partidos. Já liberou verbas nesta terça para ministérios.

Segundo um ministro, a saída é ir para o que ele chamou de “varejão”. Negociar diretamente com cada deputado, mas muitos parlamentares avaliam que seria melhor esperar um eventual governo Temer. Ou seja, os favores de Dilma podem ser passageiros e poderiam acabar até o final de abril.

Também serão discutidos medidas jurídicas para provar que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e que o impeachment atual seria golpe. O governo quer fazer uma campanha pública com apoio de intelectuais e artistas, apostando nas manifestações desta quinta-feira.

Governo quer criar centrão com força a PP, PR e PSD

Postado por Magno Martins

Cristiana Lobo – G1

Em substituição ao PMDB, que anunciou nesta terça-feira seu desembarque do governo, a presidente Dilma Rousseff deu início a conversas para a formação de um novo bloco na Câmara, formado por PP, PR e PSD que, juntos, somam 129 votos – contra os 69 votos do PMDB. Para isso, a presidente está disposta a abrir mais espaço a esses partidos.

O "espólio" do PMDB (sete ministérios e mais de 700 cargos) está sendo disputado: o PP sonha conquistar o Ministério da Saúde; o PR, além do Ministério dos Transportes, que comanda hoje, gostaria de ter também o comando de Portos; e o PSD gostaria de ter também o Ministério dos Esportes.

Com essa reoganização do ministério, a presidente espera reunir pelo menos 172 votos, número necessário para barrar o processo de impeachment em tramitação na Câmara. Se conseguir isso, desempenho considerado difícil no quadro atual, ela se disporia a comandar um governo com minoria, mas com base mais estável.

A presidente está sendo aconselhada a definir as mudanças na equipe até a próxima sexta-feira, como anunciou o chefe de Gabinete da Presidência, Jacques Wagner, nesta terça, ao comentar a saída do PMDB do governo.

Nesta terça, ela teve conversas com o presidente do PSD, Gilberto Kassab; e com o presidente do PP, Ciro Nogueira.

A Kassab foi dito que o partido só ganhará mais espaço se a bancada estiver unida em apoio ao governo. Kassab disse à presidente que não houve a liberação dos votos da bancada – negando, portanto, informação transmitida por deputados.

Para um auxiliar do governo, a união de PP, PR e PSD seria um "novo centrão", numa referência a um bloco formado na Constituinte reunindo vários partidos que, na ocasião, deu maioria aos conservadores. O "centrão" na Constituinte acabou superando o PMDB, partido que tinha a maior bancada na Câmara e no Senado.

A ideia da presidente, segundo auxiliares, é aguardar uma manifestação dos ministros do PMDB (que marcaram reunião para a noite desta terça na tentativa de buscar uma solução conjunta) e, depois disso, tomar a decisão.

Na avaliação do Planalto, se o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani, assegurar votos de 15 a 20 deputados, o partido poderá manter o comando de um ministério – o da Saúde ou o da Ciência e Tecnologia, dependendo das negociações com outros partidos. Dos ministros senadores, pelo menos Kátia Abreu deve continuar – permanecendo ou não no PMDB.

Esse quebra-cabeça foi discutido nesta terça-feira no Palácio da Alvorada, em reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os ministros Ricardo Berzoini e Jaques Wagner.

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