O problema se arrasta há anos e vem sendo abordado constantemente aqui no RONDONIADINAMICA. Por que o combustível (gasolina, etanol e diesel) está com preço aviltante em Rondônia?
O barril do petróleo caiu de preço nos demais países. Hoje está abaixo de US$ 50. Já esteve a mais de US$ 100. O preço do barril caiu 50%, na bomba não. Por quê?
Em Rondônia a cartelização do preço do combustível é uma realidade. Nas últimas semanas não ocorreu variação de preço do combustível em nenhum Estado da Federação. Por que no Estado está em torno de R$ 4 o litro?
Todo início de semana muda o preço do combustível em Rondônia. Mas quase sempre está em torno de R$ 3,90. Às vezes até mais, bem perto dos R$ 4.
Tem semana que o preço baixa para R$ 3,84, R$ 3,89 sempre nessa faixa. Isso ocorre em 99,9% dos postos de combustíveis de Porto Velho. Na outra semana o preço oscila entre R$ 3,90 a R$ 4. As mudanças para baixo ocorrem sempre nas segundas-feiras, mas para cima elas são antecipadas para o sábado.
A jogada desleal e ilegal dos proprietários da maioria dos postos de combustíveis de Porto Velho tem que ser combatida, contida, punida pelas autoridades. A cartelização é explícita e vergonhosa e há tempo merece uma maior atenção dos órgãos fiscalizadores, que existem, mas não atuam. São inoperantes. Não estamos denunciando que sejam corruptos.
A Assembleia Legislativa (Ale) constituiu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a cartelização dos frigoríficos no Estado. Apesar de toda a boa vontade dos membros da CPI é difícil acreditar que ela trará resultado positivo para a população, mas os deputados que delam fazem parte, pelo menos por enquanto estão trabalhando duro.
O povo torce – e espera – que a CPI do Boi traga resultados positivos para produtores e consumidores. Que os frigoríficos paguem o preço real da arroba da carne, que é da melhor qualidade produzida no Estado e o consumidor possa ter condições de adquirir o produto e enriquecer a sua alimentação.
Uma CPI para investigar a descarada cartelização do preço dos combustíveis em Rondônia seria desnecessária, até pela falta de credibilidade, mas a Assembleia Legislativa tem uma Comissão de Fiscalização e Controle. Por que não abrir uma ampla investigação sobre o assunto? O povo seria grato e os políticos resgatariam pelo menos um pouco da credibilidade perdida ao longo dos anos.
O assunto também pode ser explorado pelo Ministério Público (MP) estadual, que nos últimos anos vem sendo o vigilante do dinheiro público, apesar de políticos e empresários corruptos estarem sempre levando vantagens.
A expectativa é por ações dos deputados e do MP. A denúncia está caracterizada e a cartelização uma (triste) realidade.
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