Mais Notícias : O balcão é com Lula
Enviado por alexandre em 06/04/2016 08:45:36

O balcão é com Lula

A presidente Dilma está tentando se salvar mediante a compra escancarada de votos. A moeda em vigor são os 600 cargos que o PMDB ocupava na administração direta, na indireta e nas estatais, mas com um detalhe: os partidos escolhidos para o leilão do toma-lá-dá-cá têm que confiar na palavra empenhada da chefona, que decidiu só dar o mel para a lambuza após se livrar do impeachment.

Quem confia na palavra de Dilma? Poucos ou quase ninguém. Mas a compra, com escritura passada em cartório após a votação do dia 17, está sendo feita por um profissional do ramo: o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que instalou o seu bunker num dos hotéis mais chics da capital e de lá comanda a operação do tudo ou nada.

Presidente nacional do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força Sindical (SP) denunciou, ontem, em entrevista após uma audiência com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que o Governo estaria oferecendo dinheiro vivo, além de cargos. Falou em ofertas de até R$ 400 mil. “É uma compra vergonhosa para manter o PT no poder a todo custo”, disse.

Sem apresentar provas, Paulinho acusou o Governo de oferecer dinheiro a deputados para não virem votar o impeachment ou votarem contra o processo. O deputado é presidente nacional do Solidariedade e da Força Sindical e um dos mais ferrenhos adversários do governo Dilma Rousseff. Sem dar maiores explicações ou dizer quem teria recebido a oferta, Paulinho chegou a dizer que o Governo ofereceu R$ 2 milhões a um único deputado para votar contra o processo.

“É mais ou menos o que o PT faz a vida toda: engana todo mundo. Os parlamentares que estão aqui nesse troca-troca (cargos) têm que saber disso: o Governo oferece, mas não cumpre. Porque, se cumprir, imagina como será depois: pagar R$ 400 mil para um deputado ficar em casa, para não vir votar. Em seguida, como ela governa o Brasil com menos de 171 votos? É o caos no País — disse Paulinho, quando respondia à pergunta sobre a ação do Governo em oferecer cargos aos aliados em entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara.

Os jornalistas então quiseram saber dos detalhes do pagamento dos R$ 400 mil pelo Governo e o deputado, já deixando o local da entrevista, afirmou que o Governo "está oferecendo" e acrescentou: “Ontem, ofereceram 2 milhões para um deputado só”. Paulinho, no entanto, avisou que não falaria quem é o deputado, apesar da insistência dos jornalistas para que apresentasse o nome do deputado a que estava se referindo.

Um dos aliados mais próximos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Paulinho foi responsável por capitanear, no ano passado, as manifestações mais fortes e polêmicas contra o Governo na Câmara. Entre elas, a manifestação em que sindicalistas da Força Sindical jogaram sobre o plenário da Câmara papeis imitando cédulas de dólar com a cara de Dilma, Lula e onde se lia petrodólar, em votação de MP que restringia o acesso ao seguro-desemprego no ano passado.

JUCÁ NO COMANDO– O senador Romero Jucá (RR) assumiu, ontem, a presidência do PMDB em virtude do pedido de licença do presidente Michel Temer. Fora do comando do partido, Temer disse que terá melhores condições de responder aos ataques que a sigla tem sofrido nos últimos dias. “Isso retira o presidente Michel Temer da tentativa de alguns setores de trazê-lo para uma briga de rua, para um desgaste, para um debate inócuo e muitas vezes irresponsável, disse Jucá.

Tucano abre mão de mandato – Vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, o tucano Bruno Araújo disse, ontem, que abriria mão do seu mandato de mais dois anos para que o País possa realizar eleições gerais em outubro próximo. “A presidente provocou o Congresso, sugerindo que aqui ninguém abriria mão do seu mandato. Quero comunicar que sou favorável e desde já faço este desafio para que ela e seus aliados também pensem mais no Brasil e não, circunstancialmente, neles”, assinalou, adiantando que, neste momento, a melhor saída é a convocação de eleições gerais.

Falcatruas na CBF e Fifa– Presidente da CPI que investiga denúncias de irregularidades na Fifa e CBF, o deputado Fernando Monteiro (PP) disse, ontem, que, além de investigar a comissão deve contribuir para a melhoria do futebol brasileiro e deixar um legado para as próximas gerações. “Meu relatório será feito com verdades. Vou fazer um documento com responsabilidade e clareza. Vamos ouvir os envolvidos e apurar as denúncias”. Ele ressaltou que, conforme prevê o Regimento Interno da Câmara, todos os procedimentos adotados na CPI serão encaminhados ao Ministério Público.

Saia justa em Marina– O deputado Mendonça Filho (DEM) criticou a iniciativa pela realização de novas eleições, batizada de "Nem Dilma nem Temer", por parte da Rede Sustentabilidade, partido da ex-senadora Marina Silva. Segundo ele, a iniciativa é uma "saída estranha" e "confronta a ordem institucional". "Acho uma saída estranha, para dizer o mínimo, e que confronta a própria ordem institucional. É uma saída que não adota uma posição clara e objetiva", disse Mendonça. Segundo ele, "a sociedade brasileira quer uma saída constitucional, e ela passa, necessariamente, pelo processo de impeachment".

PT já admite eleições– O líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou que o PT não descarta discutir a possibilidade de convocação para a realização de novas eleições após a conclusão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para ele, a proposta "demonstra que o impedimento de Dilma está perdendo força". "Dá para a gente conversar depois do impeachment. Mas nossa posição é de que a presidente tem toda a legitimidade para concluir o mandato", destacou, para acrescentar: "Vindo do próprio PMDB, começa a dar por certo que é difícil Temer conseguir governar o Brasil após um processo de impedimento marcado por tanta ilegalidade”.

A favor do impeachment– O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Fernando Filho, reafirmou, ontem, que votará pelo impeachment da presidente Dilma. Confirmou que esteve com o ex-presidente Lula, quinta-feira passada, mas em nenhum momento recuou do seu voto pelo impedimento da presidente. Segundo ele, a bancada votará praticamente fechada pelo impeachment. “Se houver dissidências, serão mínimas, algo em torno de quatro ou cinco”, informou. Na próxima segunda-feira, dia da votação do processo na Comissão Especial, Fernando Filho comanda reunião da bancada para tratar da votação em plenário, dia 17.

CURTAS

GIRO ELEITORAL– No próximo fim de semana, o ministro Armando Monteiro retoma sua agenda política voltada para os municípios onde o PTB tem chances de eleger prefeitos. Tem encontros agendados com lideranças de sete municípios do Agreste: Brejão, Saloá, Paranatama, Garanhuns, Sairé, Bonito e Agrestina.

ARMAS – O governador Paulo Câmara comanda, hoje, a destruição de três mil armas de fogo apreendidas durante abordagens policiais realizadas em todo o Estado. A cerimônia acontece, às 9 horas, no pátio interno do 4º Batalhão de Polícia do Exército, no Curado. A operação, que faz parte das ações do Pacto pela Vida.

Perguntar não ofende: Quem está bancando as diárias de Lula no caríssimo hotel Royal Tulip de Brasília?

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia