Instituto Lula: Lava Jato diz que órgão mudou provas
Força-tarefa da operação informou ontem ao Supremo Tribunal Federal que empresa mudou número de escritório para levar Justiça a erro
A força-tarefa da Operação Lava-Jato afirmou ao juiz Sergio Moro que a empresa de palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou cadastro na Receita Federal em uma “possível alteração de provas” para levar a erro as autoridades judiciais. Segundo o Ministério Público Federal, a empresa de Lula mudou o número do telefone registrado na Receita Federal depois da polêmica sobre grampos da Lava-Jato terem alcançado o escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados, que defende o ex-presidente.
A justificativa dos procuradores é que o telefone grampeado, que seria do escritório, constava na Receita Federal como o telefone da empresa de Lula. Por isso foi solicitada sua interceptação. A autorização do grampo no escritório provocou polêmicas e foi alvo de uma reclamação movida no Supremo Tribunal Federal pela Advocacia Geral da União, em nome da presidente Dilma.
De acordo com os procuradores, após a polêmica em torno dos grampos, a empresa de Lula retirou o número do escritório de advocacia de seu cadastro e colocou outro, inexistente: (00) 1111-1111. Até o dia 22 de março, o telefone alvo de interceptação, diz o MP, continuava ligado à empresa de palestras. Segunda-feira, o registro não constava no cadastro, sendo indicado esse outro número. A argumentação do Ministério Público foi encaminhada por Moro ao Supremo ontem, em resposta à reclamação da AGU. O juiz também a usa para justificar sua autorização (Folhapress)
Humberto: líder do "eu sozinho"
Integrantes de partidos aliados ao Planalto reclamam que o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), ainda não promoveu reunião com os demais líderes da base desde que assumiu o posto, em fevereiro.
Enquanto isso, embora PP, PSD e PR prometam só assumir mais ministérios após a votação do impeachment, os cargos de segundo e terceiro escalões estão sendo todos ocupados por indicados dos três partidos. As siglas, unidas, são chamadas de “centrinho”.
O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR), um dos articuladores do bloco partidário, tem experiência no assunto. Na Câmara paulistana, foi criador do “centrão”, grupo que o elegeu presidente quatro vezes seguidas.(Coluna Painel - Folha de S.Paulo) |