Se barrar impeachment, Lula põe Meirelles na Fazenda
Postado por Magno Martins
Blog do Kennedy
Se a presidente Dilma Rousseff sobreviver ao impeachment, o ex-presidente Lula convidará o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles a assumir o Ministério da Fazenda.
Na prática, Lula tentará fazer o que Dilma já poderia ter implementado em dezembro passado, porque Meirelles aceitou a Fazenda quando foi convidado pelo ex-presidente e pelo então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Esse episódio tem importância histórica para explicar as razões que levaram Dilma a chegar à atual situação, na qual existe risco real de perder o poder.
Em dezembro, ainda havia uma expectativa do mercado financeiro e dos empresários de que um nome como Meirelles pudesse resolver a crise. O que fez a presidente? Topou e aceitou que Meirelles fosse convidado. Wagner foi a São Paulo acertar os ponteiros.
Mas, num arroubo que denota toda a sua genialidade política, desautorizou Lula e Wagner e colocou Nelson Barbosa no lugar de Joaquim Levy. O resultado é conhecido: as crises política e econômica só pioraram de lá para cá.
Há um consenso hoje no PT e entre os principais ministros de Dilma. Se ela sobreviver ao impeachment, quem dará as cartas será Lula. O resultado de cinco anos de decisões tomadas por Dilma pode ser resumido num palavra: fracasso. Esse episódio ilustra a capacidade de Dilma de cometer erros e de fazer leituras erradas das possíveis saídas para a crise. Se o impeachment for rejeitado, teremos na prática um governo Lula com Dilma em posição figurativa.
Novos delatores: Erenice e Funaro querem falar
Postado por Magno Martins
Leandro Mazzini - Coluna Esplanada
Os rumos da Operação Lava Jato despertaram o espírito da delação a alvos potenciais em outras investigações.
Na mira da Zelotes, que investiga esquema bilionário de sonegação junto à Receita Federal, Erenice Guerra fez chegar à presidente Dilma que não descarta uma delação se for presa.
Outro disposto a falar é doleiro Lúcio Bolonha Funaro, que em 2007 depôs ao Ministério Público Federal sobre o Mensalão do PT. Num plano de blindagem prévia, para proteger seus negócios, ano passado ele procurou emissários da Polícia Federal, sigilosamente, e se colocou à disposição caso fosse alvo da Lava Jato.
Há fortes suspeitas, para investigadores, de que Funaro tem ligações com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enrolado na Lava Jato.
Estranhou a Funaro, segundo investigadores, o fato de Cunha contratar para advogado Antônio Fernando Souza, que foi PGR à época de seu depoimento ao MP.
Já Erenice é cria de Dilma, e chegou até o comando da Casa Civil do Planalto, de onde foi apeada após denúncias de suspeitas de corrupção.
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