Cerca de cem haitianos estão em Porto Velho em busca de oportunidades na vida. Todos eles estão vindos de Porto Príncipe, capital do Haiti, que foi destruída no ano de 2009 por um terremoto.
De acordo com um dos integrantes do grupo, a capital de Rondônia foi recomendada por membros brasileiros da Organização dos Direitos Humanos que estão em missão naquele país, pois para eles Porto Velho é a cidade brasileira com maior índice de crescimento econômico na atualidade.
O grupo está alojado no ginásio esportivo Cláudio Coutinho, localizado no centro da capital. De acordo com o coordenador dos imigrantes, o professor de línguas, Samuel Dorvilus, eles saíram do Haiti em 25 de dezembro de 2010 e foram direto para a República Dominicana, de lá tomaram como rumo a capital do Equador, Quito, e seguiram em viagem para o Peru. Em Lima conseguiram, com ajuda de populares chegar na fronteira com o Brasil onde se alojaram na cidade de Brasiléia, no estado do Acre.
Samuel fez questão de frisar que no meio dos estrangeiros há duas famílias composta por homem, mulher e crianças e todos os alojados estão legalizados perante a Polícia Federal e passaram por um check-up de saúde pela AGEVISA para poder residir na capital, mesmo vindo de um pais onde o surto de cólera é muito grande.
Cherry Guerdy, também professor de línguas, fez questão de ressaltar que no meio deles há profissionais de todas as áreas como: eletricista, engenheiro, policial, professores, construtores e etc, todos aptos a ocupar qualquer vaga de trabalho.
O grupo está sob o amparo do encarregado do ginásio, o esportista “Braçal do Boxe”, que disse: “Não podemos deixá-los desamparados, são serem humanos e querem ajudar com a força de trabalho para consequentemente serem remunerados. Do Estado do Acre, receberam apenas uma pequena ajuda do prefeito que quis se livrar deles e mandar pra cá.”
Segundo Braçal os estrangeiros tem um prazo de 30 dias para ficar no ginásio e estão com total apoio do poder público, que fornece as três refeições diárias, segurança da Polícia Militar e ajuda médica com auxílio do Corpo de Bombeiros e AGEVISA.
Cerca de 21 dos refugiados foram retirados na última segunda- feira (06) de frente do portão da Usina Hidrelética de Jirau onde estavam tentando fazer cadastramento para conseguir empregos.
Em um outro ponto da cidade, mas precisamente em um prédio localizado na avenida Nações Unidas, bairro Mato Grosso, tem uma outra quantidade de haitianos do mesmo local que já estão trabalhando em firmas de construção civil aqui mesmo na capital.
HAITIANOS FORAM BARRADOS NA BOLÍVIA E ACRE
Depois de serem barrados de entrarem na Bolívia, no Brasil houve impedimento da entrada de cerca de 40 haitianos que possuem passaportes pela Polícia Federal brasileira e nacional peruana, segundo a fonte que pediu para não ser identificada.
Não foi dito quantos seriam entre mulheres e homens, mas que estariam na cidade de Iñapari (Peru), vizinha com a cidade de Assis Brasil, ambas localizadas na tríplice fronteira distante cerca de 350 km da capital do Acre, Rio Branco.
Na última semana, foi denunciado que a imigração da Bolívia, estaria impedindo a entrada de haitianos no País, mesmo os que já haviam sido cadastrados, vacinados e passaram por exames para constatar outros tipos de doenças.
Desde os boatos passados por terceiros e amenizados pelo Governo do Acre, a situação dos haitianos não parece amenizar para alguns, sendo que outros já conseguiram ajuda e até empregos.
O caso do impedimento por parte da Bolívia, segundo informações não confirmadas, está sendo levada ao Direitos Humano Internacional, já que consideram abusiva e de não acatarem acordos de ajuda humanitária.
Por parte do Brasil, os que estão na cidade de Iñapari, já estão esperando o visto de entrada no Brasil a longos oito dias. Segundo foi apurado, todos estão de posse de seus passaportes e deram entrada no Peru normalmente.
O problema, que antes não havia, passou a ser pelo lado brasileiro que não aceitou a entrada por parte do setor de imigração da Polícia Federal. Dizem ainda que foi montado uma espécie de barreira na ponte que liga os dois Países.
Com pouco dinheiro e sem condições de voltar ao País de origem, mesmo que não queiram, estão começando a ficar preocupado com a situação, já que consideram o Brasil, um país amigo de cheiro de oportunidade e não esperavam tal atitude. Os haitianos então acabaram vindos a Porto Velho, onde encontraram abrigo e com perspectivas de trabalho.
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