A empresa CMA suspendeu na semana passada o atendimento no Hospital de Base e reduziu o atendimento aos pacientes do Hospital João Paulo II em Porto Velho. A decisão foi tomada depois dos atrasos de mais de quatro meses nos repasses de recursos pelo governo do Estado. Segundo o Sindicato Médico de Rondônia no contrato firmado com a administração estadual, a empresa foi contratada para prestar 100 plantões por mês.
Para o presidente do SIMERO, Dr. Rodrigo Almeida, o reflexo dos problemas entre a prestadora de serviço e o Estado foram percebidos durante o período de Carnaval, com o aumento de pacientes atendidos no Pronto Socorro João Paulo II. “Com o crescimento da demanda por causa das festas de Carnaval a população ficou sem atendimento em algumas áreas”.
Segundo Rodrigo o principal problema esta na escala do mês de Março dentro das duas maiores unidades de saúde da capital. Com a ausência dos profissionais da empresa terceirizada, falta médico anestesista deixando a escala comprometida. “Apenas um anestesista estava disponível para atender todas as ocorrências do Carnaval”, comenta.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria, é preciso investir na carreira médica com contratações de profissionais em áreas especificas através de concurso público valorizando o servidor. Na opinião de Dr. Rodrigo, o Estado não pode limitar-se a terceirizar serviços essenciais, mas sim manter um quadro quantitativo e qualitativo de médicos. O Sindicato Médico espera uma solução para os problemas com empresas que prestam serviço nas unidades de saúde que aguardam receber repasses do governo.
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