Da Alemanha até o Nordeste brasileiro, o Fantástico investigou a indústria do turismo sexual.
Duas meninas. Uma aparenta ter seis anos. A outra, no máximo, quatro. Elas dançam no palco com garotas de programa.
Em Natal, Rio Grande do Norte, um conhecido ponto de encontro de prostitutas e turistas estrangeiros. Uma espécie de feira do sexo.
“A gente fica um pouco aqui. Depois vai pro motel, ficamos, namoramos um pouco”, diz uma prostituta.
Agora, Recife, Pernambuco. Praia de Boa Viagem.
O produtor do Fantástico finge ser turista. Ele fala em espanhol com uma garota de programa.
Produtor: um encontro, mais ou menos, quanto sairia?
Prostituta: R$ 100.
Passamos o carnaval no nordeste para desvendar, passo a passo, como funciona o turismo sexual na região.
O que flagramos em Pernambuco e no Rio Grande do Norte é o desfecho de uma investigação jornalística que durou dois meses.
Uma agência de viagens em Colônia, a 580 quilômetros da capital, Berlim, vende pacotes turísticos para o Brasil. Tem até uma bandeira na parede. A agência faz reserva em uma pousada do Recife, chamada Bamboo, com bar e boate.
Nosso produtor pergunta ao dono da agência alemã se é comum os clientes dele se hospedarem na Bamboo.
A resposta: sim, com frequência.
Acessando a página da agência alemã na internet, encontramos uma descrição da Bamboo e, rapidamente, é possível descobriro site da pousada de Pernambuco.
Logo de cara, já se veem fotos e vídeos de mulheres em poses sensuais, e de passeios de barco. Tudo o que um turista sexual procura.
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