Na tentativa de pôr fim ao movimento revoltoso de barrageiros da usina de Jirau, o governador Confúcio Moura recorreu aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Defesa, Nelson Jobim e à secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Maria Filomena de Luca Miki, solicitando apoio para reforçar as forças policiais do estado. Por volta das 9h desta quinta-feira (17), o governador falou por telefone com os ministros e com a secretária da Senasp e em seguida determinou ao Gabinete de Gerenciamento de Crise, da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania que oficializasse os pedidos por meio de correspondências. Ao ministro da Justiça e à secretária Regina Filomena, o governador pediu o envio de 600 homens da tropa da Força Nacional. O pedido foi atendido no mesmo momento e imediatamente 100 homens, dos 45 já estavam em Porto Velho, foram mandados para a região do distúrbio. Outros 500 serão trazidos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e são aguardados para a tarde ou noite desta quinta-feira ainda. Ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, o governador solicitou a atuação das Forças Aramadas, por meio do Exército, Aeronáutica e da Marinha.
Ao Exército, caberá garantir a segurança dos paióis de explosivos, existentes em grandes quantidades no canteiro de obras. À Marinha deverá ficar responsável pela vigilância no rio Madeira. Por fim, a Aeronáutica deverá enviar helicópteros para o monitoramento aéreo. Outros pontos sensíveis a serem resguardados, além do canteiro de obras, são o distrito de Jacy-Paraná, a vila de Nova Mutum e o presídio federal. Presença O governo no estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública, mantém no local 160 policiais militares, dos quais 80 do Comando de Operações Especiais (COE), 36 bombeiros militares e oito policiais civis, além de agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Na manhã desta quinta-feira foram registrados novos focos de incêndio. Apoio Ainda na manhã desta quinta-feira, o superintendente do consórcio Energia Sustentável do Brasil, José Lúcio de Arruda, pediu apoio ao governador Confúcio Moura no sentido de providenciar alojamento para 12 mil operários, vez que no tumulto foram incendiadas as acomodações dos trabalhadores.
O governo que já mantém um grupo de quase 100 haitianos no ginásio de Esportes Cláudio Coutinho, está analisando o pedido. O estado não possui nenhuma estrutura suficiente para acomodar um contingente tão grande de pessoas. A alternativa seria a acomodação em escolas, porém neste caso, as aulas teriam que ser temporariamente suspensas. Uma solução está sendo buscada em conjunto com o consórcio construtor e com o governo federal. Revolta Os resultados do levante foram 45 ônibus, 15 carros administrativos, 30 instalações diversas e 15 alojamentos incendiados, além de outros 20 alojamentos depredados e aproximadamente 65 instalações totalmente danificadas. Também foram atacados posto bancário eletrônico, lanchonetes, gabinetes odontológicos e instalações destinadas ao lazer, como salas de cinemas e academias de ginástica.
Autor: Decom
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