Devido a uma série de compromissos não cumpridos, o deputado federal Lindomar Garçom (PV) começou a ser chamado de “Deputado Mentira” pelos adversários. Sua fama de prometer e logo em seguida se esquecer do que disse tem crescido, tanto em Porto Velho quanto em Candeias do Jamari, cidade onde o prefeito é seu tio, Oswaldo de Souza (PV), mais conhecido como Dinho. Em Candeias as reclamações são muitas, principalmente devido à divulgação de que terrenos são distribuídos para o povo. De acordo com os opositores, apenas o “povo do Garçom” recebe terras. O povão mesmo, se quiser, precisa comprar, porque não é contemplado pela prefeitura. Seria preciso QI para ter acesso a algum benefício. No caso, QI não seria “quosciente de inteligência”, e sim “quem indica”. As maiores reclamações em torno da distribuição de terrenos pela prefeitura é que os assessores beneficiados geralmente colocam os imóveis à venda logo em seguida. Enquanto isso, pessoas que se dizem carentes não conseguem ser atendidas. Por isso mesmo, os adversários afirmam que o programa de distribuição de lotes é absurdo. Recentemente, o povo que não é do Garçom estaria revoltado com a situação. Diante disso, o povo do Garçom teria incentivado uma invasão a um terreno do deputado Valter Araújo (PTB). Não se tratava de uma área abandonada. Estava murada, mas isso não impediu que fosse ocupada. Pessoas ligadas ao deputado federal teriam dito que a área poderia ser invadida, porque não haveria problema. Valter Araújo reagiu e foi à Justiça pedindo a retirada dos invasores. Explicou que pagou pelo terreno e que não abriria mão dele. Diante da situação, as famílias que haviam ocupado a área decidiram se retirar, mas novamente o povo do Garçom teria incentivado uma outra invasão ao local, que está mais uma vez ocupado. Garçom também está sendo chamado de “Deputado Prefeito” pelos adversários. Isso porque ele chega de Brasília e na quinta-feira de tarde, senta-se à mesa de Dinho e começa a despachar, como se fosse ele próprio o prefeito. Na sexta-feira, a história se repete. Para os adversários, não é bom que Lindomar Garçom sente-se à mesa do prefeito, porque isso pega mal. Mesmo que ele tenha uma influência muito forte na administração de seu tio, a oposição afirma que pelo menos as aparências precisam ser mantidas, para que Dinho mantenha o respeito conquistado perante o eleitorado. Coleta de lixo Há mais reclamações em torno das coisas em Candeias do Jamari. Uma delas é sobre a forma como acontecem as licitações. É claro que elas são abertas ao povo. Acontece que as más línguas dizem que os beneficiados são sempre o povo do Garçom. Não existe publicação de edital em jornal. Simplesmente é afixado um papel em um mural, e algumas vezes com data retroativa. Em uma licitação da prefeitura, uma empresa foi contratada para a coleta de lixo. É claro que as exigências são muitas. Existem os dias e horários em que os caminhões devem passar em cada bairro. Acontece que em Candeias esse negócio de cumprir contrato é deixado de lado. Uma única caçamba recolhe todo o lixo e a empresa recebe R$ 16 mil por mês para isso. Não existe essa coisa de separar o lixo, vista em lugares sérios. Aparentemente, o povo (do Garçom) não sabe que é preciso ter mais cuidado com lixo hospitalar. A ordem é não discriminar nada, nem mesmo o lixo. Assim, o tratamento é igual. Tudo é devidamente jogado ao ar livre, como se fosse uma coisa só. Cumprir as escalas dos dias em que se deve passar em cada bairro? Isso, nem pensar. Afinal, o povo do Garçom é flexível. A caçamba passa quando for possível. Quem estiver incomodado com o lixo de sua casa, que dê seu próprio jeito. Afinal de contas, em Candeias ninguém é quadrado e pode se virar. A Justiça parece não concordar muito com esse tipo de pensamento, por isso aplicou na prefeitura uma multa diária de R$ 500,00 devido à forma como o lixo hospitalar é tratado. O deputado prefeito Garçom nem liga. Não paga a multa e continua lidando com o lixo do mesmo jeito.
Autor: Correiodenoticia Fonte: Correiodenoticia
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