O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mantém Rondônia desde 2014 na liderança na produção de peixe em água doce no país
A mesa simples com o peixe, baião, farofa e pirão não tem calendário de temporada, está todos os dias na refeição do rondoniense e invade o comércio de alimentos da Capital e Mundo. Do lugar mais simples ao mais requintado, das modernas técnicas da retirada da espinha a caldeirada, o peixe é um produto eficaz para o comércio rondoniense.
Na gastronomia do portovelhense não pode faltar o peixe. Restaurantes lotados e cada dia mais comércio com esta iguaria se expande pela Capital. “Eu cresci comendo peixe, a caldeirada que meu pai fazia rendia várias porções e alimentava toda a familía. Hoje não me esquivo de visitar os lugares que tem como prato principal o peixe, ainda mais com a modernização nas técnicas de preparo, que só aumentam o apetite. Faço parte das pessoas que investem no comércio gastronômico do peixe”- disse a portovelhense e farmacêutica Vânia Oliveira.
O governo do Estado recentemente lançou informação oficial sobre a produção local de peixes que foi de mais de 87 mil toneladas produzidas em 2016 e a projeção para 2017 é que chegue a 150 mil toneladas. O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mantém Rondônia desde 2014 na liderança na produção de peixe em água doce no país, seguido do Paraná, com 69.2 mil toneladas; e do Mato Grosso, com 47.4 mil toneladas. Segundo técnicos da Emater, o governador do Estado, Confúcio Moura, quer atingir uma meta de 250 mil toneladas até o final do mandato dele, em 2018.
Em 2016 o governador criou, por decreto, o Grupo Técnico Multidisciplinar da Cadeia Produtiva do Pescado, que reúne toda a equipe do governo que trabalha para o desenvolvimento da piscicultura em um mesmo espaço na Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).
Levantamentos da Sedam apontam que até 2016 Rondônia registrou 4.084 empreendimentos licenciados para a atividade de piscicultura, que ocupam uma área de 14.483,93 hectares, e possui uma produção estimada em 87.503,73 toneladas.
SUDER
Segundo o titular da Suder, Basílio Leandro de Oliveira, a piscicultura já está entre as 10 principais atividades econômicas do Estado e deve se destacar ainda mais nos próximos anos. Os esforços se concentram agora em garantir a sanidade dos peixes, incentivar o beneficiamento da produção e atender a novos mercados.
O governo mantém negociação com o Distrito Federal, Goiás, Paraná, Minas Gerais, Maranhão e Piauí e mais países vizinhos, que tem interesse em receber os peixes rondonienses. O Peru que tem algo concretizado com um dos frigoríficos de Rondônia, e países africanos também demostraram interesse em adquirir o pescado seco, salgado ou defumado. O governo ainda registra encomenda da Nigéria, Zimbábue e Namíbia.
O superintendente também falou dos incentivos ao beneficiamento da produção para novos mercados e do trabalho realizado para garantir a sanidade dos peixes pelo governo estadual junto a Bayer e a Virbac, duas gigantes dos setores. "Trabalhamos quantidade e qualidade”, ressaltou Basílio.
O Suder ressaltou a importância de uma industria de ração de peixe não só para Ariquemes e grande região – que se destaca como a maior produtora de peixe de Rondônia-, mas como para todo o Estado. Segundo ele, a indústria de ração de peixe é uma nova opção para os piscicultores e vai alavancar ainda mais setor que já é bastante aquecido em Rondônia.
secom
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