Regionais : Brasil deseja exportar mais carnes para Bolívia; país vizinho quer vender mais chia, banana e quinoa
Enviado por alexandre em 01/10/2017 20:01:44


Como um mascate dos tempos modernos, em busca de novos mercados para os produtores brasileiros, o ministro Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP), se encontrou, em La Paz, com o ministro da Agricultura da Bolívia, César Cocarico, para promover as relações comerciais no setor de agronegócios entre os dois países. Ele observou que ficou acertado que técnicos brasileiros e bolivianos trocarão informações sobre prioridades a serem trabalhadas para aumentar o fluxo de comércio.

Entre os pontos de interesse destacados pelo ministro da Bolívia estão aprofundar o diálogo sobre o uso de bioinsumos no Brasil, a certificação social da agricultura orgânica feita pelo Mapa (sem ônus para produtores) e o intercâmbio na área de ciência e biotecnologia genética desenvolvidos pela Embrapa.

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Entre os produtos da pauta de negociações comerciais, do lado brasileiro há intenção de aumentar a exportação de carne, enquanto a Bolívia quer ampliar as vendas de quinoa, banana e chia.

A maior área de fronteira do Brasil é com a Bolívia, somando 3,4 mil quilômetros quadrados. O país está ainda em fase de adesão ao Mercosul. Há grande interesse do ministro Blairo Maggi em estreitar relações com a Bolívia e também com Peru, onde também esteve em viagem oficial, nesta semana, aproveitando a proximidade com os estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso.

O ministro visitou, no Peru, a Expoalimentaria, maior feira de alimentação e de bebidas da América Latina. Ele se reuniu com o ministro da Agricultura do Peru, Jose Manuel Calderón, além de participar, em Lima, de seminário empresarial que teve a representação de entidades do setor e de governos de estados próximos da fronteira com o país.

Carne para os EUA

Autoridades sanitárias do Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos comunicaram o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que o Brasil poderá restabelecer as exportações ao país de cinco frigoríficos para produção de carne termoprocessada.

As cinco unidades foram embargadas preventivamente pelo Ministério da Agricultura por problemas como rompimento de embalagens. A medida foi tomada com o objetivo de evitar eventual embargo total dessa exportação. O comunicado revertendo a situação foi enviado ao Mapa, na última semana.

Os produtos processados termicamente representam a maior parte da exportação de carne brasileira para os americanos. O Brasil possui 18 frigoríficos fornecedores dessa matéria prima.

Em recente evento em São Paulo, Blairo Maggi falou sobre a reabertura de mercado para os cinco frigoríficos, que são os principais exportadores para os EUA. Maggi lembrou que recentemente uma missão técnica norte-americana veio ao Brasil a convite do Mapa. A delegação dos EUA visitou várias plantas e conversou com técnicos do ministério e com pessoas da cadeia produtiva. “Ontem mesmo, recebemos a informação de que a carne processada está liberada. Esperamos que, muito em breve, a gente consiga também liberar a carne in natura”.

O fim do embargo de cortes in natura deverá ocorrer depois que os americanos avaliarem documento enviado a eles, em resposta a questionamentos feitos por missão veterinária que esteve no país no primeiro semestre deste ano. A previsão é que isso ocorra em outubro.

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