Regionais : Candidatos relatam fraude e pedem anulação em concurso para delegado no MT; salário inicial de R$ 19 mil
Enviado por alexandre em 08/10/2017 18:28:28


Candidatos do concurso público para formação de cadastro de reserva para o cargo de delegado de polícia substituto da Polícia Judiciária Civil (PJC), que está sendo realizado na tarde deste domingo (08), estão pedindo a anulação do certame após identificarem uma série de irregularidades na aplicação das provas, entre elas, o vazamento de fotos dos gabaritos e a violação dos envelopes, que deveriam estar lacrados. Mais de 13 mil candidatos estavam inscritos no concurso, cujo salário inicial era de R$ 19.316,49 com jornada de trabalho de 40 horas semanais.

Uma das principais irregularidades denunciadas foi quanto ao vazamento de fotos da folha de respostas da prova. O concurso estava marcado para as 15h, no entanto, por volta das 14h diversas imagens do gabarito já circulavam em grupos de whatsapp. O uso de aparelhos eletrônicos no local das provas era proibido.

Além disso, à reportagem do Olhar Direto, alguns candidatos que não quiserem se identificar disseram que o envelope em que as provas estavam, que deveria estar lacrado, chegou violado as salas onde as provas seriam aplicadas.

Em um dos locais onde a prova deveria ser aplicada, um delegado precisou entrar na sala para acalmar os ânimos dos candidatos que causaram tumulto após perceber que os pacotes haviam sido abertos. Ele alegou que o erro teria sido ocasionado pela gráfica responsável pela impressão das provas, mas que tal fato não implicaria no andamento do concurso.

Conforme o edital, o concurso está sendo realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) e pela PJC-MT, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O edital fixava ainda a proibição de entrada de aparelhos eletrônicos do tipo: máquinas calculadoras, agendas eletrônicas, celulares, tablet, gravadores, pendrive, notebook, máquina fotográfica, etc. Também não eram liberados a entrar com relógios, óculos escuros, lápis, lapiseira, borracha, acessórios (chapéu, boné, gorro, etc), entre outros itens relacionados.



Outro lado

A reportagem do Olhar Direto entrou em contato com a assessoria da PJC, que embora, segundo o edital, também esteja responsável pela aplicação das provas, alegou que a responsabilidade pelo certame seria integralmente do Cebraspe.

A reportagem também tentou contato com a Cebraspe, cuja sede está localizada em Brasília, mas as ligações não foram atendidas.

(Colaborou Rogério Florentino)

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