O presidente Jair Bolsonaro atribuiu no sábado (20), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o que chamou de imagem negativa do Brasil no exterior. “Lula durante a campanha dele disse claramente que no Brasil tinha 30 milhões de crianças na rua e vocês (jornalistas) não falavam nada sobre isso. Uma propaganda negativa do Brasil o tempo todo lá fora. Por isso, nossa imagem é tão ruim fora do Brasil”, afirmou ele, ao deixar o Palácio da Alvorada. Ao ser questionado sobre as declarações sobre fome e ainda sobre o registro de 13 milhões de desempregados no País, disse que os jornalistas deveriam fazer a pergunta a Lula. “O Lula falou que acabou com a fome, com a miséria. Tudo está uma maravilha com Lula”, ironizou. No Twitter, Bolsonaro também criticou o PT. “Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados”.
Alvos de denúncias no passado, os cartões corporativos do governo federal foram reduzidos de seis mil em 2018 para 3,3 mil este ano e o reflexo na diminuição dos portadores teve reflexo na fatura. Enquanto foram gastos R$4,35 milhões por mês (R$52,2 milhões) em 2018, os seis primeiros meses deste ano registraram redução de 37,2%. Mas ainda consomem de R$2,7 milhões por mês. E nós pagamos a fatura. A continuar neste ritmo, o gasto com cartões corporativos será de R$32,4 milhões, o menor desde 2005, quando foi de R$21,7 milhões. O maior escândalo foi em 2008, durante governo Lula. Então ministro, Orlando Silva (PCdoB) foi flagrado comprando tapioca com seu cartão. Não por acaso, o governo Lula detém o recorde de gastos. Em 2010, foram torrados mais de R$80 milhões sem controle nos cartões . A informação é do Diário do Poder.
Criado há dois anos para compensar o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas, o fundo eleitoral pode atingir nas eleições de 2020 uma cifra recorde que supera em R$ 1 bilhão o valor total doado por empresas aos candidatos a prefeito e vereador de todo o País em 2012, último pleito municipal em que a prática foi permitida. O novo aporte proposto no Congresso faz com que os repasses de dinheiro público a partidos políticos no ano que vem sejam 25 vezes maior do que em 1996, após a aprovação da Lei dos Partidos. Uma alteração feita semana passada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 pelo deputado federal Cacá Leão (PP-BA), relator do projeto, autoriza o repasse de até R$ 3,7 bilhões de recursos públicos para as campanhas municipais do ano que vem. A quantia é mais do que o dobro do valor distribuído nas eleições gerais de 2018 (R$ 1,7 bilhão), primeiro ano de vigência do fundo criado após a extinção das doações empresariais – definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015. Somada a verba anual do Fundo Partidário, criado em 1995 para custear o funcionamento dos partidos, os repasses de dinheiro público para as legendas podem chegar a R$ 4,63 bilhões em 2020, valor 25 vezes (ou 2.400%) maior do que os R$ 181,7 milhões distribuídos às siglas há 24 anos. Desde então, só o valor do fundo permanente quadruplicou, chegando a R$ 927 milhões neste ano. Segundo Cacá Leão, o aumento do valor do fundo eleitoral foi solicitado pela “maioria dos partidos” com o argumento de que o montante destinado às eleições de 2018, que contou com 26 mil candidatos, seria insuficiente para financiar as campanhas de prefeitos e vereadores dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros no pleito de 2020, do qual devem participar cerca de 500 mil candidatos. A ideia de turbinar o fundo eleitoral recebeu o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que não considerou o valor de R$ 3,7 bilhões exagerado. “Acho que uma eleição municipal, com 5 mil municípios com milhares de candidatos a vereador, é uma campanha que vai requerer um custo um pouco maior que a eleição do regime geral”, disse Maia, na semana passada. ‘Gordura’ Levantamento feito pelo Estado com base nas prestações de contas das campanhas de 2012 divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra, porém, que o valor de verba pública proposto para financiar candidaturas no ano que vem é 34% do que todo o dinheiro repassado pelas empresas nas eleições sete anos atrás – em 2016, as contribuições empresariais já estavam proibidas, mas o fundo eleitoral ainda não havia sido criado pelo Congresso. Segundo os registros do TSE, empresas como bancos, construtoras e mineradoras doaram R$ 2,75 bilhões (em valores corrigidos pela inflação) para cerca de 440 mil campanhas em 2012. O PT, com R$ 414,3 milhões, o então PMDB (R$ 303,3 milhões) e o PSDB (274,5 milhões) lideraram as arrecadações de empresas. Os números mostram que o novo fundo eleitoral proposto repõe todo o financiamento empresarial de 2012, quando foram feitas as campanhas mais caras da história para prefeito e vereador, e ainda gera uma “gordura” de R$ 1 bilhão. Continue reading →
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