Último colocado da lista tríplice de uma eleição ocorrida em fevereiro, o professor doutor Fábio Josué Souza dos Santos teve nomeação publicada na última quinta-feira (1º), como o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, para ser o novo reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), até 2023. A decisão de não respeitar a ordem de preferência da comunidade acadêmica não seria surpresa, se o escolhido não tivesse histórico de 20 anos de militância pelo Partido dos Trabalhadores (PT), já tendo presidido o partido e sido eleito vereador, em Amargosa (BA), durante o governo do ex-presidente Lula. Fábio Josué recebeu apenas três votos, na disputa contra a vice-reitora Georgina Gonçalves dos Santos, primeira colocada com 17 votos, e Tatiana Velloso, que recebeu cinco votos, no pleito realizado pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da UFRB. E é o atual diretor do Centro de Formação de Professores (CFP), no município onde militou em nome do partido rival de Jair Bolsonaro. Sua tese de doutorado, sobre professoras de escolas rurais multisseriadas traz referências ao papel dos movimentos sociais de trabalhadores sem terra, em favor de uma maior atenção ao ensino público no campo. E também relata suas memórias da época em que representou o PT, partido cuja filiação não aparece mais nos registros oficiais da Justiça Eleitoral, conforme a lista de filiados ao PT da Bahia, consultada nesta sexta-feira (02), no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para a terça-feira (06), o início da votação, em segundo turno, da reforma da Previdência no plenário da Casa. Caso sejam necessárias, outras sete sessões já foram marcadas durante a semana. O objetivo do governo é aprovar a pauta até quinta-feira (08). Para ser aprovada e ir ao Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que modifica as regras de aposentadoria deve ter o aval de ao menos 308 dos 513 parlamentares da Câmara. No primeiro turno, esse saldo foi de 379 a 131 votos. Em recesso desde o dia 18 de julho, os parlamentares voltaram à ativa na última quinta-feira (1°). Na terça-feira (06), haverá uma sessão às 11 horas, logo após uma solenidade em homenagem ao dia do pescador. Como a sessão tem duração de quatro horas, o presidente da Câmara também reservou o horário das 15 horas para a pauta. Além disso, caso seja necessário, o Plenário foi reservado em seus três horários durante toda a quarta e quinta-feira para votar a reforma. A reforma votada em primeiro turno estabelece a fixação de uma idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres). Para conseguir se aposentar, não basta apenas a idade mínima. Os segurados vão precisar combinar essa idade com um tempo mínimo de contribuição. Esse período, chamado de carência, será de 20 anos para os homens e 15 anos para mulheres. Atualmente, ambos os sexos precisam de 15 anos de contribuição. Para os servidores, o tempo mínimo é de 25 anos. O impacto econômico da reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, é de 933,5 bilhões de reais em dez anos, segundo estimativas do governo.
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