O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia decidiu, no dia 9 último, conceder aposentadoria a um técnico de nível médio, com R$ 30.956,00 mensais. O salário do técnico de nível médio é de R$ 5.767,91 – o restante é penduricalho, tipo vantagem pessoal eficiência, vantagem pessoal AFI símbolo, função gratificada, etc. Como há o teto constitucional para quem recebe vencimentos do Tesouro, o técnico receberá R$ 30.471,10. Mas dá para viver. Reforma da Previdência só vale para nós, não para eles. Vale a pena acompanhar a newsletter Don’t LAI to Me – um trocadilho bilingue que mistura o “não minta para mim” à LAI, Lei de Acesso à Informação. Nela estão os gastos dos diversos presidentes da República em seus cartões corporativos. Dá trabalho acompanhar, mas vale a pena. É grátis: basta entrar no Google em Don’t LAI to me e fazer a ficha. É uma fonte de informações inestimável – e tudo com dados oficiais. (Carlos Brickmann)
O ministro da Justiça, Sergio Moro, deve explicações ao país por ter orientado os procuradores da força-tarefa da Lava Jato a não apreender os celulares de Eduardo Cunha quando o peemedebista foi preso em 2016. Reportagem em parceria do “Intercept Brasil” com o “Buzzfeed” trouxe essa revelação. Ora, por que não havia interesse em apreender os celulares? Em todas as fases da Lava Jato, suspeitos eram acordados logo cedo e deveriam entregar os seus celulares. Por que Moro não tinha interesse nos telefones de Cunha, mas no iPad do neto do ex-presidente Lula? O advogado Edson Alfredo Smaniotto já foi desembargador, juiz e promotor. Portanto, já julgou, acusou e defendeu. É também professor de direito penal. Eis a frase de Smaniotto sobre a importância de um julgamento no qual a defesa tem chance, algo que não aconteceu no julgamento de Lula por Moro no caso do apartamento no Guarujá. “A imparcialidade é essencial à atividade do juiz. Se ele não for imparcial, é como se não fosse juiz. É como se fosse um padre que reza a missa sem acreditar em Deus. Não vale nada a sua oração”. (Kennedy Alencar)
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