O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva completa 500 dias preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba nesta terça-feira (20). Preso em 7 de abril de 2018, o petista cumpre pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão por condenação em 2ª Instância no caso do tríplex do Guarujá (SP). Lula foi o 6º presidente a ir para a cadeia e 1º condenado por crime comum na história do Brasil. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), Lula já cumpriu tempo suficiente de sua pena – o equivalente a ⅙ – para progredir seu regime. A manifestação foi enviada em 4 de junho ao STJ (Superior Tribunal Federal). No entanto, ainda não há data prevista para a avaliação do documento. Em 11 de agosto, o ex-presidente determinou a seus advogados que não solicitem à Justiça o pedido para que ele cumpra a pena em regime semiaberto ou aberto. Ele disse que só pretende ir para casa após eventual absolvição ou anulação da sentença. “Eu quero a minha inocência. E outra coisa, não adianta ficar querendo discutir no meu caso a progressão da pena. Não adianta. Eu não quero: ‘Ah, o Lula, coitado, já está com 73 anos’. Eu não vou pedir [a progressão de regime] você sabe o porquê? Porque eu quero a minha inocência. Eu quero sair daqui com 100% de inocência“, afirmou em entrevista ao jornalista Bob Fernandes na última semana. “Não estou precisando de favor, o que eu quero é justiça”, disse, ao cobrar ao Supremo que “retome a direção do Poder Judiciário”. Uma das medidas cautelares que a Justiça poderia determinar ao petista, caso concedesse o regime semiaberto ou aberto, seria o uso da tornozeleira eletrônica. No entanto, Lula se mostra irredutível ao uso. “Tornozeleira é pra ladrão”, disse em ao Diário do Centro do Mundo. Atualmente, a defesa aguarda dois pedidos de habeas corpus que pedem a liberdade de Lula no STF (Supremo Tribunal Federal). Um pede a suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro e outro, pede a suspeição do coordenador da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol e acesso a conversas de autoridades hackeadas. Ambos alegam a parcialidade dos citados e não tem data prevista para julgamento. Continue reading → O ministro Abraham Weintraub (Educação) quer que deputados e senadores sejam ouvidos na escolha de reitores de universidades federais. Ele concedeu entrevista ao Poder360 na segunda-feira (19). O ministro faz encontros frequentes com grupos de congressistas no ministério. Relatou que em suas reuniões tem sugerido que mudem o sistema atual em que alunos, professores e funcionários votam e formam lista tríplice. “Acho que vai surgir um projeto de lei”, disse, sem especificar quando. Weintraub defende metas para professores universitários. Quem quiser dar só 8 horas de aula por semana, como é hoje, terá de publicar mais artigos científicos. Também pretende cobrar reitores que criaram cursos sem autorização, para os quais já existem professores contratados, mas não alunos: não há sequer vagas oferecidas nos vestibulares. “Quem pariu Mateus que o embale”, disse Weintraub. Essas medidas ficarão para depois da implantação do programa Future–se, que, na estimativa dele, poderá aumentar de 20% a 30% os recursos para as universidades por meio de doações, exploração de patentes e de imóveis. O ministro minimizou o fato de que reitores de 4 das 68 instituições federais, incluindo a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), declararam que não pretendem entrar no programa porque terão de se submeter a um comitê de gestão dos recursos, o que irá, dizem, reduzir autonomia. Comparou à criação da Ebserh, estatal fundada no governo de Dilma Rousseff para administrar os hospitais federais. “Esse mesmo grupo dogmático falou ´não quero´. Agora eles batem na porta e perguntam será que da para aderir?´”, disse o ministro. A consulta pública do Future-se foi estendida até 29 de agosto. Depois de analisadas as propostas de mudanças, será enviado um projeto de lei ao Congresso. Weintraub afirmou que é aberto ao diálogo, mas que a esquerda se recusa a discutir números. “Acham que a matemática atende ao capitalismo”. |