Uma mulher de 27 anos conquistou na Justiça da Austrália o direito de retirar o esperma de seu marido horas após a morte dele. Apesar da decisão favorável, ela ainda luta para conseguir uma autorização para usá-lo.
Jermimah e Sebastian, ambos de 27 anos, se conheciam desde o ensino médio e eram casados há 4 anos. O planejamento para ter um filho em 2020 era tanto que eles construíram a “casa dos sonhos” com vários quartos, em Sidney, e Jermimah se submeteu a exames para checar se era fértil.
Contudo, no último dia 14 de agosto, Sebastian se suicidou. A notícia surpreendeu os familiares, mas não foi obstáculo para que Jermimah mantivesse vivo o sonho de construir a família que sonharam.
Às 22h30 da mesma noite em que seu marido morreu, ela solicitou à Suprema Corte do estado de Nova Gales do Sul uma autorização judicial para retirar uma amostra de esperma do corpo de Sebastian.
Contra o relógio, ela recorreu ao advogado responsável pelo único caso semelhante que teve sucesso: Uma mulher no estado de Queensland, também na Austrália, realizou o mesmo pedido e obteve o aval da Justiça, em 2016.
Após o trabalho de uma noite inteira acordados, os advogados ingressaram com a solicitação e tiveram o “ok” dos juízes para que a colheita do esperma fosse feita. No dia 15 de agosto – horas após a morte do marido, um cirurgião do Hospital Royal Prince Alfred realizou o procedimento e retirou uma amostra.
A urgência do pedido se deve ao prazo de “vida útil” do esperma após os órgãos humanos pararem de funcionar. Para obter uma amostra de qualidade, era preciso retirar o líquido até 24 horas após a hora da morte.
Pela autorização da Justiça, Jermimah agora tem 10 anos para utilizá-la. A batalha, no entanto, prossegue, uma vez que agora ela precisa de outra permissão judicial para aplicar em um óvulo fértil.