Regionais : Queimadas na Amazônia: a verdade, enfim
Enviado por alexandre em 28/08/2019 08:25:43

Queimadas na Amazônia: a verdade, enfim

A verdade, enfim

Foto/fonte: Brasil247

Por Carlos Brickmann 

 

Falou-se muita bobagem – como atribuir a atual queimada a uma só causa, quando a Amazônia brasileira é do tamanho da União Europeia. Há várias causas: a seca própria da época; queima dos rejeitos da colheita; o crime, que desmata para criar fazendas clandestinas, ou ampliar fazendas (legais) já existentes. E os malucos: o grupo paraense Sertão (este a Polícia deve pegar), combinou por WhatsApp provocar incêndios no Dia do Fogo, 10 de agosto, para ocupar uma reserva florestal de 1,3 milhão de hectares. Contrataram motoqueiros para botar fogo no capim seco à beira das estradas e operadores de motosserras para que nada sobrasse. No grupo há garimpeiros, grileiros, fazendeiros interessados em expansão, gente da cidade que quer virar fazendeiro sem se dar ao trabalho de comprar terra.

Talvez haja também fanáticos políticos, como os que encheram de pragas os cacaueiros baianos. A culpa só é do Governo porque passou uma ideia errada, de que não era lá muito importante preservar o meio-ambiente. Isso acabou no liberou geral.




Incêndios na Amazônia: os erros dos dois lados

Quem diria

 Foto: Reprodução/fonte: AM POST                                                             Foto/fonte: Valter Campanato/ Agência Brasil/ Twitter/ Reprdução/VEJA                                 

Por Carlos Brickmann 

 

A imprensa europeia mostrou uma jovem que, estarrecida pelo incêndio, foi à Amazônia e salvou uma girafa, bicho que ali nunca houve.  Bolsonaro criticou a Noruega num vídeo que mostrava a caça de baleia por dinamarqueses. Macron disse que a Amazônia é o pulmão do mundo (não é: plantas adultas consomem o oxigênio que geram). Para Bolsonaro, a menos que se reduzam reservas indígenas e quilombolas, e áreas de preservação, não haverá espaço para a agropecuária.

Haverá: o Projeto Jari, monumental, preserva 90% da mata, é produtivo e dá lucro. A Alemanha protesta contra o incêndio, mas uma indústria pertencente ao Governo alemão, a Volkswagen, promoveu há tempos o que chamou, em anúncios, de “a maior queimada da História”, na Amazônia, em sua Fazenda do Vale Cristalino. Uma empresa cujo capital é 30% da Noruega, a Norsk Hydro, tem na Amazônia uma imensa jazida de bauxita, que só poderá explorar se tirar a floresta de cima.


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