Regionais : ONGs gastam os milhões destinados à Amazônia com elas mesmas
Enviado por alexandre em 31/08/2019 22:43:51

Salários e despesas administrativas consomem até 90% dos recursos que deviam ir para a Amazônia. Foto: Reprodução

Auditoria em 18 contratos com ONGs, no valor de R$252,2 milhões, revela que grande parte desses recursos do Fundo Amazônia acabou no bolso de pessoas ligadas aos projetos. Um caso é exemplar: dos R$14,2 milhões entregues à ONG Imazon, R$12,4 milhões (87% do total) foram pagos a seus próprios integrantes. “Consultorias” etc. levaram R$3,7 milhões (26,5%). O caso está entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU), que já definiu relator: o ministro Vital do Rêgo.

O objeto do projeto de R$14,2 milhões da Imazon sugere enrolação: “Apoiar a adequação ambiental de imóveis rurais na Amazônia Legal”.

A ONG Imazon faturou R$36,6 milhões em três contratos com o Fundo Amazônia. E o BNDES liberou dinheiro sem prestação de contas.

A Imazon recebeu R$9,7 milhões para “contribuir” na “mobilização de atores locais”, torrando 85% do total em custeio e pessoal.

Solicitada a explicar gastos tão significativos com seu próprio pessoal, a Imazon não respondeu ao pedido até o fechamento desta edição. A informação é do Diário do Poder.



VEJA

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi recebido por 30 minutos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (30), na Casa Branca. Ao lado do chanceler Ernesto Araújo, que desta vez conseguiu entrar no Salão Oval, o filho do presidente da República posou como embaixador do Brasil em Washington, o cargo que pleiteia, e tratou de questões sensíveis no alinhamento da política externa brasileira à americana.

Pelo Twitter, o deputado disse ter conversado com Trump sobre uma “parceria para o desenvolvimento sustentável da Amazônia“, o interesse americano em um acordo de livre comércio com o Brasil e treinamentos militares conjuntos. Destacou que, ao receber uma comitiva não presidencial, Trump havia demonstrado a “deferência dos Estados Unidos para com o Brasil”.

Não publicou foto de seu encontro com Trump, que tampouco registrou a audiência no Twitter, como costuma fazer com seus favoritos. O ministro das Relações Exteriores, que fora substituído pelo deputado Bolsonaro no encontro entre seu pai e Trump em março passado, tampouco divulgou imagens da reunião. Limitou-se a declarar que Brasil e Estados Unidos “estão na mesma página” sobre os incêndios nas florestas tropicais.

Nem o deputado nem o chanceler deram detalhes sobre os projetos de desenvolvimento sustentável na Amazônia a serem elaborados pelos governos de Jair Bolsonaro e de Trump. “Qualquer tipo de anúncio ou fato mais detalhado, certamente o presidente falará. Inclusive, é uma deferência antes de falar com Bolsonaro estarmos falando com vocês”, disse o deputado do PSL à imprensa.

O deputado Bolsonaro ainda tem diante de si a sabatina da Comissão de Relações Exteriores do Senado e a votação do plenário antes de seguir a Washington como o primeiro embaixador não diplomata desde 1967. Antes dessas etapas, seu pai terá de bater o martelo sobre a nomeação, o que ainda não fez justamente por temor de uma derrota na votação.

“É o filho do embaixador?”

Conforme o deputado afirmou em Washington, a reunião com Trump, em si, foi uma “novidade” e marcou o “novo patamar” das relações bilaterais. Na sala de imprensa da Casa Branca, segundo o jornal O Estado de S Paulo, os jornalistas americanos se mostraram curiosos pela visita. “É o filho do embaixador?”, perguntaram à imprensa brasileira. Depois de informados sobre quem se tratava, a questão para o motivo de o “filho do presidente do Brasil” estar reunido com Trump se ele “ainda não é embaixador”.

Ainda segundo O Estado de S. Paulo, o deputado não quis responder a nenhuma questão da imprensa americana. Um jornalista local perguntou-lhe sobre a ofensa do presidente brasileiro à primeira-dama da França, Brigitte Macron. Bolsonaro não entendeu, consultou um assessor e mandou Araújo responder.

Depois da visita à Casa Branca, o deputado se encontrou com o guru ideológico do governo de Jair Bolsonaro, Olavo de Carvalho, que mora no estado da Virgínia. Carvalho é o orientador de toda a comitiva brasileira. O encarregado de negócios da embaixada do Brasil, Nestor Forster, foi quem apresentou Araújo ao guru, que já tinha como discípulo o atual assessor Internacional do Palácio do Planalto, Filipe Martins.

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