Regionais : Bolsonaro: "acenos" públicos de deferência a Moro
Enviado por alexandre em 08/09/2019 18:20:40

Por Carlos Brickmann

Por Carlos Brickmann

 

Um aceno...

Mas Bolsonaro faz acenos públicos de deferência a Moro e à Lava Jato. Fez mais do que pediam: em vez de vetar nove ou dez dispositivos, vetou 36. De acordo com os vetos, o juiz que mandar prender alguém em manifesta desconformidade com a lei e as provas não terá punição. Deixa de ser crime violar direitos ou prerrogativas de advogados – inviolabilidade do escritório, por exemplo. Numa busca e apreensão, pode-se apreender os computadores e será violado o sigilo de todos os clientes sem ordem da Justiça. Continua sem punição a execução de decisões judiciais “de forma ostensiva ou desproporcionada”.

Quando o juiz quiser ouvir alguém, se a Polícia o prender com escândalo, para desmoralizá-lo perante os vizinhos, não haverá o que punir. Punição para o uso irregular de algemas – vetado em súmula do STF – deixa de existir na lei. Cenas como a de Sérgio Cabral algemado por mãos e pés, pela lei que Bolsonaro sancionou deixam de ser crimes.

 ...em vão?                                      

Só que a lei foi aprovada por ampla maioria. E há fortes possibilidades de que os vetos sejam todos rejeitados. Se Bolsonaro tivesse vetado cinco ou seis dispositivos, as chances de negociação seriam grandes. Com 36 vetos, é provável que o Congresso derrube tudo e restaure a lei como foi aprovada.



Bolsonaro e o "ativismo" que teima em persistir

Ativismo

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

Folha de S. Paulo - Por Elio Gaspari

 

Durante a greve dos caminhoneiros e o locaute de empresas de transporte do ano passado, o governo de Michel Temer anunciou a abertura de 35 inquéritos em 25 estados. Deram em nada. Esse lance de desordem derrubou cerca de 1,2% do crescimento do PIB.

Veio a eleição e Bolsonaro anunciou que "vamos botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil".

Estão abertos inquéritos para identificar os responsáveis pelo "Dia do Fogo" na Amazônia. Agrotrogloditas do grupo de WhatsApp "Sertão" teriam deixado mensagens nos seus celulares, mas eles ainda não apareceram.

Bolsonaro prometeu "tolerância zero" com as queimadas, mas, se os piromaníacos não aparecerem, Emmanuel Macron poderá voltar a incomodá-lo.

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