Após a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) anunciar que uma articulação envolvendo parlamentares de diferentes instâncias (estadual e federal) já havia conseguido número o necessário de assinaturas para instalar a CPI da Lava Toga, nesta segunda-feira (9) surgiu a denúncia de que outra articulação, dessa vez contrária a CPI, conseguiu enfraquecer essa iniciativa. informa o Opinião crítica O professor Modesto Carvalhosa, que ensinou Direito na Universidade de São Paulo (USP) e hoje está aposentado, mas atuando no combate à corrupção em articulação com outros juristas, como a própria Janaína, comentou sobre a mobilização contra a CPI da Java Toga, chamando de “Central Única da Corrupção”. “É preciso denunciar e combater os inimigos da nação, estejam onde estiverem – na política, no empresariado ou no jornalismo. O Brasil não pertence aos ratos que dele se apossaram”, escreveu Carvalhosa em suas redes sociais. O jurista fez uma comparação entre a Operação Mãos Limpas, da Itália, e a Lava Jato, para ilustrar como determinados setores da política se mobilizam para minar a operação.Continua depois da publicidade “Já dissemos aqui, e todos sabem, que a Operação Mãos Limpas foi perdendo a sua força na Itália depois de colocar na cadeia muito mais corruptos do que a Lava Jato corajosa e meritoriamente até agora conseguiu prender. O mesmo pode acontecer no Brasil se não permanecermos unidos e atentos contra as manobras da Central Única da Corrupção”, destacou o jurista. “Reformas previdenciária e tributária são fundamentais, mas nenhuma delas produz efeitos duradouros nem edifica uma verdadeira Nação se larápios continuam impunes e refestelando-se no Poder”, acrescentou. Continua depois da publicidade Ocultação de informações O contexto das declarações de Carvalhosa e Janaína Paschoal se dá no momento em que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu não autorizar a divulgação de trechos da delação de Léo Pinheiro, que, supostamente, envolvem o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. “Janaína Paschoal e o MP Pró-Sociedade foram obrigados a pedir à PGR as cópias para instruir o impeachment que movem contra o Presidente do STF. Porque, vergonhosamente, os trechos da delação de Léo Pinheiro envolvendo Rodrigo Maia e Toffoli foram arquivados por Raquel Dodge”, destacou Carvalhosa. “Por outro lado, muitas partes da arrasadora delação de Antonio Palocci já vieram à tona, sem que a grande imprensa ou a grande mídia divulgasse”, completou. Com base nisso, Janaína foi taxativa: “Queremos impeachment de quem merece ser afastado e CPI para investigar o que precisa ser investigado. Acham que financiamento público resolve? Acham que resolve financiamento privado? Não importa! Todos os modelos são burlados! Só resolve prender quem precisa ser preso!”, disse ela.
PUBR Em decisão monocrática proferida no fim de agosto, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello determinou a liberdade de um integrante do segundo escalão na cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital). Odemir Francisco dos Santos, 39, conhecido como Branco, foi beneficiado com habeas corpus liminar. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) informou que Branco deixou o CDP (Centro de Detenção Provisória) 3 de Pinheiros no dia 4 de setembro “em cumprimento à decisão judicial que determinou a liberdade provisória”. Informação NoticiasUol. |