Regionais : Conselho de Ética instaura processo contra deputado que chamou Moro de ‘ladrão’
Enviado por alexandre em 19/09/2019 08:26:41

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara instaurou nesta quarta-feira (18) processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por ter chamado o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) de “juiz ladrão” durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Casa, em 3 julho.

Na ocasião, Moro prestava esclarecimentos sobre conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil que foram atribuídas a ele e a procuradores da Lava Jato, a chamada Vaza Jato. Em 11 de julho, o PSL protocolou ação e acusou Glauber Braga de quebra de decoro pelo ato.

Também nesta quarta-feira, Glauber Braga fez a leitura de sua defesa prévia, por meio da qual pediu o arquivamento da representação do PSL. Segundo ele, as frases ditas contra Moro estão protegidas pela imunidade parlamentar e pela exceção da verdade. “Quem diz a verdade não merece castigo”, afirmou.

O deputado disse, ainda, que os congressistas possuem direito à liberdade de opiniões, palavras, votos, e que, no episódio da CCJ, apenas emitiu a opinião dele “baseada e lastreada em fatos”. “Se as palavras foram fortes e contundentes, não posso me desculpar. Foram adequadas para o assunto em pauta”, disse.

No Twitter, reiterou sua defesa feita no conselho e disse que “Moro é um juiz ladrão mesmo”.

O relator do caso será definido na próxima reunião do conselho. Os nomes sorteados para compor a listra tríplice, da qual sairá o relator são: Cacá Leão (PP-BA), Flávio Nogueira (PDT-PI) e Gilson Marques (Novo-SC).



Equipe Ivan Valente

Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Joinville, cancelou a reserva do auditório onde aconteceria um debate com o presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros. O evento, que tinha como tema “A resistência aos ataques do governo Bolsonaro”, estava marcado para esta quinta-feira (19).

Segundo nota divulgada pelo partido, a direção do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade, responsável pela organização da palestra, comunicou o cancelamento na noite de ontem.

Medeiros classificou a atuação da Universidade como “censura”.

— Não há outra forma de descrever. A extrema-direita saiu do armário e acha que pode nos calar. Mas não podem. Lutaremos por nosso direito de difundir nossas ideias, custe o que custar.

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