Desde a época de Aristóteles, o orgasmo feminino tem sido assunto de interesse dos estudiosos. Mas, até agora, a ciência ainda não conseguiu responder todas as questões que giram em torno do assunto.
Entre as perguntas a serem respondidas está o porquê de a mulher não precisar de orgasmo para engravidar. A dúvida existe porque na população masculina o clímax sexual é necessário para que aja ejaculação (liberação de espermatozoides) e, consequentemente, reprodução.
Procurando entender este fenômeno, uma equipe de pesquisadores realizou um estudo com coelhos e os resultados parecem ter fornecido uma possível resposta para esta questão. De acordo com os especialistas, há milhares de anos, a mulher – assim como o homem – só conseguia liberar os óvulos quando tinha orgasmo. Mas, durante o processo evolutivo, seu corpo foi capaz de desvencilhar a função reprodutiva do orgasmo, não mais necessitando dele para engravidar.
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Para os pesquisadores, isso poderia explicar porque as mulheres sentem maior dificuldade para ter orgasmo com o sexo, especialmente durante a penetração.
“O estudo poderia ser um caminho para explicar parte do aspecto biológico do orgasmo feminino, mas é preciso lembrar que ele também é fruto de uma construção social. É muito difícil separar esses dois fatores da sexualidade feminina para chegar a um resultado conclusivo”, comenta a ginecologista e sexóloga Carolina Ambrogini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O que isso significa?
Você deve estar se perguntando como esse experimento pode explicar o orgasmo feminino, não é mesmo? Pois bem, segundo especialistas, as nossas ancestrais também passavam pelo processo de ovulação induzida. No entanto, conforme fomos evoluindo, o corpo feminino foi passando por mudanças. A principal delas seria a mudança de posição do clitóris.
Fotos: Reprodução
Na época em que a ovulação era induzida pelo orgasmo, o clitóris ficava mais próximo dos canais reprodutivos – provavelmente dentro da vagina – para que o contato sexual estimulasse o orgasmo e, consequentemente, a ovulação. Ao migrar para outra posição no sistema reprodutivo feminino, o orgasmo deixou de ser necessário para a liberação de óvulos. Com a migração, o clitóris passou a ser menos estimulado durante o sexo, dificultando o orgasmo.
Mas alguns estudos indicam que o orgasmo ainda exerce função reprodutiva. “Ao ter orgasmo, os músculos do útero se contraem e impulsionam o esperma até o óvulo. Além disso, ele estimula a maior prática do sexo, aumentando as chances de gravidez”, conclui Carolina.
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Para alguns cientistas, o orgasmo feminino é apenas um vestígio evolucionário ou seja, algo que permaneceu no corpo mesmo sem ter um propósito fundamental no funcionamento do organismo, assim como o apêndice e os mamilos masculinos.
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