Justiça em Foco : Ação de Flávio contra promotora é ‘tentativa de intimidação’, diz entidade
Enviado por alexandre em 07/09/2020 20:03:53


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A Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperagem), entidade que representa promotores e procuradores de Justiça, afirmou nesta segunda-feira (07), que a ofensiva do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) contra a promotora Patrícia do Couto Villela, que chefiou investigações contra ele à frente do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), é uma “flagrante tentativa de intimidação” e um “ataque” aos responsáveis pela apuração e ao próprio Ministério Público fluminense.

Reportagem de VEJA publicada nesta semana revelou um pedido de Flávio ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que seja “instaurada sindicância ou processo disciplinar para apuração de eventuais infrações e até mesmo possíveis crimes de abuso de autoridade que possam ter sido cometidos” por Vilela e pelo grupo de promotores comandado por ela.

“A digna promotora Patrícia do Couto Villela (…) sofreu representação mendaz perante o Conselho Nacional do Ministério Público, em flagrante tentativa de intimidação, que será vã, por ter exercido as suas atribuições com independência, sempre submetendo as questões ínsitas à reserva jurisdicional ao crivo do Poder Judiciário”, escreveu a entidade em nota assinada pelo presidente, Ertulei Laureano Matos, e pelo diretor de defesa de prerrogativas, Tulio Caiban Bruno. “Malsinada investida, conquanto personalizada, representa ataque a todos os membros do Grupo de Combate à Corrupção, bem como à instituição do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro”, completa.

Na representação contra Villela, Flávio pede que ela seja investigada por eventual crime de abuso de autoridade e infrações disciplinares. Ele conseguiu que a promotora fosse intimada pelo CNMP a se explicar sobre um suposto arrombamento da porta da franquia Kopenhagen, pertencente a ele, no Shopping Via Parque, que teria ocorrido em uma ação deflagrada em dezembro de 2019 para colher provas no local. A colegas de MP, Patrícia negou que a loja tenha sido arrombada — disse que um chaveiro foi acionado para destravar a porta e que isso era necessário porque havia o receio de que provas fossem apagadas a distância, pela internet. Flávio reclamou também ao CNMP de vazamentos à imprensa de informações do inquérito que corre contra ele, sob sigilo. O senador pediu que promotores do Gaecc fossem afastados do caso. Continue lendo

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