Por Eduardo Barretto/Época A Justiça Militar condenou cinco pessoas por fraudes em reforma de militares do Exército. Dois ex-soldados reformados, dois médicos e um advogado cumprirão penas de dois a sete anos de prisão. A decisão foi da juíza federal Natascha Maldonado, da Justiça Militar, na semana passada. Segundo o processo, o esquema aconteceu entre 2006 e 2016, e causou prejuízo aos cofres públicos com as aposentadorias fraudadas. Enquanto os ex-soldados do Exército fingiram ter doenças incapacitantes para obter a reforma, os dois médicos fraudaram laudos e o advogado executou a parte burocrática. Um ex-soldado alegou problemas ortopédicos graves, dizendo que não conseguia se deslocar sozinho e que tomava remédios continuamente. Contudo, o Ministério Público Militar (MPM) flagrou-o praticando jiu-jítsu e dançando. Outro ex-soldado dizia ter problemas psiquiátricos sérios, inclusive alucinações. Em um procedimento médico, balançou-se e falou sozinho, e contou que não conseguia sequer tomar banho sem ajuda. Duas semanas antes dessa perícia, entretanto, o MPM registrou esse militar dirigindo um carro em seu nome, com sua esposa e uma criança. O homem abasteceu o carro e fez compras normalmente.
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