A Justiça do Distrito Federal permitiu que a modelo Flávia Tamayo deixe o presídio onde está detida desde julho, no Espírito Santo. Ela deve ser transferida para Brasília e terá que usar tornozeleira eletrônica, além de cumprir medidas cautelares. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), que não divulgou mais detalhes porque o processo corre em sigilo.
Ex-capa da Playboy, Flávia foi presa há dois meses por suspeita de integrar uma organização criminosa de garotas de programa de luxo que atuavam no tráfico de drogas na capital. Os investigadores afirmam que ela cobrava entre R$ 500 e 1 mil por programa, regado a cocaína e haxixe
A decisão que permitiu a saída do presídio é da 3ª Turma Criminal do TJDFT. Segundo o documento, a prisão preventiva da modelo pode ser decretada novamente "na hipótese de descumprimento das medidas cautelares, bem como para garantir da instrução criminal e da aplicação da lei penal [...]".
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A decisão determina ainda que a transferência dela para o DF seja realizada "com urgência" para que tenha início o cumprimento das medidas cautelares. Ao G1, a defesa de Flávia disse que a Justiça "entendeu não haver motivo para manutenção da prisão preventiva"
Prisão e suspeitas
Flávia é conhecida por ter sido capa de revistas no Brasil e em Portugal e por ter estrelado filmes eróticos. Segundo a polícia, o grupo do qual ela fazia parte atua em venda e distribuição de drogas, principalmente sintéticas e cocaína, para clientes de alto poder aquisitivo no DF.
"Ela tinha uma agenda muito cheia e não tinha um local certo, viajava o Brasil. Um dia antes da operação, ela foi para Florianópolis", disse à época o delegado Ricardo Oliveira, da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
A modelo foi presa em 21 de julho, ao chegar à recepção de um hotel em Vitória, no Espírito Santo. Câmeras de segurança do estabelecimento capturaram o momento da abordagem.
Fotos: Reprodução
A prisão foi uma continuidade da Operação Rede, realizada em junho deste ano no Distrito Federal, que resultou no cumprimento de 37 mandados de busca e apreensão e de prisão. À época, seis grupos criminosos especializados no tráfico de drogas sintéticas e de cocaína na região central de Brasília foram alvos da polícia.
G1