Por FolhaPress
Camila Mattoso
Brasília, DF
A Polícia Federal concluiu nesta semana uma investigação apontando indícios de que dois dos principais nomes da política nacional, rivais entre si, se uniram anos antes em um esquema de corrupção.
De acordo com o inquérito, os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Eduardo Cunha (MDB-RJ), que em 2015 travaram a disputa que se tornou o embrião do impeachment de Dilma Rousseff, atuaram juntos para cobrar propina da Odebrecht em troca de apoio na área de energia.
CONFIRA A ÍNTEGRA EM:
Com cruzamento de sinais de celular, PF indicia Chinaglia e Cunha por corrupção em caso da Odebrecht
A afirmação consta em um relatório enviado nesta semana ao Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o documento, o petista é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e o emedebista, de corrupção passiva.
A PF diz que Chinaglia recebeu R$ 8,7 milhões da empreiteira entre setembro de 2008 e outubro de 2014 pela atuação em projetos do Rio Madeira, em Rondônia, envolvendo as hidrelétricas de Santa Antônio e Jirau.
Entre outros elementos, a polícia utilizou o cruzamento de sinais de celular para embasar os indiciamentos.
O inquérito foi aberto com base na colaboração premiada de executivos da Odebrecht. Segundo delatores, a empresa acreditava que vinha sofrendo retaliações do governo Lula (PT).