PF segue militares e fiscalizará códigos-fontes das urnas
Expectativa é que o procedimento seja realizado no final do mês de agosto
Nesta quarta-feira (3), o delegado-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, se reuniu com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, na sede do órgão. O encontro definiu que a PF será mais uma entidade a inspecionar os códigos-fontes das urnas eletrônicas que serão usadas durante as eleições gerais deste ano. A expectativa é que o procedimento seja realizado no final do mês de agosto.
O martelo é batido um dia após as Forças Armadas terem realizado a fiscalização. Segundo o jornal O Globo, o chefe da corporação reiterou a confiança no processo eleitoral brasileiro. Interlocutores da Corte afirmam, ainda de acordo com a reportagem, que Nunes também teria dito a Fachin que a PF vem acompanhando o processo referente à segurança nas eleições.
A corporação faria parte de um projeto-piloto para análise in loco das informações, isto é, nas dependências da PF. Mas um atraso na comunicação oficial entre o tribunal e a PF fez com que não fosse mais possível a realização pelos técnicos da polícia nessa modalidade. Por isso, a análise será feita no próprio TSE.
A abertura dos códigos-fontes é um procedimento obrigatório realizado pelo TSE antes de cada eleição, e é uma das ações iniciais do Ciclo de Transparência Eleitoral. Essa fiscalização pode ser realizada por técnicos dos partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), das Forças Armadas, da Polícia Federal e de universidades, entre outras instituições.
Na segunda-feira (1º), o órgão reuniu mais de 150 pessoas, entre representantes das diversas entidades com legitimidade para atuar na fiscalização do processo eleitoral de 2022, incluindo membros das Forças Armadas.