Convite esbarra em resolução de Bolsonaro assinada em 2019
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela Foto: Rayner Peña/EFE/EFEVISUAL
O grupo de trabalho que organiza a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta quarta-feira (7), a intenção de convidar o líder venezuelano Nicolás Maduro para o evento. Mas a medida ainda esbarra em um decreto do governo Bolsonaro que impede a entrada do ditador no Brasil. De acordo com o embaixador Fernando Luís Lemos Igreja, responsável pelo cerimonial da posse, ao menos 12 chefes de Estado já confirmaram presença.
– O atual governo suspendeu as relações do Brasil com o governo do presidente Nicolás Maduro, então não foi possível transmitir o convite dessa forma. A situação está sendo tratada pela equipe de transição, da equipe da cerimônia de posse para que possamos transmitir esse convite ao presidente Maduro como representante da Venezuela – afirmou Igreja.
– Convites a chefes de Estado foram feitos oficialmente na segunda-feira, por meio diplomático, junto a todas as embaixadas em Brasília a todos os países com os quais o Brasil mantém relação diplomática. O convite foi feito via Itamaraty, que já recebeu algumas confirmações – acrescentou o embaixador.
– Nossa expectativa é de número significativo de chefes de Estado e de governo – acrescentou.
Confirmaram presença no evento os presidentes de Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guiné Bissau, Portugal e Timor Leste, além do rei da Espanha, Filipe VI. Chanceleres também confirmaram presença, mas a transição diz ainda não ter a lista para além de chefes de Estado.