Embora o governador de Rondônia Marcos Rocha tenha levado uma comitiva para a Conferência do Clima (COP 26), em Glasgow, no Reino Unido, quem se destacou no evento foi a rondoniense Txai Suruí, ativista de origem indígena e filha de Almir Suruí. Ela discursou e foi ovacionada por mais de duzentos chefes de Estado que assistiram às denúncias das atrocidades que são cometidas no Brasil e em Rondônia contra os povos indígenas. Já o governador, presente durante o discurso da rondoniense, ouviu as críticas calado e deixou o evento mudo. O discurso de Txai repercutiu mundo afora.
METAS
A presença dos governadores brasileiros à COP 26, promovida pela ONU, é importante uma vez que o Brasil vem sendo alvo de críticas por descumprir as metas ambientais assumidas no último encontro em Paris e, principalmente, pelas posições adotadas pelo governo Jair Bolsonaro em relação ao desmatamento da Amazônia. O Brasil assumiu mais uma vez a responsabilidade de estabelecer metas que reduzam os impactos ambientais, o problema é que ninguém de juízo sadio acredita mais nas propostas assumidas por Bolsonaro, visto que tem se notabilizado por não cumprir com o que promete.
IMPORTÂNCIA
Estão em solo escocês para debater as questões ambientais doze governadores brasileiros, inclusive o de Rondônia. Uma presença importantíssima para as políticas futuras na redução do desmatamento das nossas florestas e do nosso ecossistema.
DESIMPORTANTE
Mesmo não fazendo parte do consórcio verde formado por dez governadores, a presença de Marcos Rocha no solo escocês deveria ser um marco histórico para as políticas ambientais de Rondônia. O problema é que ele (Marcos Rocha) tem adotado políticas ambientais bem diversas das ações preconizadas pelos principais organizadores do evento, além de seguir cegamente as mesmas orientações equivocadas do ministério do Meio Ambiente. Entre elas, leis estaduais que abrem caminho para a depredação de reservas naturais instituídas pelo nosso Código Florestal. Portanto, perde a importância da comitiva chefiada por Marcos Rocha no evento de Glasgow e passa a ser uma viagem confundida por conotação turística, com gastos acima de duzentos mil reais o que caracteriza uma viagem de um governo perdulário.
ANÔNIMO
O ministério da educação lamentavelmente perdeu tanto a importância que ostentava em governos passados, inclusive dos generais ditadores, que o atual ocupante da pasta, Milton Ribeiro, perambulou pelos municípios do estado sem que ninguém percebesse. É uma figura tão irrelevante no mundo acadêmico que nem os mais ferrenhos militantes do bolsonarismo compareceram para abraçá-lo. Uma diferença abissal do antecessor, Abraham Weintraub, embora desprezível, mobilizava a horda ideológica por onde passava com seu malfazejo. Ribeiro é anônimo até entre a horda. Dizem que os prefeitos que o receberam requisitavam do cerimonial o nome do ministro na hora da saudação oficial.
REVOADA
Há comentários nos bastidores que o governo estadual estaria atraindo para sua base eleitoral alguns vereadores da capital. Uma revoada que teria por objetivo fazer oposição sistemática ao prefeito Hildon Chaves e assim evitar que o tucano entre na disputa pelo Governo de Rondônia.
ARMADILHAS
Uma fonte entre os edis revelou à coluna que a estratégia inicial seria criar dificuldades na execução orçamentária para que retardasse novas licitações na área estruturante onde o alcaide imprime uma administração arrojada. Outro alvo seria a licitação do lixo que deve começar nos próximos dias e há interesse no nicho de pessoas próximas ao gabinete do prefeito.
LIXO
Ao licitar o lixo a prefeitura tem que adotar todas as recomendações dos órgão de controle para que o processo seja o mais transparente possível uma vez que é o contrato mais cobiçado pelo setor por concentrar uma parte considerável de recursos. Corre na boca miúda que uma empresa conhecida na capital estaria fazendo pressão através de prepostos políticos para abocanhar o contrato milionário, embora na disputa haja pelo menos dez outras empresas nacionais do setor, melhor qualificadas e bem mais sólidas do que a que pressiona ao seu favor. Pode ser apenas fofoca a pressão, mas é bom o prefeito manter-se firme às eventuais pressões dos inimigos que moram ao lado. Remexer em lixo açula fúria de outrem e provoca urticária. Nunca é um bom negócio.
AVATAR
É um acinte uma pessoa querer voltar ao convívio dos colegas no trabalho presencial e recusar se vacinar. Estamos ainda computando a morte de pessoas acometidas pelo vírus da Covid 19, mesmo com um número considerável de vacinados. Ainda não voltamos à normalidade e precisamos que o número de pessoas vacinadas com as duas doses aumente para que possamos ter segurança de retornamos à “normalidade”. Não há direito pessoal quando o interesse individual põe em risco o coletivo. Esta lorota não cola nem para o que se autodenomina avatar.
NÉSCIO
Em alguns estados tem se repetido a ida de pessoas à justiça requerendo o “direito” de voltar ao trabalho sem a exigência da comprovação da vacina. O próprio governo brasileiro tem estimulado este tipo de conduta egoísta e descabida. Ninguém tem o direito de sair contaminado outros como se fosse algo normal, natural. Isto é um indignidade que os tribunais têm defenestrado. Embora haja néscio em toda a sociedade, o contágio pela inaptidão de um governo também deveria receber a interdição da prestação jurisdicional.
A íntegra da coluna redigida pelo jornalista Robson Oliveira
Por Robson Oliveira
DESFILIAÇÃO
Embora haja especulação para todos os gostos sobre as eventuais candidaturas em 2022, o que é absolutamente natural, pouco sabem que Expedito Junior não sairá a nada pelo PSDB, pois está desfiliado do partido há mais de três meses. O ex-senador está aguardando o melhor ambiente político para anunciar a filiação ao PSD, partido presidido por Expedito Neto, seu rebento. O PSD, aliás, deverá receber várias filiações nos próximos meses, inclusive alcaides que vislumbram colocar o nome na disputa de 2022.
CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado apresentou finalmente hoje o conteúdo do voto do relator Renan Calheiros sobre as responsabilidades dos agentes públicos e privados do desastre sanitário com que nossas autoridades lidaram com a pandemia da Covid 19. O principal personagem nesse cenário de horrores que levou a óbito mais de seiscentos mil brasileiros é sem dúvida o presidente Jair Bolsonaro. As condutas descritas no parecer são absolutamente objetivas e exigiriam num país mais sério sanções compatíveis com os crimes, mas poucos acreditam que haja de fato uma responsabilidade em decorrência das irresponsabilidades políticas do Governo Brasileiro face ao caos sanitário.
HÁBIL
“A melhor maneira de predizer o futuro é inventá-lo”, é uma frase emblemática que traduz fielmente os movimentos dos bastidores feitos pelo atual Chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, com uma habilidade digna dos mais experientes no ofício da política. Coube ao jovem de gosto extravagante no vestuário, atrair para a influência do governador coronel Marcos Rocha nomes que ampliam o espectro eleitoral do grupo governamental visando a reeleição. A ex-vereadora da capital Cristiane Lopes, Lucas Falador, entre outros, são alguns nomes importantes para as eleições 2022 que Junior conseguiu levar para o grupo, já que o futuro é uma invenção das ações do presente, como exprime a frase acima.
APROXIMAÇÃO
O grupo liderado pelo senador Acir Gurgacz (PDT), até então em cima do muro em relação ao governo do coronel, começa a se aproximar da administração a partir de conversas entabuladas pelo chefe da Casa Civil. Em razão dessas movimentações políticas de Junior Gonçalves, ao que parece, pessoas próximas ao senador estariam sendo indicadas para compor cargos no Detran.
SENADO
Com a saída de Expedito Junior do ninho tucano, os governistas começam a emitir sinais em direção à deputada federal Mariana Carvalho para que componha a chapa majoritária do governo, como candidata ao Senado. Por enquanto são cenários que estão sendo desenhados e conversados, uma vez que tais junções dependerão também das federações partidárias a serem formadas no plano nacional. Ainda assim, mesmo com eventuais restrições legais, há espaço para apoios informais driblando as amarras legais que a lei eleitoral nova impôs. E quem também foi escalado para atrair os tucanos foi Junior Gonçalves.
CONFORMIDADES
No plano nacional a deputada tucana de Rondônia Mariana Carvalho tem sido uma entusiasta do governo federal do capitão, votando nas matérias de interesse de Jair Bolsonaro. Para se encantar com o governo estadual do coronel é só um plus, já que no plano ideológico as congruências entre eles são harmônicas.
ENQUETE
Mesmo não contendo elementos científicos para aferir de forma inconteste qual deputado federal da nossa bancada tem o melhor desempenho no Congresso Nacional, a enquete promovida pelo site rondoniaovivo sobre qual deles é mais bem avaliado, revela detalhes importantes para que se avalie cenários futuros.
FERRAMENTAS
Os percentuais obtidos pelo deputado federal Léo Moraes em relação aos seus pares comprovam que a enquete está bem próxima da realidade e o credencia a voos maiores, haja vista ser o parlamentar mais engajado nos temas nacionais e locais e aquele que melhor utiliza as plataformas digitais. Ferramentas que vão ser fundamentais nas eleições vindouras.
CONFLITO
Houve muita reação contrária à decisão judicial da ministra Carmem Lúcia que concedeu uma liminar suspendendo a ação policial para desocupar uma fazenda em Extrema “invadida” por sem terras. É compreensível a reação contrária à liminar, mas verdade seja dita: a ministra agiu corretamente para evitar que excessos pudessem ser perpetrados já que em Rondônia, estado predominantemente agrário, conflitos dessa natureza têm terminado em tragédias.
CRIMINALIZAÇÃO
Embora haja registros históricos de violência no campo protagonizadas por latifundiários, inclusive contra comunidades indígenas, a maioria dos órgãos governamentais veem a luta pela ocupação da terra como movimento de marginais. Criminalizar os movimentos populares é mais fácil do que resolver a questão fundiária e mais barato mandar o estado baixar o sarrafo do que assentar os deserdados. É verdade que no meio desses movimentos existem infiltrados com ânimos ideológicos e que atuam para promover o terror, mas nem todos são bandidos.
ESPECULAÇÃO
Cada dia que passa mais se escuta de pessoas próximas do senador Marcos Rogério que ele desista de disputar as eleições de governador. A exposição que conseguiu na CPI da Covid o colocou em visibilidade com o eleitor bolsonarista e, Rondônia, é um oásis da espécie. O problema é que o senador disputa o mesmo eleitor com o governador Marcos Rocha que, aliás, é tão ou mais Bolsonaro do que o senador. Uma disputa entre eles, para o governo, corre o risco de levar ambos ao naufrágio, já que Confúcio Moura, Léo Moraes e Hildon Chaves assistem de longe a briga dos dois pela paternidade.
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As autoridades políticas rondonienses insistem em mudar toda uma legislação ambiental construída no decorrer dos anos para abrir espaço ao agronegócio e ao extrativismo vegetal e mineral. Recentemente a Suprema Corte rechaçou a mudança da lei estadual que liberava áreas de reservas ambientais para a exploração econômica. Na semana passada, o Ministério Público estadual baixou recomendações ao governo para que vete uma nova tentativa legislativa que abre caminho à exploração predatória.
LOROTA
O discurso fácil que fazem por aí é de que a atual legislação ambiental de Rondônia, originária do zoneamento, cria amarras ao desenvolvimento. Muito pelo contrário, impõe limites ao uso desordenado e ilegal de áreas de conservação contra a ação predatória de empresários gananciosos. É um discurso que não passa de pura lorota. Os sinais governamentais sobre o tema não são alvissareiros já que o próprio chefe do executivo tem uma visão tosca sobre o assunto, assim como seus auxiliares. Em razão disso é uma questão que os limites terminarão sendo estatuídos pela força judicial.
EVASIVAS
O MDB reuniu em Ji-Paraná, na última sexta-feira, os seus principais dirigentes para avaliar as probabilidades eleitorais visando as eleições de 2020. Compareceram ao evento os principais caciques que ainda permanecem na legenda, a exemplo do senador Confúcio Moura, Lúcio Mosquini e Valdir Raupp. Pelos discursos, o atual senador seria o candidato a governador por aclamação, mas quem o ouviu falar, viu mais uma vez, o enigmático e matreiro de sempre que nunca revela de fato quais seus planos.
TEMPO
Confúcio Moura ao mencionar as eleições estaduais de 2022 saiu pela tangente sem descartar nem assumir uma candidatura governamental. Quem o conhece, ou acha que conhece, aposta que é candidato sim desde que o vento sopre ao seu favor. O problema é contar com a previsibilidade do tempo em épocas de tanta nuvem de poeira que cercam Rondônia. Mesmo tangenciando o futuro, se o tempo estiver bom e as pesquisas favoráveis, Moura encara a disputa. Precisará, no entanto, reforçar o MDB que desde as eleições passadas perdeu capilaridade eleitoral e representação política.
NOMINATA
Hoje o MDB não possui uma nominata a deputado federal atrativa que desperte nos prováveis candidatos ao cargo novas filiações. Desde o final do governo de Jerônimo Santana o partido não sofria a carência de lideranças com apelo eleitoral como agora. O evento em Jipa até que revelou caras novas, mas nenhuma com uma dimensão estadual capaz de causar furor eleitoral. A suplente de senadora, no exercício do cargo, empresária Maria Eliza, sequer é conhecida entre os emedebistas. Virou suplente de senadora e, portanto, senadora em exercício, em razão da atividade econômica e não por ser uma liderança política. É um partido envelhecido em Rondônia, mesmo que Confúcio Moura ainda demonstre alguma vitalidade pelas pesquisas que estão sendo colhidas por aí.
REALIDADE
A legislação eleitoral impede que os partidos formem coligações para que atinjam o quociente e assim catapultar a vaga mais votada da coligação, como era antes. Agora é cada um por si, embora pela nova regra seja possível a formação de federação partidária. Mas estas (federações) somente serão formadas por vinculações nacionais entre partidos e por quatro anos, diferente das coligações em que as legendas se juntavam em nível estadual e municipal e se desfaziam imediatamente após as eleições. Com a nova regra, muitos partidos ficarão sem eleger representação legislativa.
HÁBIL
Mesmo optando por governar de forma remota e distante, nos últimos dias o governador Marcos Rocha conseguiu a proeza de surpreender alguns dos mais espertos dirigentes partidários tirando das legendas nomes importantes e ampliando seu espectro eleitoral. Com habilidade incomum, o governador passou uma rasteira nos concorrentes e colocou as unhas de fora arranhando egos inflados. A indiferença do governador com o cargo é simplesmente aparente e quem ousar subestimá-lo pode levar mais uma rasteira.
PESQUISA
As pesquisas que a coluna conseguiu acesso, feitas por duas forças políticas da capital, revelam um quadro de indecisão enorme do eleitor rondoniense. Apesar dos principais nomes especulados para a sucessão estadual aparecerem em todos os cenários pesquisados, o percentual de eleitores indecisos e que não sabem em quem votar é igualmente revelador e denota que o eleitor anda cético em relação aos nomes pesquisados.
INVIABILIDADE
Na medida que o calendário eleitoral avança, o quadro político estadual muda e outros nomes podem surgir em novos cenários pesquisados, o que intriga no momento é a rejeição de dois dos nomes pesquisados que podem estar a caminho da inviabilização eleitoral. São nomes de candidatos conhecidos nas urnas pelo eleitor. Um doce para quem adivinhar quem são...
TCHAU POEIRA
O título desta acima mostra que o slogan adotado pelo Governo de Rondônia para marcar as obras asfálticas que estão sendo executadas nos municípios pode ser bom de compreensão e pode também virar meme contra o próprio chefe do executivo durante as eleições. Poeira, malária e lama em Rondônia nunca vão acabar e a promessa do tchau ao pó do verão pode se transformar no adeus marcando a administração estadual de forma negativa. É bom ter cuidado, senão: tchau governador! Já testemunhamos slogan chique em Rondônia ser derrotado por um simples, despretensiosamente.
TURISMO
O ex-governador Daniel Pereira, atual superintendente do Sebrae, entregou a este cabeça chata uma cópia do plano de turismo para nossa capital. É um diagnóstico longo que aponta para a adoção de algumas decisões estruturais que criem condições objetivas para o incremento de uma das atividades que mais cresce no país. Embora Porto Velho possua um vasto atrativo natural e hídrico para o turismo de lazer, o projeto entregue à prefeitura indica que o turismo de negócio é de longe o mais rentável e viável para o município. As bases, portanto, para que Porto Velho explore o nicho estão no diagnóstico produzido pelos técnicos sob a coordenação do Sebrae.
COVID
A cada operação policial que aprofunda as investigações sobre eventuais malfeitos no uso dos recursos federais para a aquisição de insumos no combate à pandemia da Covid em Rondônia, a Sesau emite nota informando que colabora com as investigações e que ninguém do órgão está sendo investigado. Pode ser mesmo que não haja nenhum agente público envolvido em tramoia com uso indevido desses recursos. O que chama a atenção são os detalhes que emergem de cada operação realizada. Diz o adágio: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Aguardemos os próximos capítulos.
RASPUTIM
O Secretário da Casa Civil, Junior Gonçalves, a bem da verdade, saiu do anonimato político de neófito para um hábil negociador e tem conseguido a proeza de passar rasteira política em caciques ao trazer para o lado do governador nomes importantes da oposição. De bobo o principal secretário do governador tem apenas o riso amarelo que compõe, nesta seara, uma pantomima para atrair forças ao governo. Aprendeu rápido a mexer o angu, como se diz no popular.
ESPECULAÇÃO
Pela exposição exagerada ao defender de forma cega e estabanada as ações governamentais durante o período mais agudo da pandemia, ao que parece o senador Marcos Rogério é candidato a ministro de Jair Bolsonaro. Já há comentários nos meios políticos neste sentido, mas nada concreto. Instado a falar sobre a especulação, o senador respondeu a coluna: “Especulação, apenas isso. Nunca tratei disso com o presidente”.
A coluna já conseguiu acesso a pelo menos três pesquisas que mensuram o quadro político estadual para as eleições de 22. Todas revelam um cenário desolador para os nomes mais conhecidos da política estadual, uma vez que o número de eleitores indecisos e que não votam nos nomes apresentados é bem maior que os percentuais obtidos pelos pré-candidatos pesquisados. É natural que assim seja no atual cenário, especialmente no momento de crise pela qual passamos.
INELEGÍVEL
Não precisamos ser um gênio para intuir que a pesquisa capta o cenário momentâneo e muda de acordo com as circunstâncias e com a aproximação do calendário eleitoral propriamente dito. Neste momento, em todas as pesquisas que a coluna conseguiu informação, o ex-governador Ivo Cassol (PP) aparece na dianteira. Uma dianteira nada formidável em relação aos demais, mas o que a maioria do eleitor pesquisado ainda não sabe é que o ex-governador está inelegível e não poderá registrar candidatura em 22.
BARULHO
Quem conhece Cassol sabe que barulho é com ele mesmo e vai fazer a maior algazarra durante todo o período pré-eleitoral para que seu nome permaneça entre os prováveis candidatos.
ESTRATÉGIA
Dizer que é candidato de qualquer maneira é uma estratégia que ele (Cassol) optou em seguir e já começou a colher resultados, uma vez que ao blefar com a candidatura impossível de ser registrada evita que outras eventuais postulações avancem sobre as agremiações partidárias, mantendo sob sua influência as possíveis formações das federações partidárias, uma invenção legislativa para as eleições de 22 que substituiu as coligações.
CHARLATÃO
Bobo é o dirigente partidário que cair na esparrela da candidatura do ex-governador, pois sairá chamuscado tanto quanto aquele cidadão que ingenuamente acreditou na cura da Covid através da fumaça da solda elétrica aplicada por Cassol. A candidatura de Cassol é tão verdadeira quanto a cura da Covid pela aplicação da solda elétrica: somente ele acredita. Além dos ingênuos.
CIRCUNSTÂNCIAS
É um momento político interessante a ser analisado, haja vista a repulsa às candidaturas de figuras carimbadas revelando que o eleitor está aberto para novos nomes e aguardará sem pressa o momento mais apropriado para escolher em quem descarregar os votos. Aliás, nas últimas eleições estaduais tais circunstâncias têm definido o resultado.
VITÓRIA DE PIRRO
A disputa entre o governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério pelo domínio absoluto do Diretório Estadual do novo partido União Brasil, resultado da fusão entre PSL e DEM, é uma bobagem monumental. O eleitor não vai votar exclusivamente em um dos dois por razões da filiação na nova legenda. Ademais, uma legenda que, a princípio, se autodeclara não alinhada ao presidente Jair Bolsonaro. Presidente que tanto Rocha quanto Rogério se esmeram em agradar e defender com unhas e dentes. Embora esta disputa vá render novos rounds entre os dois Marcos, quem vencer no final terá uma vitória de pirro com mais potencial a causar prejuízo do que render dividendos.
VERVE
Um cenário pesquisado no estado chama a atenção desta coluna e que tem reflexos diretos nas eleições. Marcos Rocha e Marcos Rogério, mesmo com percentuais acima de dez por cento, não ultrapassaram os vinte por cento. Um dado importante e que revela muito já que ambos duelam entre si para aparecer aos olhos do eleitor bolsonarista – majoritário ainda em Rondônia – qual dos dois é mais Bolsonaro. Faltam-lhes verve para arrebanhar a maior fatia de um eleitor conservador, intolerante e sexista. Apesar de Rogério na oratória ser mais envolvente do que Rocha - visto que o discurso do governador é de uma mediocridade incomum -, o que atrapalha o senador é o excesso de arrogância e o exagero nas falas intermináveis, já que adora ouvir a sonoridade da própria voz.
REFIS
A Federação das Indústrias do Estado soltou uma nota oficial de apoio à proposta da Associação dos Prefeitos de Rondônia para que o Executivo Estadual envie ao Legislativo um projeto de Lei instituindo o Refis, destinado às empresas para que possam quitar seus débitos fiscais em atraso, sem os juros escorchantes que são acumulados. A prefeitura da capital já começou a escalonar as dívidas municipais, o que dará ao setor produtivo e às pessoas físicas a possibilidade de aderir ao programa de recuperação fiscal depois de dois anos de prejuízos devido à pandemia. A coluna apurou que as Associações Comerciais também vão declarar apoio à reivindicação dos prefeitos.
FAZENDA
Dependendo da vontade do Secretário de Estado da Fazenda o estado lança imediatamente o Refis, após analisado pelo legislativo estadual. O principal entrave no momento é a conveniência política para sua adoção uma vez que há entre parlamentares aqueles que são contra por razões que a própria razão desconhece, embora o Refis seja um instrumento jurídico amplamente utilizado pela União, estados e municípios. Recuperando um crédito de forma justa sem a intermediação jurisdicional que procrastina indefinidamente uma solução.
Um relatório sobre a qualidade da água potável para consumo humano em Porto Velho, elaborado por técnicos da Funasa e Fiocruz, a pedido da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho, revelou que a população da capital está ingerindo água contaminada por coliformes fecais. Um problema que provoca variados tipos de doenças sem que a própria população saiba que está bebendo água com alto índice de contaminação. Não é de hoje que a água para consumo humano em Porto Velho apresenta índices de contaminação microbiológica.
TRATAMENTO
A coluna teve acesso com exclusividade ao relatório que indica a necessidade de providências urgentes por parte das autoridades na correção do tratamento da água distribuída pela CAERD, assim como, campanhas de orientação às famílias que utilizam soluções alternativas para seu abastecimento, a exemplo de poços artesianos. Tais soluções exige que seja feito o tratamento intradomiciliar da água para o consumo humano.
AMOSTRAS
As coletas para análise foram feitas em 21 de julho e encerraram em 05 de agosto. Foram analisadas sessenta e uma amostras de água destinada ao consumo humano, distribuídas pelo sistema de abastecimento (SAA), soluções alternativas coletivas e soluções alternativas individuas (poços artesianos). Todas, sem exceção, apresentaram índices altos de contaminação. A população da capital está literalmente bebendo água contaminada com fezes.
LENÇOL
Como não há tratamento de esgoto na capital, o lençol freático da cidade é contaminado pela forma como é descartado o esgoto pela população. Com o período de chuvas próximo, a contaminação aumenta em razão da falta de tratamento adequado dos detritos, o que faz com que contamine o lençol freático e, por sua vez, contamine a água captada através dos poços artesianos pela população para consumo humano.
SANEAMENTO
A promessa de sanear o esgoto e tratar a água potável se renova a cada eleição, mas Porto Velho continua sendo a capital com a menor taxa de coleta de esgoto e tratamento de água. Ao que parece há em andamento um processo para que seja licitada uma empresa interessada em investir no setor, embora não haja notícia clara informando em que fase se encontra. Uma promessa que todos torcem para que se cumpra.
EFEITO ORLOFF
Em papo informal com um “cardeal” do MDB, este cabeça chata ficou sabendo que uma reunião ocorrida em Brasília, entre o ex-senador Amir Lando e o senador Confúcio Moura, no apartamento do segundo, ficou acertado que a princípio Lando sairia candidato ao Senado e Moura a governador. Amir Lando voltou a aparecer no estado (embora não resida mais por estas bandas há bastante tempo) e anunciar a pré-candidatura.
TO BE OR NOT TO BE
Confúcio Moura nega publicamente que seja candidato a governador. O problema é que nas duas vezes em que saiu candidato negou até quanto pode, mas terminou candidato. Quando Confúcio diz que não é candidato é porque ele é candidatíssimo, observou o “cardeal emedebista”. Quanto a Lando, somente ele acredita na própria pretensão. Época de eleição ele canta de galo, em breve vai embora de novo cantar noutro terreiro feito ‘galo veio’.
PERFIL
A primeira dama da capital, Ieda Chaves, começa a ser incentivada a disputar uma cadeira na Câmara Federal ou na Assembleia Legislativa. É um nome com apelo forte em razão das ações sociais que vem se dedicando desde a posse do prefeito Hildon Chaves, e sem remuneração. Quem consegue se aproximar da primeira dama fica empolgado com a forma tranquila e humilde com que abraça as causas sociais. Aparentemente tem um perfil de madame, mas no trato pessoal é uma criatura de uma humanidade inigualável e um carisma contagiante. Tem chances enormes caso decida encarar a disputa.
BALÃO
Pelas perorações do prefeito de Jaru nos veículos de comunicação da capital, João Gonçalves Junior (primo do chefe da Casa Civil), apresentando somente os dados de maior relevância da administração municipal, teêm pretensões maiores nas eleições de 2022, mesmo desconversando quando instado a falar sobre as eleições estaduais. O balão é ainda inflado por quem avalia que há espaço para candidaturas fora dos nomes conhecidos e veem no guri uma alternativa. Não há dúvida de que é bem avaliado em Jaru, mas uma candidatura a governador como falam nos bastidores ainda é algo distante. Como balão, pode inflar imponente e bonito na subida e explodir na descida com resultados catastróficos. Ademais, a confusão com o sobrenome do primo ainda vai atrapalhar muito por razões que em breve haveremos de testemunhar.
BARULHO
As primeira chuvas que caíram em Rondônia nos últimos dias são um prenúncio de muitos trovões e raios nos céus de Rondônia. Na política, como na natureza, o barulho também vai assustar muita gente...
MEIO AMBIENTE
O temporal que caiu na capital refrescou um pouco a sensação térmica de calor insuportável na capital onde as queimadas deixam nossas florestas em cinzas. Os malefícios ao Meio Ambiente, relegado pelos órgãos estaduais de controle, refletem em todos os setores, especialmente energético com o aumento do consumo para refrigerar os ambientes. O mundo exige do governo brasileiro ações efetivas para conter a degradação ambiental e a devastação das nossas florestas, os governos estaduais, em particular de Rondônia, tratam o setor com desprezo regulamentando garimpos, relaxando a fiscalização da extração vegetal e diminuindo as reservas ambientais. O resultado concreto é o forno que se tornou o clima de Rondônia.