Safra 2024/25 pode chegar a 322,47 milhões de toneladas
Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção de grãos no Brasil terá crescimento recorde de 8,3% na temporada 2024/25, chegando a 322,47 milhões de toneladas. Se confirmado, o resultado representa acréscimo de 24,5 milhões de toneladas na comparação com o ciclo anterior.
A projeção consta do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta terça-feira (15). Em termos de área, o crescimento estimado é de 1,9%, totalizando 81,34 milhões de hectares a serem utilizados nesta safra.
Segundo a Conab, a área destinada à produção de arroz é 9,9% maior do que a utilizada no ciclo anterior. Essa alta foi percebida em todas as regiões do país, sendo de forma mais intensa no Centro-Oeste (33,5%) e no Sudeste (16,9%).
“Só em Mato Grosso, os produtores vão destinar mais de 133 mil hectares para cultivo do grão, elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás, o aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica alta de 25,1%”, informou a Conab.
Principal região produtora de arroz no país, a Região Sul também ampliará sua área de cultivo, devendo chegar a 1,16 milhão de hectares. “Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita estimada em 12 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018”, segundo a companhia.
De acordo com o presidente da Conab, Edegar Pretto, a previsão é que o Brasil volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. “Isso é resultado do trabalho de produtores em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas para todo o campo agrícola, contemplando pequenos, médios e grandes produtores”, justificou.
A Conab prevê aumento de área semeada para a produção de feijão. No caso, passando de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. “Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas”, informou a Conab.
A produção total de feijão o grão no país, considerando os três ciclos de cultivo, chegará a 3,26 milhões de toneladas, resultado 0,5% maior do que o registrado na safra anterior.
A previsão é de aumento também da área destinada ao cultivo de soja. A Conab estima que essa elevação, entre a safra atual e a anterior, chegará a 2,8%. Este aumento, no entanto, é o terceiro menor percentual de incremento desde o ciclo 2009/2010. Isso se deve ao atraso do início das chuvas este ano, principalmente no Centro-Oeste. A produção estimada é de 166,05 milhões de toneladas.
Já a expectativa com relação ao milho é de recuperação estimada em 3,5% da safra. A colheita total deve ficar em torno de 119,74 milhões de toneladas, com a área se mantendo em 21 milhões de hectares.
“Na primeira safra do cereal, tanto a produção como a área cultivada a expectativa é de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas”, detalhou a Conab.
No caso do algodão, a previsão sugerida neste primeiro levantamento indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada, chegando a um total de 2 milhões de hectares. A produção da pluma está estimada em 3,67 milhões de toneladas.
“A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas”, explicou a Conab.
Segundo a companhia, o resultado se deve a problemas no clima, em especial no Paraná, onde ocorreram estiagens, e à “falta de clima frio predominante”. Foram observadas ocorrências de geadas em agosto, o que prejudicou a produção.
Caso se confirme o aumento da produção – e a consequente oferta interna – de arroz, a tendência é de queda no preço do produto. No entanto, segundo a Conab, mesmo com essa queda, a rentabilidade do produtor deve se manter, uma vez que essa alta deverá vir acompanhada de aumento das exportações, chegando a 2 milhões de toneladas.
No caso do milho, a Conab está atenta à safra de verão do produto na América Latina, para ter uma ideia do potencial exportador do grão que tem Brasil e Argentina, seus principais produtores. Uma menor oferta na América do Sul-americana poderá refletir na recuperação dos preços no mercado externo.
As exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas no ciclo 2024/2025 e a demanda no mercado interno pelo grão deverá se manter aquecida, devido ao bom desempenho do mercado exportador de proteína animal e pela produção de etanol.
Já a exportação de soja neste ciclo devem chegar a 105,54 milhões de toneladas, com base no aumento da produção e da demanda mundial, especialmente da China. Os estoques finais estão estimados em 4,16 milhões de toneladas.
“No caso do trigo, os danos causados pelas adversidades climáticas no Paraná influenciam na valorização dos preços do cereal no mercado doméstico. O clima adverso em outras importantes regiões produtoras no mundo, bem como os conflitos geopolíticos enfrentados também foram fatores para a alta nas cotações verificadas”, informou a Conab.
Por Prensa Mercosur A GPSA Agropecuaria, do Grupo Pereira, assinou um contrato com o Governo do Paraguai para o usufruto de uma parte da Estância Pedernal, propriedade pertencente às Forças Armadas, para o desenvolvimento da produção de arroz. A fazenda militar está localizada ao norte de Presidente Hayes, percorre cerca de 20 quilômetros ao norte do rio Paraguai e tem um total de 46 mil hectares.
Atualmente 7 Puntas possui 7.000 hectares produtivos, dos 10.000 hectares contemplados no projeto final. Com ambos os desenvolvimentos. A Agropecuária GPSA posicionar-se-á como uma das maiores unidades de produção de arroz do mundo.
Em janeiro passado, durante uma Jornada Técnica do Arroz na Estância 7 Puntas, onde são colhidos entre 8.000 e 9.000 quilos de arroz por hectare, o Presidente Peña ratificou o apoio do Governo ao setor arrozeiro. Disse que se pensava que o Chaco não tinha potencial agronómico, mas que hoje se estima que tem potencial para ser a maior bacia arrozeira do país com 500 mil hectares.
O acordo assinado tem uma duração de 20 anos, constituindo um marco na colaboração entre o sector privado e o Estado no domínio agrícola. O acordo foi assinado pelo presidente do Grupo GPSA e juntamente com seus diretores, com o Presidente da República, Santiago Peña, e o Ministro da Defesa, Oscar González.
SÃO PAULO – A exportação brasileira de carne bovina atingiu um novo recorde em setembro de 2024, com o embarque de 286.750 toneladas, o que corresponde a um aumento de 7,12% em relação ao recorde anterior, registrado em julho deste ano, e 15,6% maior ante o mês de agosto de 2024.
A receita cambial no mês passado foi de US$ 1,258 bilhão (R$ 6,8 bilhões), representando a terceira maior da história das exportações do setor e 17,4% superior ao mês anterior, ficando atrás apenas de agosto e setembro de 2022, quando os preços médios da carne, influenciados pela pandemia, atingiram picos de US$ 5,9 mil e US$ 5,7 mil a tonelada, respectivamente.
Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).
Entre janeiro e setembro de 2024, as exportações brasileiras somam 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, com um faturamento de US$ 9,16 bilhões. Na comparação com os primeiros nove meses de 2023, os embarques aumentaram 28,3%, enquanto o faturamento cresceu 20%.
A China, que respondeu por 44,5% das exportações brasileiras de carne bovina no acumulado do ano, aumentou suas compras em 10%. Contudo, o faturamento recuou 0,9%, reflexo de ajustes nos preços médios.
Os Estados Unidos apresentaram um crescimento expressivo de 58% no volume de importações e de 48,7% na receita, totalizando 147 mil toneladas e US$ 867,4 milhões em faturamento.
Segundo a Abiec, outro destaque foi o mercado dos Emirados Árabes Unidos, consolidado como um importante hub para a região do Oriente Médio. Os embarques para o país cresceram 162%, saltando de 45,7 mil para 120 mil toneladas no acumulado de 2023 e 2024, respectivamente. O faturamento mais que dobrou, com uma alta de 168%, passando de US$ 203 milhões para US$ 547 milhões.
Os 15 principais mercados de destino da carne bovina brasileira registraram crescimento em volume no acumulado de 2024. Destacam-se os incrementos para México, Argélia e Filipinas, além da Turquia, que refletem parte das exportações ao Irã.
O presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, disse em comunicado que o aumento das exportações reflete os esforços contínuos do setor privado, em parceria com o Governo federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Itamaraty, do MDIC e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
“Estamos empenhados em ampliar a presença da carne bovina brasileira nos mercados internacionais, com foco na diversificação dos destinos e na consolidação em mercados tradicionais, como a China”, destacou Camardelli.
Atualmente, o Brasil exporta carne bovina para mais de 150 mercados ao redor do mundo. O projeto Brazilian Beef continua a ser um dos pilares da estratégia de promoção e expansão, com o objetivo de garantir a competitividade e aumentar a presença da carne bovina brasileira nos principais mercados globais.
“Os números de setembro mostram que o Brasil está não apenas consolidado como um dos maiores fornecedores globais de carne bovina, mas também está preparado para atender à crescente demanda por alimentos de alta qualidade e segurança alimentar. Nossa competitividade vem do investimento contínuo em tecnologia, rastreabilidade e sustentabilidade ao longo de toda a cadeia produtiva”, concluiu Camardelli.
Cinco produtores de leite do Pacarana estão representando o município na feira agropecuária de Pimenta Bueno.
Por Luizinho Carvalho/Jornalista
Esta semana teve início na cidade de Pimenta Bueno a 39ª edição da Expopib, a mais importante feira do produtor rural de Pimenta Bueno. Com ela a realização do tradicional Torneio Leiteiro aonde se reúnem os maiores produtores da bacia leiteira do município e da região.
A produção leiteira de Espigão do Oeste se fara representada pela participação de 05 produtores de leite do distrito de Boa Vista do Pacarana. O distrito se tornou a referência na produção de leite dentro do município com seus produtores sendo premiados em vários eventos.
A bacia leiteira do Pacarana trabalha hoje com a produção apoiada nas novas técnicas de manejo e alimentação com a silagem para manter o potencial da produção em alta. Esse cuidado tem mostrado os resultados positivos durante os eventos aonde o gado do Pacarana é destaque.
“Nessa 39ª Edição da Expopib o Pacarana participa com uma equipe de peso nesse Torneio Leiteiro com as participações da Dona Maria e seu filho Willian com a vaca Roxona, os produtores Clevison e Jackeline com a vaca Pequena”
O atual campeão do Torneio Leiteiro do Pacarana em 2024, o produtor Airton de Sena esta participando na Expopib com a vaca Lagoa, a produtora Vandersula participa com a sua matriz de nome Pepina e por ultimo fechando a equipe o produtor Ediney vai representar o distrito do Pacarana com a vaca Keilinha.
A participação dos produtores do distrito de Boa Vista do Pacarana com uma equipe de peso composta por 05 concorrentes com o seu gado muito bem credenciado, mostra o patamar que a bacia leiteira do distrito alcançou dentro desse seguimento rural.
Essa participação dos produtores locais nessa importante feira de negocios aonde se apresentam seguimentos de todo o Estado de Rondonia, é mais uma vitrine que vem sendo aproveitada pelos nossos 05 produtores para que possam mostrar a todo o estado a potencialidade produtiva que cresce a cada dia no distrito do Pacarana.
O governo brasileiro está implementando um novo modelo de financiamento para projetos de recuperação de pastagens degradadas, priorizando aqueles que exigem menor aporte de recursos públicos e que atendam às exigências do edital.
A primeira rodada do programa poderá utilizar mais de R$ 5 bilhões do Fundo Clima, por meio da linha de “blended finance” do Eco Invest. A medida contribuirá para a revitalização de aproximadamente quatro milhões de hectares por ano, com calagem, fostato e cloreto de potássio. A meta é atingir 40 milhões de hectares de pastagens.
A iniciativa faz parte do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, lançado em fevereiro, e visa atrair e facilitar investimentos estrangeiros privados no país.
O financiamento público será fornecido pelo Fundo Clima, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este fundo tem sido abastecido com recursos obtidos pelo Tesouro Nacional através de emissões externas de títulos da dívida pública sustentáveis, que já somam R$ 20 bilhões em duas emissões.
BLENDED – As equipes agora estão trabalhando para anunciar um edital específico para a recuperação de pastos degradados na linha de “blended finance” do programa. A linha já foi regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e está com um edital aberto para projetos ambientais em geral.
O novo modelo pode viabilizar o início do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), permitindo usar parte do dinheiro do Fundo Clima e parte dos recursos captados pelos próprios bancos para formar o valor total, que chegará aos produtores com juros de 6,5% ao ano. Bem menos que as alternativas anteriores que previam repasses em dólar com juros de 9% ao ano, consideradas proibitivos pelo setor.
Enquanto o Tesouro ajusta as regras para o leilão, o Ministério da Agricultura está em diálogo com a Embrapa, o Banco do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente para criar uma normativa técnica de monitoramento da aplicação correta dos recursos.
Um chamamento específico para financiar projetos de recuperação de áreas degradadas será feito devido ao forte apelo ambiental e ao interesse de bancos internacionais e multilaterais em apoiar a iniciativa.
ECO – O Programa Eco Invest Brasil – Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial é uma iniciativa do Governo Brasileiro criada para facilitar a atração de investimentos privados estrangeiros essenciais para a transformação ecológica do país. O programa é parte do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, que visa promover um novo modelo de desenvolvimento econômico mais inclusivo e sustentável.
O Eco Invest Brasil adota conceitos inovadores e boas práticas financeiras, incorporando critérios climáticos, ambientais, sociais e de governança. Ele foi instituído no âmbito do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC), que disponibiliza recursos para financiar projetos, estudos e empreendimentos que visem à redução de emissões de gases de efeito estufa e à adaptação aos efeitos da mudança do clima.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou uma série de iniciativas para aumentar a produção nacional de fertilizantes e diminuir a dependência do Brasil em relação aos insumos importados, que atualmente representam cerca de 85% do consumo interno.
Uma das principais mudanças foi a alteração da Resolução 15 de 2018 do Conselho Nacional de Políticas Energéticas, permitindo que empresas públicas do setor tenham acesso a maiores volumes de gás para a produção de fertilizantes nitrogenados.
Fávaro destacou a importância dos fertilizantes para a segurança nacional, conforme reconhecido pelo Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert). Além disso, o processo de licenciamento ambiental para biofertilizantes será simplificado e realizado diretamente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, acelerando a aprovação desses produtos.
Atualmente, o Brasil é responsável por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição mundial, atrás de China, Índia e Estados Unidos. No entanto, mais de 87% dos fertilizantes utilizados no país são importados, o que evidencia uma alta dependência externa.
O novo Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), aprovado em novembro do ano passado visa aumentar a produção nacional para atender entre 45% e 50% da demanda interna até 2050, criando novas oportunidades de emprego e desenvolvimento no país.
Além de reduzir a dependência externa, o PNF também busca promover práticas sustentáveis e a utilização de insumos de origem biológica e agromineral, integrando a dimensão ambiental à produção de fertilizantes.