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Brasil : Que ensino médio queremos? Especialistas explicam como formar cidadãos para o mercado de trabalho e a vida adulta
Enviado por alexandre em 18/11/2024 10:47:40

Pais, alunos e professores falam sobre os principais desafios da formação educacional

Que tipo de ensino médio nós queremos? Para a comunidade escolar, a resposta para a pergunta passa pela soma de vários fatores: estímulo ao pensamento crítico, integração tecnológica, currículos contextualizados, olhar atento às diversidades, criação de espaços inovadores e incentivo à educação profissional. Pais, alunos e professores defendem um ensino médio que forme cidadãos prontos para o mercado de trabalho e para os desafios da vida adulta.

 

O ensino médio deve mobilizar habilidades de relacionamento e a capacidade de interpretação e análise crítica da realidade. Assim, ampliar a integração entre as disciplinas existentes, ao mesmo tempo em que se valoriza os profissionais da Educação, garantindo tempo e apoio para a implementação de novas práticas pedagógicas, com metodologias ativas e projetos colaborativos — diz o professor Henrique Silva, que ensina História no CEL Intercultural School.

 

Com a nova Política Nacional de Ensino Médio a partir de 2025, mudanças serão implementadas na carga horária da formação geral, com a permissão de os alunos escolherem itinerários formativos para quem possam aprofundar o conhecimento. O professor e presidente do Grupo Primum Educacional, João Magalhães, reforça a importância de currículos flexíveis e atualizados para o crescimento dos alunos.

 

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— O ensino médio deve permitir a escolha de áreas de aprofundamento conforme o interesse e a aspiração profissional. A personalização do percurso pode aumentar o engajamento e a motivação. Além disso, vivemos em um mundo de mudanças constantes. Então, é importante que o currículo se atualize, incorpore temas como tecnologia e sustentabilidade e garanta que os jovens estejam preparados para atuar em um mundo que está em intensa transformação — argumentaPor outro lado, uma das críticas ao novo ensino médio levantadas por educadores está no distanciamento entre o que é oferecido aos alunos, dependendo do contexto socioeconômico e escolar.

 

Ensino médio deve permitir a escolha de áreas de aprofundamento conforme o interesse — Foto: Leo Martins/Agência O Globo

Foto: Reprodução

 

— Essa fase do processo educacional oferece conhecimentos sobre uma variedade de áreas e realidades, ampliando a visão de mundo. Portanto, o ensino médio deve garantir o respeito à diversidade e se inserir na realidade do aluno sem reforçar as desigualdades estruturais que ainda marcam o sistema educacional brasileiro.

 

Pelo contrário, deve promover a possibilidade de compreender as complexidades do mundo, a fim de transformar a realidade à sua volta — explica Henrique Silva.Para especialistas, a relação entre o ensino médio e o mercado de trabalho deve ser de complementaridade e preparação. Para integrar algumas práticas ao currículo escolar, como o estágio e o desenvolvimento de habilidades práticas, é possível adotar estratégias, como parcerias com empresas e instituições que possibilitem programas de estágio e vivências reais no ambiente de trabalho.

 


 

— Outras estratégias muito importantes são incorporar disciplinas que incentivem o espírito empreendedor nos alunos, incentivá-los a trabalharem em projetos práticos, às vezes em equipe, e disponibilizar espaços equipados para que eles apliquem conceitos teóricos em atividades práticas. Com isso, o ensino médio torna-se mais conectado às realidades do mercado de trabalho — afirma o professor João Magalhães. 

 

Fonte: R7

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Brasil : Redução da pobreza na América Latina atinge níveis históricos, mas desigualdade preocupa
Enviado por alexandre em 14/11/2024 15:32:47


Publicado no site do Instituto Fome Zero

Apesar do progresso, ainda há 172 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe sem renda suficiente para cobrir suas necessidades básicas. Dessas, 66 milhões não conseguem adquirir uma cesta básica de alimentos, como aponta o relatório “Panorama Social da América Latina e do Caribe 2024: Desafios da proteção social não contributiva para avançar rumo ao desenvolvimento social inclusivo”.

Em 2023, a porcentagem da população latino-americana em situação de pobreza foi de 27,3%, uma queda de 1,5 ponto percentual em relação ao ano anterior e mais de 5 pontos percentuais em relação a 2020, o ano mais crítico da pandemia de COVID-19. Este é o valor mais baixo desde que existem registros comparáveis. Por outro lado, a taxa de pobreza extrema atingiu 10,6% da população da região, 0,5 ponto percentual abaixo de 2022, mas acima dos níveis de 2014. No total, 172 milhões de pessoas viviam na pobreza em 2023, das quais 66 milhões estavam em situação de pobreza extrema, conforme informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).

O relatório, apresentado pelo Secretário Executivo da CEPAL, José Manuel Salazar-Xirinachs, indica que a pobreza continua afetando mais as mulheres do que os homens em idade ativa e que a porcentagem de crianças e adolescentes em situação de pobreza é consideravelmente maior do que a de outros grupos etários. A pobreza também é mais elevada nas zonas rurais (39,1%) em comparação às zonas urbanas (24,6%).

Mais de 80% da redução da pobreza regional em 2023 deve-se ao que ocorreu no Brasil, país onde vive um terço da população da América Latina e onde as transferências não contributivas foram determinantes. Se a população em situação de pobreza no Brasil não tivesse diminuído, a média regional em 2023 teria sido de 28,4%, apenas 0,4 ponto percentual a menos do que no ano anterior, e a incidência de pobreza extrema teria permanecido inalterada em 11,1%, diz o relatório.

A CEPAL também observa que, entre 2022 e 2023, não houve variações significativas nos níveis de desigualdade de renda na região, que permaneceram persistentemente altos. Entre 2014 e 2023, o índice de Gini sofreu uma leve redução de quatro pontos percentuais, caindo de 0,471 para 0,452.

A distribuição da riqueza é significativamente mais desigual do que a de renda, de acordo com estimativas incluídas no relatório que integram diversas fontes de informação (ativos financeiros e não financeiros) sobre a população latino-americana. Em torno de 2021, os 10% mais ricos concentravam 66% da riqueza total, e o 1% mais rico representava 33%.

O Panorama Social da América Latina e do Caribe 2024 também alerta que persiste na região um alto nível de desproteção social. Em 2022, 1 em cada 4 domicílios (23,5%) não tinha acesso à proteção social, tanto contributiva quanto não contributiva, em 14 países da América Latina. Essa proporção aumenta para 1 em cada 3 lares (36,5%) no quintil de menor renda e nas áreas rurais (29%).

A proteção social não contributiva, de acordo com a CEPAL, é essencial para os domicílios no quintil de renda mais baixa, já que 1 em cada 2 dessas famílias acessa a proteção social dessa forma. Isso significa que as políticas de transferência de renda ou em espécie (como a merenda escolar) e os programas de inclusão no mercado de trabalho são fundamentais para vincular as pessoas aos serviços sociais e progredir na erradicação da pobreza e na redução da desigualdade.

Em 2022, 27,1% das pessoas na América Latina viviam em domicílios que recebiam programas de transferência condicionada. Apesar de seus impactos positivos, em 14 países estudados, seus valores não eram suficientes para cobrir o déficit de renda familiar per capita para alcançar a linha de pobreza.

O relatório constata que os sistemas de pensão não contributiva (SPNC) desempenham um papel central na redução da pobreza na velhice. Nos últimos 20 anos, a cobertura dos SPNC entre pessoas com 65 anos ou mais aumentou em mais de 27 pontos percentuais, enquanto a taxa de pobreza nessa faixa etária caiu 14,3 pontos percentuais no mesmo período.

“O fortalecimento dos sistemas de proteção social na América Latina e no Caribe, em particular a proteção social não contributiva, é um espaço estratégico para a adoção de uma abordagem integrada que pode ter impactos significativos na redução da pobreza, nas diversas causas da desigualdade e nos baixos níveis de coesão social na América Latina e no Caribe e, portanto, no alcance do desenvolvimento social inclusivo”, observou o Secretário Executivo da CEPAL, José Manuel Salazar-Xirinachs.

“Para enfrentar a crise de desenvolvimento na região, é necessário avançar em direção a sistemas de proteção social universais, integrais, sustentáveis e resilientes. Para isso, é urgente fortalecer as instituições sociais com capacidades técnicas, operacionais, políticas e prospectivas (TOPP)”, disse o representante da CEPAL, enfatizando a oportunidade que a Segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social em 2025 apresenta para enfrentar esses desafios.

De acordo com o relatório, em 2023, o gasto social representou 11,5% do PIB na América Latina, um nível muito semelhante aos 11,4% do PIB em 2022.

Na América Latina, o gasto público social permanece como o principal componente do gasto público total (53,3% em média em 2023). No Caribe, a participação do gasto social no gasto total caiu para 41,3% em 2023, aumentando ainda mais a diferença em relação aos países latino-americanos.

De acordo com a CEPAL, avançar na erradicação da pobreza exige o estabelecimento de um padrão de investimento em proteção social não contributiva entre 1,5% e 2,5% do PIB ou entre 5% e 10% do gasto público total. Em média, os Ministérios de Desenvolvimento Social de 20 países da América Latina e do Caribe gastaram 0,8% do PIB, ou 3% do gasto público total, em proteção social não contributiva em 2022.

Por fim, a edição de 2024 do Panorama Social da América Latina e do Caribe inclui um capítulo sobre proteção social diante da crise de cuidados e do envelhecimento da população, um cenário que exige políticas com uma abordagem de gênero, interseccional e baseada em direitos. Nos próximos 25 anos, a população com 65 anos ou mais na região dobrará (de 9,9% para 18,9%), chegando a 138 milhões de pessoas em 2050.

“A divisão sexual do trabalho e a atual organização social do cuidado criam lacunas de gênero que se expressam ao longo do ciclo de vida e nos obstáculos que as mulheres enfrentam para a inclusão laboral e a proteção social”, diz a CEPAL. Assim, em 2022, pouco mais da metade das mulheres da América Latina e do Caribe estava vinculada ao mercado de trabalho (53,5%), e, entre as mulheres fora da força de trabalho na região, 56,3% declararam se dedicar exclusivamente ao trabalho doméstico e de cuidados não remunerado (em comparação a 7,3% dos homens).

As mulheres com 65 anos ou mais têm níveis de pobreza mais altos que os homens, mesmo recebendo pensões (contributivas e não contributivas), e 70,3% das mulheres que não recebem nenhum tipo de pensão têm rendimentos próprios abaixo da linha de pobreza. O mesmo ocorre com 42,6% das mulheres que recebem uma pensão não contributiva.

Brasil : Brasil está entre países do G20 com maior proporção de áreas protegidas
Enviado por alexandre em 14/11/2024 10:44:13

Floresta no Musa Museu da Amazônia, em Manaus Foto: Arthur Castro/Secom)
Turistas em visita à área da Floresta Amazônica em Manaus: preservação ambiental (Foto: Arthur Castro/Secom)
Por Léo Rodrigues, da Agência Brasil

RIO DE JANEIRO – O Brasil está entre os cinco países do G20 com iniciativas de proteção ambiental que abrangem as maiores proporções de seus territórios. A constatação vale para ecossistemas terrestres e também marinhos. É o que aponta o novo volume da coleção de estudos Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20, divulgado nesta quinta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A publicação dedica-se à temática do meio ambiente. Entre outras fontes, foram utilizados dados disponíveis na Base Global de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o IBGE, o estudo foi desenvolvido com o objetivo de fornecer subsídios às discussões sobre a pauta ambiental, mais especificamente no que diz respeito à conservação e gestão do meio ambiente, no âmbito do G20.

A Agenda 2030 foi estabelecida pelo 193 Estados-Membros da ONU na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável ocorrida em 2015. Ela fixou 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Cada um deles se desdobra em um conjunto de metas.

O estudo do IBGE analisa indicadores relacionados com os objetivos 6 (manejo sustentável da água e garantia de saneamento para todos), 14 (conservação e uso sustentável dos mares e oceanos) e 15 (proteção e uso sustentável dos ecossistemas terrestres). A iniciativa busca contribuir com os debates promovidos pela presidência brasileira no G20.

O país ocupa o posto pela primeira vez desde 2008, quando foi implantado o atual formato do grupo, composto pelas 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana. O ápice das discussões ocorrerá nos próximos dias 18 e 19 de novembro, na Cúpula dos Líderes do G20, encerrando a presidência brasileira. O país será sucedido pela África do Sul.

Os dados reunidos no estudo do IBGE são referentes a 2023. O estudo aponta a possibilidade de analisar a proteção ambiental a partir de duas abordagens. A primeira considera o percentual das áreas protegidas diante da área total daquele ambiente existente no país. Na segunda, o percentual é calculado em relação aos chamados Sítios Importantes para Biodiversidade (na sigla em inglês, Key Biodiversity Areas – KBAs), que representam locais de importância singular para as espécies do planeta.

No Brasil, as áreas protegidas integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecido pela Lei Federal 9.985/2000. Os dados de 2023 indicam que elas representam 30,6% do território terrestre do país.  Esse percentual coloca o Brasil na segunda posição no ranking do G20, que é puxado pela Alemanha (37,6%). Já as últimas posições são ocupadas por Índia (7,5%) e Turquia (7%).

De outro lado, quando se considera a proporção de área protegida diante dos KBAs, o Brasil (45,7%) cai para a sétima posição. Nesse ranking, os líderes são Reino Unido (83,4%), França (81,1%), Alemanha (79,2%) e Itália (76,7%).

Apesar das iniciativas de proteção ambiental, o Brasil aparece entre os países do G20 que mais perderam cobertura florestal nas últimas duas décadas. O estudo levantou as taxas anuais em dois períodos: entre 2000 e 2015 e entre 2015 e 2020. No primeiro deles, o país perdeu áreas verdes em uma média de 0,6% ao ano. No segundo período, nota-se uma desaceleração no ritmo de redução da cobertura florestal. De 2015 a 2020, a taxa caiu para 0,29% ao ano. Nesse último período, China (0,9%) e Itália (0,57%) apresentaram os maiores incrementos na sua área verde, enquanto Indonésia (-0,62%) e Argentina (-0,36%) foram os países com os maiores decréscimos.

O estudo considerou os dados de todos os 19 países que integram o G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia. Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial e reúnem aproximadamente dois terços da população do planeta. O estudo reúne ainda outras informações como área florestal total de cada país do G20 e, no caso do Brasil, a desagregação dos dados por biomas.

Território marinho

Segundo a publicação do IBGE, o Brasil protege 26,7% de seu território marinho. Apenas França (49,8%), Alemanha (45,5%), Austrália (44,3%) e Reino Unido (44,1%) possuem percentuais melhores. Os dados mostram o Brasil como líder no quesito entre os países da América que compõem o G20.

O estudo cita que as unidades de conservação marinhas contribuem para recuperar estoques pesqueiros, aumentar o potencial de produção da pesca, regular o clima, reciclar nutrientes e proteger a costa da erosão acelerada. Outro destaque é que a posição do Brasil foi impulsionada em 2018. Nesse ano, foi decretada a criação da Área de Proteção Ambiental do Arquipélago de Trindade e Martim Vaz, no Espírito Santo, e do Monumento Natural do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em Pernambuco. São os dois maiores conjuntos de unidades de conservação marinha do Brasil.

O país mantém a mesma quinta posição no ranking de proteção em relação aos KBAs marinhos. Nesse caso, o Brasil registra percentual de 71,7%, atrás do Reino Unido (84,2%), França (80,9%), Alemanha (80,8%) e Itália (78,3%). O IBGE chama a atenção para o fato de que o país está à frente de outros onde os territórios marinhos têm importância significativa para distribuição global das espécies, como Japão (66,5%), Austrália (65,6%), África do Sul (52,7%), Argentina (43,6%), Coréia do Sul (38,7%) e Indonésia (25,7%).

Coleção

Este é o segundo volume da coleção Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20. Publicado em abril, o primeiro volume tratou de temas relacionados à desigualdade, analisando indicadores relacionados com os ODS 1 (acabar com a pobreza), 3 (assegurar vida saudável para todos), 4 (assegurar educação inclusiva, equitativa e de qualidade), 5 (alcançar igualdade de gênero), 8 (promover crescimento econômico inclusivo e sustentável), 10 (reduzir desigualdade entre países) e 16 (promover sociedades pacíficas).

Nesta quinta-feira (14), o IBGE publicou também nova edição do primeiro volume trazendo alguns ajustes. Além disso, incrementou a coleção com um caderno de mapas que buscam sintetizar dados contidos nos dois volumes.



Brasil : Sabores acreanos e boas histórias: a combinação que uniu pessoas interessadas no destino Acre, em Gramado
Enviado por alexandre em 14/11/2024 00:17:20

“Desde 1995 eu frequento a feira e, olha, pela primeira vez eu vejo um estande do Acre aqui. Eu tive o privilégio de passar na terra de vocês, na capital. Eu fiz aquela viagem mais longa do mundo, saindo da rodoviária de São Paulo até Lima, no Peru, aí passamos em Rio Branco. Eu tive um primo que era militar e viveu muitos anos ali. Ele adorava e insistia pra eu ir, e eu nunca tive a oportunidade, aí deu certo em 2011. Eu gostei, mas não pude sair da rodoviária”, contou o agente de viagem, Lenio Fregapani, no estande do Acre, na Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris), no Rio Grande do Sul.

Lenio conversou sobre suas viagens e experiências com Wigberto Nunes, proprietário da Pousada Bom Descanso, que fica na comunidade Crôa, no município de Cruzeiro do Sul, no Acre. E a conversa rendeu, regada à cachaça de jambú (uma erva típica da Região Norte do Brasil que adormece e faz tremer os lábios), e animou Lenio com as explicações de Wigberto sobre todos os tipos de árvores e bichos que são encontrados na floresta acreana.

Agente de viagem, Lenio Fregapani, conversou sobre suas viagens e experiências com Wigberto Nunes, proprietário da Pousada Bom Descanso, que fica na comunidade Crôa, na região do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Mesmo tendo passado pela capital acreana, ainda que sem sair da rodoviária, foi em Gramado, na Festuris, que Lenio ouviu e experimentou mais da cultura, história e sabores do Acre: “Em Manaus tinha um prato bem quente e que adormecia a língua. E a cachacinha de vocês tá me adormecendo o corpo inteiro”, disse Lenio com sorriso no rosto, se referindo à cachaça de jambú, um ingrediente famoso por causar o tremelique nos lábios quando saboreado no tacacá e, no caso de Lenio, na bebida produzida no Acre.

A cachaça de jambú e outras tantas bebidas como vinho, água de coco, refrigerante, energético, e quitutes como biscoitos de goma, castanha, farinha de tapioca e farinha de macaxeira são algumas das variadas opções de sabores que estiveram presentes no estande do Acre na Festuris, na sexta-feira, 6, e sábado, 7, na Serra Gaúcha.

Tanto a degustação dos produtos acreanos como a participação de Wigberto na feira aconteceu com o apoio do governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), em parceria com o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec), Sindicato da Indústria de Produtos Alimentares ligado à Federação das Indústrias do Acre (Fieac), e do Programa REM (REDD+ Early Movers), que financiou a ida do empreendedor.

Produtos acreanos fazem sucesso no estande do Acre, na Festuris. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Ao lado de Wigberto, outros quatro empreendedores do trade turístico do Acre também participaram da feira, com o apoio do Estado e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AC), que custeou parcialmente a ida dos profissionais.

Representantes do trade turístico do Acre que tiveram apoio do governo do Acre, por meio da Sete, programa REM e Sebrae/AC. Foto: Karolini Oliveira/Sete

“Viemos acompanhando quatro agências de turismo que o Sebrae está apoiando a vinda pra que eles possam contribuir com parceria junto à Secretaria de Turismo e vender o destino do Acre. Então, a minha participação aqui é pra contribuir com isso, e eu amo o meu estado e fomentar essa parte do turismo lá, não só com as agências de turismo, mas toda a cadeia, transporte, hotelaria, gastronomia e a nossa cultura. A experiência é maravilhosa. Então, eu nem sinto que estou trabalhando. Gosto muito do que eu faço”, disse Ruama Demir, coordenadora de Serviços e Comércio do Sebrae/AC.

Ruama Demir, coordenadora de Serviços e Comércio do Sebrae/AC representou a instituição no estande do Acre. Foto: Karolini Oliveira/Sete

“A intenção nossa aqui é promover o estado nas regiões Sul e Sudeste e também conhecer alguns potenciais que nos interessam no turismo. Então, assim, hoje a gente propõe fazer um networking com os nossos colegas que vieram pelo Programa REM e Sebrae, e também entramos em contato com algumas consultorias para promover, fomentar e desenvolver mais o nosso turismo, empreendedorismo e enriquecer cada vez mais a culinária regional do nosso estado”, detalhou a diretora de assessoramento técnico da Sete, Núbia Musis.

Parte da comitiva acreana na Festuris, em Gramado, na Serra Gaúcha. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Wigberto, da Pousada Bom Conforto, no Crôa/CZS/AC, que apresentou as belezas e sabores do Acre ao Lenio no início da matéria, disse estar grato pela experiência proposta: “Para mim, hoje é um sonho estar aqui, porque quando comecei a pousada, eu pensava que eu não ia chegar até aqui porque eu sempre dizia trabalhar lá só para a questão de um dia eu me aposentar e ter um local para ficar. Mas eu vi que o espaço seria um lugar que também poderia ser aproveitado no turismo, no Crôa, que é um lugar bastante procurado. Então, eu investi e hoje o meu trabalho é bem visto. Recebi o convite para vir para à feira e estou muito grato, aprimorando mais o trabalho e mostrando o turismo não só em nível de Crôa, mas também em nível de estado”, expressou.

Lenio Fregapani e Wigberto Nunes conversaram sobre diversas possibilidades do turismo. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Animado com a conversa, Lenio contou ainda ser colunista do jornal O Taquaryense, um dos mais antigos do Rio Grande do Sul e do Brasil, e expressou interesse em publicar matéria sobre suas interações na feira: “Eu tenho uma coluna no jornal, no Rio Grande do Sul, é o segundo jornal mais antigo do estado e o sexto jornal mais antigo do Brasil. E ele é composto ainda letrinha por letrinha, que nem no tempo do Gutenberg”, informou Lenio propondo acordo para troca de informações.

Como combinado e feita a troca de contatos para compor a matéria especial sobre a potência do turismo do Acre e para a coluna do Stenio, no Rio Grande do Sul, esta matéria também destaca a atualização da rota de ônibus que Lenio fez em 2011 e que agora liga o Atlântico ao Pacífico, partindo do Rio de Janeiro a Lima/PE.

Com riqueza de participações e experiências únicas e essenciais, confira também a sessão especial sobre o que disseram os participantes da trade turístico acreano com apoio do governo do Acre, em parceria com REM e Sebrae/AC.

Thaly Figueiredo, da Agência Destino Acre. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Thaly Figueiredo – Agência Destino Acre

“É muito gratificante estar aqui. É a minha primeira vez numa feira nacional e internacional. Então, assim, eu já sou apaixonada pelo meu estado e aqui eu tive a oportunidade de falar quase oito horas por dia sobre o que tem de melhor no Acre. E tem sido realmente muito recompensador ver o brilho nos olhos das pessoas para conhecer o nosso estado e a gente ter oportunidade de esclarecer e apresentar o que a gente tem de melhor. Isso é maravilhoso”, disse.

“A gente teve acesso ao meeting, que foram palestrantes do Brasil todo, com olhar de mercado. Viemos falar do estado e também pra prospectar negócios, parceiros comerciais e, quem sabe, futuros clientes também. Então, o meeting foi importante pra gente despertar pra esse lado empresarial. E a dica que eu deixo para quem deseja participar das próximas feiras é: fiquem atentos ao calendário nacional de eventos e fiquem próximos de quem faz a política pública, que é a Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo e também o Sebrae/AC, porque eles organizam e nos convidam para participar”, destacou Thaly.

Gratielle Oliveira, da Galb Viagens, tem orgulho de apresentar as belezas do Acre. Foto: Karolini OliveiraFoto: Karolini Oliveira/Sete

Gratielle Oliveira – Agência Galb Viagens e Turismo

“É gratificante a gente poder levar um pouquinho do nosso estado pra outras pessoas conhecerem a nossa cultura. Quando a gente viaja, as pessoas perguntam se o Acre existe, e estamos aqui pra mostrar que ele existe sim, e é bonito”.

Victor Toledo Pontes, representante da Operadora Ayshawã Travel. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Victor Toledo Pontes – Operadora Ayshawã Travel

“O produto nosso é único no Brasil. Tava todo mundo querendo ouvir sobre o Acre e a Ayashawã. Gramado foi uma surpresa. E a Festuris, em particular, está com um novo espaço, que é o espaço holístico, do turismo de transformação. E nós recebemos o convite da Festuris para poder estar aqui, e com o apoio do Sebrae e da Sete conseguimos estar. Esse apoio flexibiliza a participação dos empreendedores nessa área, abrindo também novos caminhos para novos clientes, ideias e sugestões. Então, isso é de suma importância, e o acompanhamento das instituições junto com o empresariado também, para dar suporte, para poder auxiliar os empresários, então [o sentimento ] é de muita gratidão mesmo por estar hoje aqui por meio do Sebrae/AC e da Sete”.

“Pela manhã tivemos o meeting, que são painelistas que vêm atuando na área do turismo nacional e internacional. Então, nós pegamos muitas ideias, muitas inspirações, virou muita chave. E aí no período da tarde foi o evento da Festuris, que aí é onde entra o networking, é onde podemos fazer parcerias e mostrar o Acre de uma forma diferente para o resto do país e do mundo. Saímos aqui com a bagagem cheia de perspectivas e bons negócios. Fechamos aí duas empresas internacionais para poder vender os produtos do Acre e também conseguimos algumas vendas B2C, direto para os clientes. Então, agora vamos voltar para o Acre, receber essa galera e trabalhar”, destacou Victor.

Antônio Pereira Mesquita, representante da Amazzon Tour Turismo. Foto: Karolini Oliveira/Sete

Antônio Pereira Mesquita – Amazzon Tour Turismo

“Pra mim tá sendo uma novidade. Eu estou imensamente feliz pela oportunidade, porque é a primeira feira internacional de turismo que eu participo e ter essa oportunidade, olhando pelo retrovisor, eu vejo que eu teria errado se eu não tivesse vindo. Hoje eu estou tendo diversos contatos, estabelecendo diversas trocas de cartões, fazendo o networking, conhecendo as pessoas, conhecendo mais o que é fazer turismo. E vejo também que não estou tão errado em fazer a coisa da forma como eu venho fazendo, trabalhando, oferecendo sempre o melhor que a gente pode oferecer e, com isso, participando de dois dias e palestras excepcionais, palestras que tocam a gente”.

“E eu andei um pouco aqui na feira e vi que o nosso estande está bastante prestigiado. Seria bom se a gente tivesse tido a oportunidade de pegar o registro de todas as pessoas, mas tornaria até impossível porque o importante é a atenção, é a informação que precisamos dar aos nossos visitantes aqui. Então, eu quero aqui agradecer ao governo do Estado do Acre, à Secretaria de Turismo, ao Sebrae/AC. Está sendo um aprendizado trabalhar com vocês, e os meus colegas do Acre, o Wigberto, de Cruzeiro do Sul, que eu digo pra todo mundo: ‘o melhor lugar pra se morar no Acre é  Cruzeiro do Sul, porque Deus abençoou com uma natureza tão verde, tão completa como é lá'”, destacou Mesquita.

Brasil : AGU cobra R$ 142 milhões de desmatadores no AM, PA e MT
Enviado por alexandre em 13/11/2024 17:02:49

Área de floresta desmatada em Novo Aripuanã (AM): AGU cobra desmatadores (Foto: PF/Divulgação)
Área de floresta desmatada em Novo Aripuanã (AM): AGU cobra desmatadores (Foto: PF/Divulgação)
Do ATUAL

MANAUS — A AGU (Advocacia-Geral da União) ajuizou nesta terça-feira (12) novas cinco ações civis públicas contra infratores ambientais pela destruição de vegetações nativas nos municípios do Amazonas, Pará e Mato Grosso. A AGU cobra R$ 142 milhões dos desmatadores pela destruição de 7,8 mil hectares dos biomas Amazônico e do Cerrado.

As ações são do Grupo Estratégico Ambiental AGU-Recupera, instituído em 2023, para atuação em demandas judiciais prioritárias e estratégicas de proteção dos biomas brasileiros e patrimônio cultural.

As infrações foram registradas nos municípios de Altamira, Itaituba e Senador José Porfírio, todos no Pará, além de Lábrea, no Amazonas, e Nova Maringá — Mato Grosso. Elas foram elaboradas a partir de autos de infrações e laudos produzidos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Além de buscar a recuperação das áreas, as ações pedem o bloqueio de bens dos acusados, a proibição de explorar de qualquer modo a área desmatada, a suspensão de incentivos ou benefícios fiscais e a proibição de acesso a linhas de crédito por bancos públicos. 

Na maior das ações, ajuizada contra nove pessoas físicas, a AGU busca a recuperação de 2.104,88 hectares da floresta Amazônica em Lábrea.  Pede a recuperação integral da área degradada, bem como o pagamento de R$ 51,5 milhões, valor correspondente à soma do custo para reparação in natura e o montante referente à indenização por dano moral coletivo. 

A AGU faz uma comparação por meio de imagens de satélite da cobertura vegetal existente entre o ano de 2016, quando foi registrado o auto de infração, e o mês de novembro de 2023, demonstrando que a área continua em plena exploração, não tendo sido adotadas as medidas de regeneração determinadas.

“Neste lote de ações do AGU Recupera, temos um avanço importante: além da Amazônia, há uma ação que contempla o bioma Cerrado, o que fortalece nossa atuação para proteger áreas fundamentais do país”, explica a coordenadora do Núcleo de Meio Ambiente da Equipe de Matéria Finalística, Natalia Lacerda. “Essas ações do AGU Recupera são essenciais para responsabilizar os envolvidos e promover a recuperação dessas áreas tão valiosas para o meio ambiente”, diz a AGU.



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