Eleitores tratados como gado
Fazer dos eleitores mercadoria, digo sem medo de errar, é o cúmulo do absurdo, uma tragédia ético-moral, que fere os princípios cristãos e democráticos; uma afronta gravíssima a Deus, já que todo ser humano é sua imagem e semelhança, e à dignidade da pessoa humana.
Tratar os eleitores pobres, excluídos, marginalizados, sofridos, analfabetos ou semi-analfabetos dessa forma, é um ato ignominioso, cruel, desumano. Diria que é a pior forma de escravidão. Quem assim o faz, não tem sentimento humano e nem tão pouco, compromisso com uma sociedade justa, fraterna e solidária, onde todos possam viver com dignidade. E essa dita sociedade será fruto de verdadeiras plataformas políticas, propostas e executadas por lideranças políticas imbuídas dos mais altos valores éticos, humanos e evangélicos. Esses são os verdadeiros homens e mulheres de espírito público.
Que nós, pastores do povo- padres, religiosos, pastores evangélicos, cristãos comprometidos com a fé-e demais irmãos de diferentes credos, defendamos com garra e determinação, o povo de Deus, para que não seja tratado como boiada, ou objeto comercial: venda de voto. Se assim não o fizermos, iremos responder diante de Deus, por pecado grave de omissão.
Ao FOCCO, fórum de combate à corrupção, haja, através de suas instituições membros, como Ministério Público Eleitoral, Justiça Eleitoral, Policia Federal e outros órgãos, com rigor contra aqueles que inflige a lei de combate à corrupção: Lei 9.840/99. O mesmo apelo é dirigido ao Tribunal Regional Eleitoral.
O FOCCO, indubitavelmente, vem fazendo um grande trabalho de combate à corrupção, como também orientando os eleitores para que votem com responsabilidade, escolhendo seriamente seus futuros representantes. A essa nobre instituição, na pessoa do seu coordenador Rainério Rodrigues Leite, nossos parabéns!
Que a Sociedade, através dos seus segmentos representativos, faça valer seu papel fiscalizador, para que o exercício da cidadania seja exercido com liberdade, transparência, honestidade e, acima de tudo, com muita democracia.
Por Padre Djacy Brasileiro
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