Dornelles: com o relator
Com a aprovação da PEC dos Remédios, a minguada oposição, enfim, conseguiu aplicar uma derrota ao governo. E não faltaram manobras.
A orientação do Planalto para a base aliada era simples: pedir vistas quando a proposta fosse apresentada. Hoje, era o último item da pauta da comissão e, em tese, não apresentava riscos ao desejo do Executivo. Apenas aparentemente.
Aproveitando o esvaziamento do plenário, um grupo de senadores, capitaneado por Paulo Bauer e pelo relator da PEC, Luiz Henrique, votou pela inversão da pauta e, em seguida, pela aprovação. Estava sacramentada a derrota, por unanimidade.
Entre os representantes de partidos da base, estavam lá: Armando Monteiro, além de Luiz Henrique, Roberto Requião, que não conta, e Francisco Dornelles, que, por sinal, se disse contrário à PEC, mas votou a favor “em homenagem à boa iniciativa de Bauer”. Gim Argello chegou no fim da sessão, mas prometeu trabalhar pela aprovação em plenário.
Quem manda o governo confiar nos aliados…