Benefício a deputado vira marca da gestão Maia A boa vontade do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), em distribuir benesses para os deputados é uma marca de sua gestão. Desde que assumiu o comando da Câmara, em fevereiro de 2011, Maia vem se esmerando na concessão e na manutenção de privilégios para os parlamentares. Foi assim anteontem com a aprovação, a toque de caixa, de projeto de resolução que oficializa a “gazeta” dos deputados às segundas e sextas-feiras, acabando com as sessões ordinárias. No Twitter, Maia foi duramente criticado e até xingado por ter patrocinado a alteração no regimento interno da Câmara. Ao mesmo tempo em que oficializaram a semana de três dias, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara não conseguiu votar o fim do pagamento do 14o e 15o salários para os deputados. A extinção desse benefício já foi aprovada pelos senadores em maio, mas até hoje está parada na Câmara. “Não deveria ter essa polêmica toda em torno do 14o e 15o salários para os parlamentares. Se todo trabalhador só recebe 13 salários, nada mais natural que seus representantes também só recebam o mesmo número de salários. Essa polêmica toda é muito esquisita”, afirmou o deputado Antônio Reguffe (PDT-DF). Mal assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro de 2011, Maia baixou ato para autorizar o gasto de R$ 60 mil por ano para a realização de eventos pelos presidentes das 20 comissões permanentes da Câmara e pela representação brasileira no Parlamento do Mercosul. Este ano, às vésperas das eleições municipais, ele concedeu um aumento de 30% na verba de gabinete dos deputados, que saltou de R$ 60 mil para R$ 78 mil, em julho de 2012. |