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Brasil : Fim da seca: meteorologia prevê chuvas intensas para áreas de estiagem no país
Enviado por alexandre em 15/10/2024 10:36:36


Chuvas nos Brasil. Foto: Divulgação

Uma intensa quantidade de chuva está prevista para atingir, ao longo da semana, as regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, áreas que enfrentaram uma forte seca nos últimos meses, de acordo com a previsão do Climatempo divulgada nesta segunda-feira (14).

As duas regiões estão sob a influência de diversos sistemas meteorológicos, o que favorecerá o aumento das chuvas nessas áreas. Os volumes mais altos poderão superar os 80 mm nos próximos dias, especialmente em Mato Grosso, Goiás e no Distrito Federal.

Algumas cidades dessas regiões chegaram a ficar mais de 100 dias sem chuva. No Rio Grande do Sul, uma frente fria deverá chegar, com os primeiros efeitos sendo sentidos a partir desta terça-feira (15).

Chuva volumosa é prevista para regiões castigadas pela seca. Foto: Divulgação

Em São Paulo, não há alertas meteorológicos para o início da semana. Após o forte temporal que atingiu o estado na última sexta-feira (11), causando mortes e deixando milhares de pessoas sem energia, a semana começa com um céu mais nublado, mas sem chuva na capital.

No interior, o tempo será mais ensolarado já nesta segunda-feira, com temperaturas em elevação. Meteorologistas alertam para a chegada de uma frente fria, que começará a avançar do Rio Grande do Sul na terça e deve alcançar São Paulo na sexta-feira.

A previsão é de chuvas mais frequentes, abrangentes e com potencial elevado para tempestades. As regiões do estado de São Paulo que podem ser impactadas incluem: Capital, Centro-Norte, Nordeste e Oeste.

Brasil : Regulamento Anti-Desflorestamento da União Europeia que afeta o Brasil é adiado
Enviado por alexandre em 14/10/2024 00:58:52

Especialista em direito ambiental explica que o desmatamento legal, previsto na legislação brasileira, precisa se adequar às novas normas do Parlamento Europeu

A crise climática que o Brasil vem sofrendo nos últimos meses, com recordes de queimadas e secas, chegou ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França. Durante a sessão plenária da última quinta-feira (10/10), a eurodeputada Anja Hazekamp apresentou um pote com cinzas do Pantanal brasileiro ao longo da sua fala.

 

Enquanto apresentava seu posicionamento, Anja citou a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado e ressaltou que os biomas estão sendo consumidos pelas chamas. “Estes incêndios estão queimando plantas, animais e pessoas. Mas, também, temos grandes quantidades de gases do efeito estufa sendo dispersos e, claro, isso acelera as mudanças climáticas”, frisou.

 

A eurodeputada demonstrou descontentamento com a decisão do parlamento de adiar para a segunda metade de 2025 o Regulamento Anti-Deflorestamento (EUDR, sigla em inglês), medida tomada por pedidos de grandes exportadores que precisam adaptar sua produção para a nova normal, como Brasil e Alemanha. A EUDR visa impedir que os países pertencentes ao bloco econômico importem produtos originários de locais que foram desmatados, seja de maneira legal ou ilegal.

 

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“Postergar a aplicação desta lei manda um sinal ruim? Eu acredito que manda um sinal ruim, né? Muitos produtores, grandes produtores, já estavam caminhando no sentido de se adequar às exigências da União Europeia. Então, quando posterga isso, manda um sinal de menos importância, de enfraquecimento”, ressalta Moara Silva, especialista em Direito do Clima pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

 

Porém, Moara explica que, dentro da legislação brasileira, existe um código florestal que permite um desmatamento controlado, o chamado “desmatamento legal”. “Para que esse desmatamento não viole a legislação ambiental e de Proteção Ambiental no nosso país, ele precisa ter uma autorização. Essa autorização a gente chama de autorização para a supressão de vegetação nativa (ASV)”, explica.

 

União Europeia divulga regras para cumprir lei anti desmatamento

Foto: Reprodução/Marizilda Cruppe

 

Essa autorização é obtida através do Cadastro Ambiental Rural (CAR), um registro público das áreas que tem como objetivo reunir informações sobre a propriedade rural. Para que o desmatamento seja legal, é necessária a realização de uma solicitação que vai ser analisada pelo órgão ambiental, que pode autorizar ou não a supressão.

 

“O parâmetro legal que a gente vai utilizar vai depender de cada bioma, cada tipo de vegetação. Por exemplo, quando a gente tá falando da Amazônia, 80% da área não pode ser desmatada. Não vai poder ter autorização de desmatamento legal”, ressaltou a especialista.

 

Moara Silva explica que a legislação da União Europeia (UE) caminha no sentido de “motivar, incentivar e acelerar” uma mudança de paradigma e das formas de consumir e produzir. “[A UE caminha no sentido de motivar, incentivar e acelerar] esses mecanismos que vão fazer a transição para um sistema de produção que respeite ou equalize o meio ambiente com o desenvolvimento, porque eles não estão em pontos opostos. Eles precisam caminhar de forma conjunta para que a gente continue sobrevivendo como humanidade, com dignidade e um meio ambiente equilibrado”, frisou.

 

 

Porém, a especialista critica o método que está sendo utilizado para a análise do produto, se veio ou não de uma região de desmatamento. Ela cita que o monitoramento do desmatamento no Brasil é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma entidade reconhecida mundialmente. Moara julga correto o Brasil insistir que os dados utilizados para verificar os produtos brasileiros pelo Parlamento Europeu sejam os coletados pelo Inpe.

 

Fonte: Correio Braziliense

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Brasil : Para 58% dos brasileiros, crianças estão mais conscientes que seus pais sobre questões ambientais
Enviado por alexandre em 14/10/2024 00:50:12

Foto: Reprodução/Instituto Soka Amazônia

A educação ambiental tem como objetivo formar indivíduos preocupados e conscientes das questões ambientais, a sustentabilidade e a preservação da natureza. Em um contexto em que nunca foi tão importante pensar nas formas de conservação do planeta, a discussão sobre o ensino de tópicos relacionados ao meio ambiente se faz essencial, especialmente para as crianças.

É na infância que acontece a fase mais importante de aprendizagem. E, com frequência, as crianças parecem estar mais antenadas que os adultos em questões essenciais do dia a dia. Não à toa, para 58% dos brasileiros, as crianças estão mais conscientes que seus pais sobre questões ambientais. É o que mostra uma pesquisa da Descarbonize Soluções, empresa especializada em soluções de energia limpa.

Este é um cenário em que a grande maioria dos entrevistados (78%) afirma que recebeu educação ambiental nos seus tempos de escola. Mesmo assim, os pequenos demonstram estar mais atentos para os tópicos de sustentabilidade, sendo não apenas uma geração que traz esperança para o futuro, como uma que pode inspirar e ensinar as gerações passadas.
Papo de gente grande (e dos pequenos também)

Sabendo da importância do tópico ambiental, é indispensável que o tema seja assunto entre adultos e crianças que integram o mesmo círculo social – sejam entre pais e filhos, sobrinhos, alunos. E, mesmo que essa troca parta, essencialmente, da ideia de que uma pessoa mais velha irá instruir uma criança, é nesse espaço que os pequenos também podem compartilhar o que sabem, criando um local de diálogo em que ambas as partes aprendem juntas.

Neste cenário, os brasileiros parecem estar atentos à relevância de tratarem de assuntos relacionados ao meio ambiente com crianças ao seu redor:

    36% dos entrevistados afirmaram que conversam frequentemente sobre questões ambientais com crianças, tratando do assunto pelo menos uma vez por semana;
    32% ainda disseram que tratam sobre o tema ocasionalmente, considerando algumas vezes no mês;
    19% abordam a questão raramente, sendo uma vez a cada um ou dois meses;
    e outros 5% nunca conversaram sobre o tema.

Tatiane Fischer, CMO da Descarbonize Soluções, reflete sobre a importância de o assunto estar cada vez mais presente entre os grupos sociais:

“Mostrar para as crianças os hábitos sustentáveis que devem ser construídos dentro de casa, por exemplo, pode ser feito de uma forma lúdica que os aproxime do assunto. Essa é uma forma de criar a participação e gerar o interesse para que elas também possam trazer e compartilhar aquilo que aprendem em outros lugares. É o ciclo da educação ambiental que, ao passar pelo ambiente familiar, pela escola e pelos amigos, se completa e forma cidadãos mais conscientes”.
É papel das escolas?

Mas de quem é, afinal, o papel primordial do ensino das questões ambientais para as crianças? Para 67% dos entrevistados, essa responsabilidade deve ficar principalmente com as escolas. Na sequência, aparece o papel dos pais, indicado por 62% dos respondentes, enquanto outros 59% destacam a função dos governos.

Indo ao encontro da expectativa dos brasileiros sobre o papel das escolas na educação ambiental infantil, eles também acreditam que as instituições estão acompanhando a evolução da pauta. Segundo o estudo, 61% dos entrevistados entendem que as escolas estão cada vez mais atentas às questões ambientais, enquanto, na mesma proporção, 19% acreditam que elas estão menos atentas ou que não variaram com o tempo em relação às questões do meio ambiente.

Já em relação a qual momento a educação ambiental deveria ser introduzida para as crianças, 51% dos respondentes da pesquisa entendem que o assunto deve ser apresentado quanto antes às crianças, no caso, ainda na educação infantil (até os cinco anos). Outros 28% acreditam que o tema deve ser tratado a partir do ensino fundamental I (entre 6 e 10 anos), e 14% entendem que o assunto deve entrar no ensino fundamental II (entre 11 e 14 anos).

“As escolas desempenham um papel crucial na difusão do conhecimento sobre questões ambientais, seja por meio de aulas, palestras, eventos ou atividades. Em um contexto onde nem todos os lares abordam o tema com as crianças, as instituições de ensino se tornam uma oportunidade para popularizar essa pauta. Além de temas tradicionais como reciclagem e mudanças climáticas, é importante que as escolas incluam tópicos como energias renováveis, mobilidade urbana limpa e economia circular, mostrando às crianças as diversas formas de transformar o futuro”, conclui Fischer. ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/educacao/criancas-mais-conscientes-questoes-ambientais/

Brasil : Primeiros dias de outubro registram número de queimadas maior do que os primeiros seis meses de 2024 em Rondônia
Enviado por alexandre em 14/10/2024 00:45:36

Incêndio em Rondônia. Foto: Divulgação/Secom RO

Entre janeiro e 09 de outubro deste ano, Rondônia registrou 9.979 focos de incêndios, de acordo com dados do “Programa Queimadas” do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um aumento de mais de 34% em relação ao ano todo de 2023, quando 7.417 focos foram registrados.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que a última chuva significativa observada no estado foi no dia 08 de outubro, na região central do Norte do estado, com acumulados em torno de 25 a 30mm/h. Apesar disso, o cenário crítico de queimadas ainda é uma realidade no estado.

Somente nos primeiros nove dias de outubro foram 635 focos registrados pelo Inpe. Esse número é maior do que o registrado nos seis primeiros meses deste ano, quando juntos somaram 465 focos de incêndio. No cenário nacional, Rondônia ocupa a oitava posição entre os estados com maior número de focos de queimadas do país em 2024.
Fumaça e os prejuízos à saúde

Quem tem problemas respiratórios sofre ainda mais com tudo isso. É o caso da Isabelly Oliveira, ela tem 23 anos e foi diagnosticada com asma 5 anos atrás. Diante da cortina de fumaça que cobriu o céu do estado, ela sentiu de perto os impactos.

“Me impactou muito nas atividades do dia a dia, como sair de casa para ir trabalhar, academia e jogar basquete. Coisas que antes eram ‘normais’ me deixavam mais cansada com dor de cabeça e ardência nos olhos. Era difícil até para dirigir, como eu tenho asma tive que fazer mais uso da bombinha e inalação pelo menos três vezes ao dia, além de incluir umidificador nos lugares onde fico mais tempo, como o trabalho e em casa”, relatou.

A dona Maria do Perpetuo Socorro Santana de Castro, de 66 anos de idade, teve que voltar a um hábito antigo, muito comum no tempo da pandemia de Covid-19: a máscara.

“Deixei de ir aos meus compromissos na igreja, passeios com a família e atividades ao ar livre. E quando tinha que sair usava máscara para me proteger. Tenho bronquite asmática e com a fumaça minha saúde agravou, tive sangramento no nariz e cheguei até a ficar internada”, conta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a fumaça das queimadas contém gases tóxicos e partículas de fuligem que podem causar diversas doenças respiratórias e pulmonares. A médica pneumologista, Ana Carolina Terra, explica como a exposição à fumaça pode ser tóxica para a saúde, principalmente para os mais vulneráveis como idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

“Estamos falando de liberação de monóxido de carbono e outros diversos compostos químicos que ficam suspensos no ar, o que pode causar uma série de enfermidades. Quem já tem doenças cardiopulmonares e pulmonares, como rinite, sinusite, bronquite, asma, entre outras, deve redobrar o cuidado. Para evitar complicações alguns cuidados incluem umidificar o ar, evitar a exposição a fumaça, hidratação, além do uso de máscara quando estiver em exposição, isso pode colaborar diretamente na melhor qualidade do ar e saúde respiratória”.
Outros impactos

Se para os seres humanos as sequelas são grandes, para os animais a situação não é diferente. Em meio às queimadas eles fogem em busca sobreviver, mas muitos não conseguem. Dados do monitoramento do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, entre junho, quando os focos de queimadas foram intensificados no estado, até o dia 08 de outubro, apontam que ao menos 423 animais foram mortos em meio a incêndios florestais. O biólogo, Flávio Terassini fala sobre o impacto das queimadas para a biodiversidade.

“Imagine a quantidade de insetos, aves, mamíferos, herbívoros, enfim, a infinidade de animais que acabam sendo prejudicados durante os incêndios florestais que acabam morrendo. A gente acompanha como essa frequência das queimadas está cada vez mais se prolongando, isso tende a ter uma perda maior, com isso infelizmente a gente tem espécies deixando de existir”, afirma o biólogo.
Foto: Reprodução

As queimadas também afetam diretamente a agropecuária, reduzindo a oferta de alimentos como carne, grãos e derivados. A saca de açúcar, por exemplo, sofreu uma queda significativa de produção devido à queima de plantações de cana.

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços já estão subindo: o leite aumentou até 32,1% entre julho e agosto, o café subiu 4,02% e a carne bovina também foi impactada pelas queimadas. Veja:

    Arroz: +30,13%
    Tomate: +19,58%
    Alface: +15,51%
    Ovo: -8,09%
    Batata: +69,90%
    Carnes: +2,84%
    Linguiça: -1,43%
    Feijão: -17,45%
    Leite: +32,1%
    Mamão: +17,58%
    Banana: +11,37%
    Queijo: +5,41%
    Café: +4,02%
    Açúcar: +3,70%
    Carnes: +2,84%

O economista, Otacílio Moreira Carvalho, explica que em Rondônia houve redução de estimativa da produção na safra 2024, estimada em 2,5 milhões de sacas, 16,4% menor do que a obtida na safra de 2023.

“Isso se dá pela mudanças da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na metodologia de apuração da área plantada com café, devido ao ajuste nas estimativas de área total, em razão do trabalho de mapeamento do parque cafeeiro que a referida instituição vem fazendo no estado. Mas cabe destacar que condições climáticas desfavoráveis também contribuíram para essa queda na produção. Como a safra é de um ano para o outro, em razão da forte estiagem que passa o estado e o país, o grande problema será para a safra 2024/2025, onde está ocorrendo um atraso no plantio de grãos, em especial a soja, e isso poderá trazer queda na produção em 2025 ”, disse.
O que está sendo feito?

Para enfrentar, monitorar e prevenir os incêndios criminosos no estado, o Ministério Público de Rondônia (MPRO) deflagrou a Operação Temporã, um movimento que visa combater crimes ambientais em áreas de reserva como o parque estadual Guajará-Mirim e a Estação Ecológica Soldado da Borracha e em outras regiões do estado tomadas pelo fogo.

A Operação foi deliberada pela Força Tarefa de Combate aos Incêndios Florestais, criada para atender uma solicitação do MPRO, após reuniões com diversas instituições ambientais e forças de segurança do estado.

A missão é composta por agentes do Ibama, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental, Comando de Fronteira do Exército, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Politec com o apoio de mais de 300 agentes.

Através dos canais de denúncias do MPRO como o Balcão Virtual ou ligando para o número 127, a população pode contribuir para reduzir os crimes ambientais.

De acordo com o promotor de justiça do MPRO e coordenador do grupo de atuação especial do meio ambiente, o Gaema, Pablo Hernandez Viscardi, o principal objetivo é atuar com medidas preventivas para que este cenário não se repita nos próximos anos.

“Desde o começo de agosto, quando a gente detectou que os focos de incêndio aumentaram significamente no estado de Rondônia, nós percebemos que até então todo o planejamento que tinha sido produzido estava sendo insuficiente por conta da situação extrema que estávamos vivenciando. Foi aí que surgiu, junto aos demais órgãos de combate à queimadas e incêndios, a força-tarefa chamada Operação Temporã. Creio que agora há de fato uma política pública de combate, embora tardia, mas que existiu e que sirva de lição para que no ano que vem a gente comece a planejar e executar as ações desde fevereiro. Principalmente, para que a gente previna o início dos focos de incêndio, a nossa atuação precisa ser preventiva e é para isso que o MPRO vai lutar ano que vem, uma atuação efetiva preventiva”, destacou.
Outras ações de combate
Combate a queimadas em Rondônia. Foto: Divulgação/Secom RO

No final do mês de agosto, o Governo do Estado decretou a suspensão do uso do fogo para combater queimadas. O Decreto nº 29.428 afirma a suspensão do uso do fogo em todo o estado por um período de 90 dias. Além disso, a contratação de mais 126 brigadistas temporários foi incluída nas ações.

O combate aos incêndios florestais também foi reforçado com dois aviões Air Tractor, cada aeronave possui capacidade de 2 mil litros de água e suporte de quatro lançamentos por hora em uma distância de até 80 quilômetros. Com um total de 800 horas contratadas, as novas aeronaves já estão atuando para a diminuição dos danos causados pelos incêndios florestais criminosos em Rondônia.

*Por Jainni Victória, da Rede Amazônica RO ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/sem-categoria/queimadas-2024-rondonia/

Brasil : No Brasil, 2,1 milhões de crianças e adolescente vivem sem acesso à agua
Enviado por alexandre em 11/10/2024 09:54:29

Água na torneira
Falta de acesso à água potável afeta saúde, desenvolvimento físico e educacional (Foto: AM ATUAL)

Do ATUAL

MANAUS — No Brasil, 12,2 milhões de crianças e adolescentes vivem sem acesso adequado ao esgotamento sanitário e 2,1 milhões sem acesso adequado à água, mostra levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

Essa carência os expõe a riscos severos, comprometendo a saúde, afetando o desenvolvimento físico, educacional e social, segundo o Unicef, que analisou os dados do Censo Demográfico 2022, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Concentrada principalmente em áreas mais vulneráveis, a escassez de água aumenta a desigualdade social, agrava a vulnerabilidade dessas crianças e adolescentes e, a longo prazo, implica em impactos na saúde e no desempenho escolar.

Conforme os dados, os desafios de acesso à água e saneamento são mais severos no semiárido nordestino e na região amazônica. Em relação à cor/raça, quase 70% das crianças e adolescentes com acesso inadequado a esgotamento sanitário são pretas ou pardas.

Além disso, 25% das crianças e adolescentes indígenas não têm acesso adequado a água e 48% vivem sem esgotamento sanitário. As estatísticas do IBGE, divulgadas na última sexta-feira (4), mostram que mais de um milhão de indígenas (incluindo crianças e adultos) vivem em condições de precariedade de saneamento. 

“O acesso seguro a água e saneamento, para todas as crianças e adolescentes, é um direito humano, reconhecido pelas Nações Unidas desde 2010. Sua privação impacta diretamente o bem-estar e o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes, além de ampliar as desigualdades sociais, considerando a perspectiva da pobreza multidimensional. Prover e fortalecer políticas públicas voltadas para o acesso seguro ao saneamento básico é um fator fundamental para avançarmos rumo aos objetivos do desenvolvimento sustentável, sem deixar ninguém para trás”, diz Rodrigo Resende, Oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef no Brasil.

No mundo, cerca de 600 milhões de crianças viverão em áreas com extrema escassez de água até 2040, segundo estimativa do Unicef a partir de projeção do relatório “Thirsting for a Future”. 

O estudo alerta para os impactos na saúde e sobrevivência infantil e revela que as mudanças climáticas, o aumento da demanda por água e a má gestão dos recursos hídricos são os principais fatores que intensificam essa crise. 



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