Ciência & Tecnologia : Por que o chip cerebral da Neuralink preocupa os cientistas?
|
Enviado por alexandre em 11/03/2024 10:12:04 |
Na atual fase de testes do chip, os cientistas pontuam que a segurança deve ser prioridade, mas faltam informações. A Neuralink é uma sociedade que Elon Musk cofundou junto com outros oito empresários. Claro que assim como todo projeto que o bilionário se envolve, esse também é pensado no futuro da humanidade. A empresa projetou um chip para ser implantando no cérebro das pessoas. Através desse chip, os órgãos servirão como interfaces de máquinas. O plano de Musk é implantar chips em pessoas com paralisia cerebral para que assim elas consigam controlar objetos com o pensamento. Contudo, esse projeto do bilionário tem causado polêmica ao redor do mundo. Mesmo que esse chip traga uma novidade, os cientistas estão preocupados com o dispositivo. A Neuralink fez o seu primeiro teste em humanos no fim de janeiro. Em fevereiro, a empresa anunciou que o paciente tinha conseguido mexer um mouse através da telepatia. Nesse momento, Musk disse que o progresso tem sido algo constante e que a empresa estava preparando seus próximos passos. O objetivo é que esse paciente também consiga clicar com o mouse. Veja também Por que novo módulo que chegou à Lua pode ter caído de lado? Modelo computacional realista deve ajudar robôs na coleta de poeira lunar PREOCUPAÇÕES Os cientistas questionaram, em uma entrevista para a revista Nature, a transparência da Neuralink com relação ao seu experimento. Até porque, além do tweet de Musk, não existiu nenhuma outra confirmação de que os testes com o chip tinham começado. E a maioria da informação pública disponível vem de um panfleto de convite para que as pessoas participem do teste. Além disso, o ensaio teste do chip também não foi registrado no repositório ClinicalTrials.gov, que conta com curadoria do Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Esse repositório é uma referência técnica para várias entidades. Tanto é que, antes dos participantes puderem ser envolvidos com os testes, várias universidades pedem o registro do teste em algum sistema do tipo. E as revistas médicas também usam o registro como uma condição para publicar resultados de pesquisas. Conforme pontua Tim Denyson, neuroengenheiro da Universidade de Oxford, no Reino Unido, não existem informações de em que local a Neuralink está fazendo as implantações e quais resultados irão ser avaliados. E na fase em que os testes estão, os especialistas esperam que a prioridade seja a segurança. Segundo Denyson, isso requer observar possíveis efeitos de longo prazo nos pacientes para ter certeza de que não acontecerá sangramento, AVC, infecções ou dano vascular. Segundo o panfleto do estudo, os pacientes irão ser acompanhados por cinco anos. Ele também diz que o ensaio avaliará a funcionalidade do chip cerebral e por conta disso os participantes têm que usá-lo pelo menos duas vezes por semana. Para isso, eles têm que tentar controlar um computador e depois relatar a experiência para a Neuralink. Uma dúvida de Mariska Vansteensel, neurocientista do Centro Universitário Médico Utrecht na Noruega presidente da Sociedade BCI (Interface cérebro-computador), é se os sinais neurais diminuem com o passar do tempo. Contudo, a implantação do chip foi aprovada pela Food and Drugs Administration (FDA), a Anvisa dos Estados Unidos. “Minha suposição é de que a FDA e a Neuralink estão seguindo o manual até certo ponto. Mas não temos o protocolo, então não sabemos disso”, avaliou ela. A FDA tinha rejeitado um primeiro pedido da Neuralink para fazer os testes do chip em humanos. As preocupações principais da época estavam relacionadas à bateria de lítio, a possibilidade de fios pequenos do implante acabarem indo para outros lugares do cérebro e se e como o chip poderia ser removido sem causar danos ao tecido cerebral. Depois de um mês da aprovação para os testes em humanos, a FDA encontrou problemas nos registros de teste feitos com animais para o chip. Tiveram lapsos de controle de qualidade em uma das instalações da Neuralink na Califórnia. Dentre os problemas que foram identificados está a falta de registros de calibração de materiais em alguns dos testes e a falta de assinatura de funcionários de garantia de qualidade no relatório final. Foto: Reprodução OLHAR DIGITAL Antes mesmo dos testes do chip em humanos começarem, os cientistas já tinham mostrado uma preocupação com relação à ética dele. Por mais que a proposta inicial fosse de ajudar as pessoas com paralisia, o dispositivo da Neuralink parece servir para outras coisas, como controlar um computador com a mente. Conforme Dra. L. Syd Johnson, professora associada do Centro de Bioética e Humanidade da Universidade de Medicina SUNY, em Nova York, o mercado voltado para o chip cerebral com a intenção de somente ajudar as pessoas tetraplégicas é muito pequeno. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram. Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram “Agora, se o objetivo for o uso dos dados cerebrais adquiridos para outras atividades — dirigir um Tesla, por exemplo — então existe um mercado muito, muito maior. Mas aí todos esses indivíduos usados na pesquisa, que são pessoas com necessidades especiais genuínas, estarão sendo explorados em um estudo arriscado, para o ganho comercial de outra pessoa”, afirmou ela. Fonte: Fatos Desconhecidos LEIA MAIS |
|
Ciência & Tecnologia : Cientistas identificam 'interruptor' genético da ansiedade; entenda
|
Enviado por alexandre em 09/03/2024 11:18:10 |
Pesquisadores descobriram região do DNA que ativa gene ligado a um aumento dos sintomas ansiosos Pesquisadores da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, identificaram uma região do DNA humano que exerce um papel no controle da ansiedade. Num trabalho com camundongos, a área atuou como uma espécie de interruptor que ativa genes específicos no cérebro associados à resposta fisiológica. A descoberta foi detalhada num estudo publicado nesta sexta-feira na revista científica Molecular Psychiatry, do grupo Nature. Os cientistas esperam que os achados levem a novas pesquisas sobre a região para encontrar maneiras de utilizá-la em alvos terapêuticos e desenvolver novas, e idealmente mais eficazes, alternativas para o tratamento do transtorno de ansiedade. É o que diz o professor de Genética da universidade, responsável pelo estudo, Alasdair Mackenzie. Ele explica que tradicionalmente a parte do DNA chamada de exoma, composta pelos genes que expressam de fato proteínas, é a que tem sido alvo de estudos. Porém, com o desenvolvimento de novas técnicas e pesquisas, os cientistas observaram que as regiões “de fora”, antes tidas como lixo genético, têm funções importantes, como a de regular a própria atuação do exoma. Veja também Nova espécie de verme encontrada nas profundezas do oceano Galáxias param de fabricar estrelas muito mais tarde da história do Universo "Já sabemos que 95% das diferenças genéticas associadas a doenças são encontradas fora dos genes codificadores de proteínas. Essa parte do genoma, conhecida como "genoma não codificante", não foi bem explorada porque antes não tínhamos as ferramentas para isso. Mas hoje sabemos que o genoma não codificante contém informações na forma de interruptores de genes que informam aos genes onde e quando devem ser ativados. Isso é importante, pois os genes precisam ser ativados nas células certas e nos momentos certos para garantir uma boa saúde e, quando não são ativados corretamente, podem contribuir para doenças”, diz Mackenzie, em comunicado. A equipe do cientista utiliza técnicas avançadas para estudar essa região “não codificante”, com foco em doenças como ansiedade, dependência e obesidade. Para isso, aplicam uma ferramenta chamada CRISPR, conhecida como “tesoura genética”, que consegue fazer edições precisas no DNA de qualquer ser vivo. Os pesquisadores já reconheceram uma série desses “interruptores” e identificaram que muitos permaneceram praticamente inalterados por centenas de milhões de anos, e podem ser encontrados tanto em humanos quanto em camundongos. "Nossa abordagem única é usar o CRISPR para excluir esses interruptores conservados em camundongos e, em seguida, estudar seu papel no humor, na ingestão de alimentos e na preferência por álcool”, diz Mackenzie. No novo estudo com a ansiedade, eles utilizaram a tesoura para deletar uma área específica do genoma chamada BE5.1, que controla o gene BDNF, que já foi associado anteriormente à ansiedade. Eles observaram que, sem o “interruptor”, os níveis do problema aumentaram nos camundongos estudados, evidenciando a importância da região para ativar os sintomas ansiosos. Em trabalhos anteriores, a equipe da Universidade de Aberdeen identificou outras áreas do genoma que, quando excluídas pela técnica CRISPR, fizeram o contrário, levaram a uma redução dos sinais de ansiedade. Andrew McEwan, pesquisador da instituição que também participou do estudo, destaca que esse tipo de estudo é cada vez mais importante para compreender os mecanismos de doenças complexas, como o transtorno de ansiedade, e futuramente desenvolver novas terapias. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram. Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram "Para entender a base das doenças humanas complexas, que incluem doenças mentais e outras condições como obesidade, depressão e dependência, é tão importante entender os mecanismos que garantem a produção adequada de proteínas nas células certas quanto entender as próprias proteínas. Isso só será alcançado se compreendermos melhor o genoma não codificante na saúde e na doença e a função e o papel dos milhares de interruptores de genes enigmáticos que se escondem em suas profundezas”, diz. Fonte: O Globo LEIA MAIS |
|
Ciência & Tecnologia : TikTok anuncia programa para recompensar criadores de vídeos mais longos
|
Enviado por alexandre em 07/03/2024 11:05:04 |
O limite de tempo permitido para vídeos no TikTok também aumentou recentemente, mostrando como conteúdos longos estão sendo incentivados Os criadores de conteúdos mais longos no TikTok serão recompensados pelo trabalho que executam na rede social. O TikTok anunciou o Programa de Recompensas para Criadores, uma ação que estava até então em fase de testes, para recompensar os vídeos longos em sua plataforma. As informações são do site Mashable. O programa vai permitir que criadores de conteúdo do TikTok que priorizam vídeos mais extensos possam monetizar melhor o seu conteúdo, que agora vai ter a monetização baseada em critérios como “originalidade, duração da reprodução, valor de pesquisa e envolvimento do público”. Apesar de um anúncio oficial da inclusão do programa ter sido feito só agora, ele já havia obtido sucesso em sua fase beta no ano passado, quando a receita total dos criadores de vídeos longos cresceu mais de 250% nos últimos seis meses de 2023.O Fundo para Criadores do TikTok, outra iniciativa que também foi pensada para incentivar criadores e ajudá-los a monetizar seu conteúdo, foi encerrado em novembro. Veja também Em 'briga' com Spotify, Apple é multada em 1,8 bi de euros na União Europeia Fake Out of Home nas estratégias de marketing A empresa dona da rede social alegou que estava trabalhando para “aplicar recursos em outros lugares para apoiar melhor os criadores e explorar novas ofertas”.Assim como havia prometido o TikTok na época, o Programa de Recompensas para Criadores parece ser uma boa iniciativa para incentivar quem buscar monetizar o conteúdo e ainda foca em um nicho dentro de sua plataforma que pode crescer ainda mais. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram. Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram O TikTok tem tomado cada vez mais a direção de incentivar e permitir conteúdos mais longos. Desde outubro do ano passado, o aplicativo aumentou o limite de duração de vídeos para 15 minutos. Em janeiro desse ano, o limite aumentou novamente, para 30 minutos. Fonte: Olhar Digital LEIA MAIS |
|
Ciência & Tecnologia : Por que reproduzir o corpo humano ainda é uma barreira para ferramentas de IA? Confira
|
Enviado por alexandre em 06/03/2024 14:23:01 |
Olhar mais atento evidencia imprecisões nas imagens feitas por inteligência artificial. Em alguns casos, falhas são grotescas A imagem do Papa usando um casaco puffer branco, criada por inteligência artificial (IA), fez muita gente acreditar que o líder do Vaticano havia saído às ruas com um vestuário nada comum para um Pontífice. Em outro exemplo conhecido, o ex-presidente americano Donald Trump aparece preso. Mas passado o choque inicial, um olhar mais atento evidencia falhas que em alguns casos significam erros grotescos. As mesmas ferramentas capazes de reproduzir com doses de hiper-realismo cenas do cotidiano ou de transformar em imagens visões de futuro deixam a desejar na reprodução do corpo humano. As mãos nos dois exemplos citados aparecem distorcidas. No caso do Papa, os dedos da mão direita se fundem a um objeto. Na imagem de Trump, um dos policiais que o prendia só tinha quatro dedos. Não são apenas as mãos. Apesar de todo o avanço da IA generativa, pés, dentes e outras partes da anatomia parecem ser a barreira mais visível destas ferramentas, em um sinal de que capturar nuances ainda pode ser um desafio para os algoritmos. Em alguns casos, essas falhas são o único ponto que permite distinguir um conteúdo falso do verdadeiro. Veja também Fake Out of Home nas estratégias de marketing Mesmo a 1,6 mil km/h, por que não sentimos a Terra girando? Mas por que a inteligência artificial ainda tem dificuldade em reproduzir partes do corpo humano? A explicação vai além das telas e da capacidade computacional destas ferramentas digitais. Os próprios artistas sempre tiveram dificuldade em desenhar partes do corpo humano. Algo que é comum entre estudantes de Artes Visuais, explica Lícius Bossolan, artista visual e professor do curso de Pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ. Para lidar com esse desafio, os alunos partem do método de observação, como na disciplina Desenho Anatômico, em que analisam como tal músculo ou articulação funciona antes do início de um desenho. Em seguida, lançam mão da capacidade de abstração frente ao objeto e da técnica de simplificação das formas, puxando para elementos geométricos: — A complexidade maior é o entendimento dos movimentos. Os movimentos da mão, por exemplo, são bastante ricos. São várias articulações — diz Bossolan. Expectativa x realidade: Evento para crianças anunciado com imagens feitas com IA vira caso de polícia na Escócia Além da sua anatomia mais complexa, há muitos ângulos possíveis de representação que precisam ser compreendidos: elas podem aparecer abertas, fechadas, segurando objetos, acenando ou apontando para alguém, por exemplo. Em alguns casos, a mão pode também estar escondida ou só aparecer alguns dedos. Quando esse desafio de representação migra para os sistemas digitais, há uma dificuldade ainda maior uma vez que o aprendizado da inteligência artificial depende das informações que foram inseridas em seus bancos de dados, lembra Diogo Cortiz, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP): — O principal calcanhar de aquiles é a variedade que a IA tem que pensar na hora de criar a imagem. A inteligência artificial não conhece a realidade como conhecemos. Ela vai tentar recriar uma mão com base no que ela tem de informação em seu banco de dados, que muitas vezes está desfocado, embaçado ou em várias posições diferentes. Isso pode fazer a IA se perder. Imagine um sistema de IA treinado com milhões de imagens, nas quais todas as pessoas usavam sapatos fechados, e o usuário pede a imagem de um indivíduo com chinelos? Esse é o exemplo que ilustra bem as chances de um resultado não ser satisfatório via IA, resume Arthur Igreja, especialista em inovação e tecnologia: Foto: Reprodução — Outro fator é que os modelos aprendem por reforço positivo ou negativo dos usuários. Ou seja, se a imagem solicitada for em uma situação não usual, até que não seja pedido para refazê-la, a IA não terá entendimento. Isso aumenta por consequência a chance de entregar algo estranho. A multiplicação de falhas na representação de partes do corpo, em especial de mãos, pés e dentes, é um desafio para as empresas de inteligência artificial (IA). Mas será que, em um futuro breve, os sistemas já estarão treinados para superar esse entrave? Especialistas avaliam que isso já está muito perto de acontecer e é questão de poucos meses. Um porta-voz da Stability AI, empresa de IA generativa de código aberto, afirmou ao BuzzFeed no ano passado que, dentro dos conjuntos de dados de IA, as imagens humanas exibem as mãos de forma menos visível que os rostos. As mãos tendem a ser menores nas imagens que alimentam as ferramentes, pois são raramente expostas em formatos grandes, o que ajudaria a explicar a dificuldade dos sistemas. Procuradas pelo GLOBO, empresas de IA não comentaram. Representar corretamente a anatomia humana é uma curva de aprendizado para a calibragem de conteúdos gerados por IA, diz o especialista em inovação e tecnologia Arthur Igreja. A tendência é que haja um “refino”, pois é do interesse das empresas que desenvolvem a tecnologia. Quando a fase for superada, será ainda mais premente a discussão sobre identificação de imagens geradas por IA para evitar desinformação. — Vamos avançar em como identificar e “taguear” imagens geradas por IA. A partir do momento que a semelhança se torne tal que fique muito difícil para um grande número de pessoas distinguir, e falta pouco para isso, será importante saber o que é uma foto, um acontecimento e o que é gerado por IA. Caso contrário, as pessoas vão formar opiniões a partir disso — destaca Igreja. Já existem na web algoritmos de código aberto que são sistemas de restauração. São capazes de restaurar imagens de baixa qualidade e transformá-las em alta qualidade, eliminando desfoques e distorções, como o GFPGAN (Generative Facial Prior-Generative Adversarial Network) e o CodeFormer. Embora o foco seja a otimização de imagens reais, servem para aprimorar imagens sintéticas, mas são mais voltados a quem tem habilidade com programação. Muitas plataformas já estudam formas de criar algum tipo de marca-d’água via criptografia para identificar conteúdos criados por IA. Um exemplo é o SynthID, em versão beta do Google Cloud. A ideia é que o marcador não seja visível ao olho humano, mas detectável para identificação pelas máquinas — e, quem sabe, ser lido pelas redes sociais. Assim, caso um conteúdo tenha sido criado artificialmente, uma plataforma poderia informar o usuário sobre sua autenticidade. Mas a alternativa está longe de resolver o problema. Em primeiro lugar, seria necessário algum tipo de operação integrada entre plataformas para permitir este tipo de marca-d’água. Depois, muitas plataformas de IA generativa de código aberto (como Midjourney e Sora, da OpenAI) têm regras próprias. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram. Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram — É um jogo de gato e rato — resume Diogo Cortiz, professor da PUC-SP nas áreas de comunicação e ciências exatas. Fonte: O Globo LEIA MAIS |
|
Ciência & Tecnologia : Em 'briga' com Spotify, Apple é multada em 1,8 bi de euros na União Europeia
|
Enviado por alexandre em 05/03/2024 10:04:25 |
Política de compra e assinaturas de apps da Apple não vem agradando a plataforma de streaming, que recorreu à UE para impedir prática da empresa. Por sua vez, dona do iPhone diz que Spotify quer reescrever as regras da App Store A União Europeia (UE) condenou a Apple nesta segunda-feira (4) a pagar multa de 1,8 bilhão de euros (R$ 9,7 bilhões) por impedir que o Spotify e outras empresas de streaming de música ofereçam aos usuários da companhia norte-americana opções de pagamento fora da App Store, sua loja de aplicativos. A decisão da Comissão Europeia foi desencadeada por uma queixa feita em 2019 pelo Spotify sobre essa restrição e as taxas de 30% cobradas pela Apple na App Store. Entenda: a Apple fica com uma fatia das transações realizadas na Apple Store – desde a compra do app em si, até aquisições realizadas dentro do aplicativo, como itens de um jogo ou a assinatura de um plano, por exemplo. Há muito tempo, desenvolvedores de apps reclamam dessa política da empresa de Tim Cook e se queixam das taxas abusivas praticadas. Veja também Fake Out of Home nas estratégias de marketing Mesmo a 1,6 mil km/h, por que não sentimos a Terra girando? Na decisão atual, o órgão de defesa da concorrência da União Europeia disse que as restrições da Apple constituem condições comerciais injustas. "Por uma década, a Apple abusou de sua posição dominante no mercado de distribuição de aplicativos de streaming de música por meio da App Store", disse a chefe antitruste da UE, Margrethe Vestager, em um comunicado. "Eles fizeram isso ao impedir que os desenvolvedores informassem os consumidores sobre serviços de música alternativos e mais baratos disponíveis fora do ecossistema da Apple. Isso é ilegal de acordo com as regras antitruste da UE", completou ela. APPLE CRITICA DECISÃO E ALFINETA SPOTIFY Em comunicado publicado nesta segunda, a Apple criticou veementemente a decisão da UE e alfinetou o Spotify, dizendo, por exemplo, que eles são um dos responsáveis pelo sucesso da plataforma de música. Atualmente, a empresa sueca não paga nenhuma comissão à Apple, pois vende suas assinaturas em seu site e não na App Store, como forma de "burlar" as regras da dona do iPhone. "O principal defensor dessa decisão -- e o maior beneficiário -- é o Spotify, uma empresa sediada em Estocolmo, na Suécia. O Spotify tem o maior aplicativo de streaming de música do mundo e se reuniu com a Comissão Europeia mais de 65 vezes durante essa investigação", disse a Apple. "Eles [o Spotify] querem reescrever as regras da App Store – de uma forma que os beneficie ainda mais", completou a Apple. "Temos orgulho de desempenhar um papel fundamental no apoio ao sucesso do Spotify — como fizemos para desenvolvedores de todos os tamanhos, desde os primeiros dias da App Store", completou a big tech. A ordem de Vestager para que a Apple remova as restrições da App Store ecoa a mesma exigência das novas regras da UE, conhecidas como Digital Markets Act (DMA), que a Apple terá que cumprir a partir de 7 de março. A multa da Apple, no entanto, é cerca de um quarto das multas de 8,25 bilhões de euros que o órgão regulador da UE aplicou ao Google, em três casos na década anterior. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram. Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram Em contraste com o caso do streaming de música, a Apple está tentando resolver outra investigação antitruste da UE, oferecendo-se para abrir seus sistemas de pagamento móvel para rivais. Fonte: G1 LEIA MAIS |
|
|