Por meio de relatório a ONU apresentou nesta quinta-feira (28) quais medidas o Brasil deve tomar para evitar casos de prisões arbitrárias. Um grupo de peritos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da organização, que esteve no país para identificar violações que possam resultar nem prisões indevidas, foi o responsável pelo documento. Dentre os aspectos negativos destacados estão o número ainda pequeno de defensores públicos em todo país e a demora para que o preso vá a julgamento. Observando prisões, delegacias, centros de detenção para imigrantes e instituições psiquiátricas de Campo Grande (MT), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Brasília (DF), o grupo também constatou que embora o Brasil tenha uma boa legislação para penas alternativas, a principal medida de punição ainda é a prisão. Apesar de nessas visitas não ter sido avaliado nenhum caso específico, as internações compulsórias para dependentes de crack entrarão na lista de preocupações. “O que nos disseram, é que durante os grandes eventos [Copa do Mundo e Olimpíadas] o Brasil quer mostrar sua melhor cara”, disse o perito Roberto Garretón. Ainda segundo o grupo, o Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, com 550 mil e desse total, 217 mil ainda aguardam julgamento. O relatório final detalhado da visita será apresentado em março de 2014 ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça. Informações da Agência Brasil. |