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Brasil : A decadência do jornalismo brasileiro
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:51:14

Jornais

OPINIÃO

MANAUS – O jornalismo brasileiro nunca esteve tão decadente. Nesses tempos de avanços da tecnologia da informação e da explosão do uso das redes sociais, o jornalismo acabou errando a mão e partindo para uma prática das mais tristes da história dessa profissão, que nasce da necessidade de revelar fatos, documentos e comportamentos que alguns sempre quiseram manter sob um manto escuro.

Um fato recente, mas relevante, demonstra o abismo em que o jornalismo foi jogado: a ANJ (Associação Nacional de Jornais), que tem entre seus associados os meios de comunicação tradicionais (Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo, só para citar os três mais conhecidos), publicou uma “nota à imprensa” em que dizia que o bloqueio do X no Brasil “afeta o dever do jornalismo profissional”.

O que a entidade reivindicava na ocasião era o direito dos jornalistas de usar a plataforma comprada pelo bilionário fora da lei Elon Musk para fazer seu trabalho diário. E, de fato, nos últimos anos, o jornalismo brasileiro tem cada vez mais utilizado as frases curtas do Twitter (que virou X) como fonte de informação.

“A Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifesta sua profunda preocupação com as restrições ao trabalho da imprensa diante da proibição do STF de acesso à rede social X (ex-Twitter).” Assim começa a nota da ANJ.

Em outro trecho, a ANJ escreve: “A entidade tem recebido uma série de informes de veículos e jornalistas que deixaram de ter acesso a visões, relatos e pensamentos de diferentes fontes de notícias, dentro e fora do Brasil, e que são corriqueiramente distribuídos por meio da plataforma.”

O jornalismo feito pelos grandes jornais brasileiro e agências de notícias nacionais tem se resumido a matérias a partir de declarações incompletas de personalidades, políticos e pessoas comuns, sem ao menos se dar o trabalho de apurar as informações. Um caso recente foi a notícia de um assalto aos membros do grupo musical Molejo, um dia após a morte de um de seus principais artistas.

Os jornais deram a notícia a partir de uma postagem no X do grupo, que não explicava as circunstâncias em que o assalto foi praticado. Até hoje não há sequer a confirmação de que o fato realmente ocorreu.

A ANJ diz que “uma das missões da imprensa é exatamente acompanhar o que se passa nas redes e fazer a devida verificação de versões e declarações, confrontando-as com fatos e dados reais.” Mas o “jornalismo de Twitter” sequer se dá esse trabalho de checagem.

Os jornalistas não entrevistam mais as autoridades, como se fazia no passado. A matéria jornalística é feita a partir de duas linhas escritas em uma rede social. Para completar o texto, serve qualquer coisa para “encher linguiça”. O vídeo que “viralizou” ou o “meme” feito por qualquer “subcelebridade” vira notícia mesmo que o conteúdo seja falso.

Nas eleições deste ano, um novo episódio ajuda-nos a entender como o jornalismo dos antigos jornalões perdeu a linha: a entrada de Pablo Marçal na disputa pela Prefeitura de São Paulo animou não apenas os repórteres, mas os comentaristas de plantão do mundo político.

Os jornalistas, por ingenuidade ou mau-caratismo, não se incomodaram de ser usados para ajudar o candidato do PRTB a ganhar a confiança do eleitorado. Com a falácia de que Marçal é “um fenômeno das redes sociais”, foram abrindo espaço em todas as mídias para ele arrotar mentiras, insultos e grosserias. O comportamento que beirava a delinquência “viralizou” no jornalismo profissional. Marçal passou a ser o principal item da pauta.

A “midiazona” caiu como um patinho na estratégia do ex-coach. Ele cresceu e apareceu nas primeiras colocações nas pesquisas de intenção de voto. Por isso, carregou a mão, porque as bobagens e grosserias que dizia e fazia viravam notícia em todos os jornais do país.

O único fato que mereceu manchete foi a cadeirada aplicada por José Luiz Datena. Um fato jornalístico puro, não pré-fabricado, como as provocações de Marçal aos adversários.

Agora, no final da campanha, os mesmos jornalistas que ergueram Marçal ao pódio da eleição tentam corrigir o erro, sem reconhecer que erraram.

O jornalismo precisa voltar a ser feito com pensamento crítico, como o foi no início. Não existe jornalismo imparcial, e nesses tempos de redes sociais, em que cada cidadão pode fazer o papel de jornalista, o desafio da profissão é ainda maior, mas ele jamais pode flertar com a mentira. A verdade sempre foi e sempre será o fundamento do jornalismo.



Brasil : Governo propõe aumento de pena para crimes ligados aos incêndios florestais
Enviado por alexandre em 26/09/2024 00:34:33


Área de floresta pegando fogo
A área queimada no Brasil mais que dobrou em 2024 – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública encaminhou à Casa Civil nesta quarta-feira (25) uma proposta de projeto de lei que visa aumentar as penas para indivíduos responsáveis por incêndios florestais. O projeto sugere que, em casos mais graves, a pena máxima chegue a 18 anos de prisão, dependendo da aplicação de agravantes previstos no texto. Com informações do Estadão.

Atualmente, a legislação brasileira prevê uma pena de dois a quatro anos de prisão para quem provoca incêndios em áreas de florestas. Com a nova proposta, essa penalidade pode variar entre três e seis anos. Em casos específicos, a pena pode ser ampliada de um terço até metade da pena inicial, caso se configurem os seguintes agravantes:

  • Risco à vida coletiva ou à saúde pública;
  • Incêndio em unidades de conservação ou áreas sujeitas a regime especial de uso;
  • Participação de duas ou mais pessoas no ato;
  • Intenção de obter vantagem financeira.

O texto ainda prevê que a exploração econômica de terras públicas incendiadas também será punida com as mesmas penas. No entanto, em situações onde o incêndio ocorre de maneira culposa (sem intenção), a punição poderá ser reduzida à metade.

De acordo com o Ministério da Justiça, o projeto foi elaborado após estudos conduzidos por um grupo de trabalho, criado em fevereiro, que identificou falhas na legislação atual para combater crimes ambientais. A Polícia Federal destacou que as penas brandas vigentes dificultam a punição dos infratores, resultando em muitos casos de prescrição antes do fim dos processos.

A justificativa da proposta se baseia no aumento alarmante de incêndios no Brasil em 2024. Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que, até o início de setembro, foram registrados mais de 154 mil focos de calor no país.

A área queimada no Brasil mais que dobrou em 2024, atingindo 11,4 milhões de hectares, um aumento de 116% em comparação a 2023, segundo o Monitor do Fogo, do MapBiomas. Em agosto, foram destruídos 5,65 milhões de hectares, área equivalente ao Estado da Paraíba, configurando o pior cenário desde o início da série histórica, em 2019.

Além do projeto de lei elaborado pelo Executivo, tramita no Congresso outra proposta, de autoria do senador Davi Alcolumbre (União), que também visa endurecer as penas para crimes ambientais. O deputado Patrus Ananias (PT) é o relator do projeto na Câmara dos Deputados.

O governo federal, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi alertado sobre o risco crescente de incêndios florestais devido à seca prolongada. Documentos oficiais indicam que a administração já tinha ciência da gravidade da situação desde o início do ano.

Após a divulgação dos dados, o Ministério do Meio Ambiente afirmou que o governo tomou medidas antecipadas, mas reconheceu que eventos dessa magnitude eram imprevisíveis e que a colaboração da população é fundamental para prevenir novas queimadas.

Brasil : Pescadores temem que Manaus sofra escassez de peixes devido à seca
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:38:39

Para os feirantes o maior aumento foi na logística para trazer o pescado até Manaus. Foto: Lucas Macedo/g1 Amazonas

A seca severa que atinge o Amazonas deve ocasionar a escassez de peixe nas feiras e mercados de Manaus ainda em 2024, é o que diz a Federação de Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM). Os impactos já são sentidos no bolso de quem compra e de quem depende da venda do animal para sobreviver.

Na sexta-feira (20), data da atualização mais recente, o nível do Rio Negro em Manaus era de 15,08 metros. No último dia 11, a Prefeitura de Manaus declarou situação de emergência na cidade.

Segundo a Fepesca-AM, com a redução drástica dos níveis dos rios, muitos pescadores enfrentam dificuldades para acessar os pontos de pesca tradicionais, o que pode significar uma redução na oferta de peixe no estado.

A situação se agrava com o aumento dos custos operacionais, uma vez que os pescadores precisam se deslocar para áreas mais distantes e menos produtivas. Durante o período de seca, as embarcações têm dificuldade de acesso aos locais. Por conta dessas variáveis, o preço dos peixes também pode subir.

Leia também: Seca histórica do Rio Madeira afeta transporte de cargas em Porto Velho

“Nessa estiagem a água também pode esquentar mais do que o normal e afetar o oxigênio para os peixes. Isso faz com que a produção desembarcada na cidade de Manaus tenha uma redução, e quando há essa redução é a lei da oferta e procura, a tendência do preço é aumentar”, destacou o presidente da entidade, Walzenir Falcão.

O pescador ainda ressalta que, o jaraqui, uma das espécies mais consumida pelos amazonenses, pode sofrer um aumento de até 40% neste devido a dificuldade da logística no atual cenário do estado.

Luiz Carvalho, de 52 anos, é vendedor de peixes na Feira da Manaus Moderna e garante que o frete para trazer o peixe está mais caro.

“Hoje tem mais dificuldade do peixe chegar até o consumidor. O que vem sendo caro é a logística, canoa, carreteiro, gelo”, explicou o feirante.

Outro trabalhador da feira, Thiago Queiroz, de 22 anos, afirmou que a dificuldade para o transporte da produção vem desde o início da seca, em julho deste ano.

“Quando o produto chega aqui para a gente já está muito caro. Desde que começou a secar os preços estão subindo. Por isso a gente tem que repassar o preço para o consumidor para ver se a gente ganha alguma coisa. Muita das vezes o freguês já sente isso, antigamente um peixe de 4 quilos era R$70 , hoje em dia já está R$80″, disse Thiago.

Os impactos já são sentidos pelos consumidores. A autônoma Célia Amazonas, 62 anos, diz que não abre mão do peixe na mesa de casa, mas se surpreendeu negativamente com os valores.

“Eu consumo bastante peixe, só que hoje o peixe está mais caro que a carne, um absurdo. Antes comprávamos seis unidades de jaraqui por R$10, hoje em dia está custando seis (unidades) por R$25 ou R$30″, comentou.
Impacto Econômico

Segundo a economista Michele Aracaty, uma alternativa para driblar a escassez é a importação de pescado do estado de Rondônia, mas a medida pode não surtir efeito por muito tempo.

“Tal cenário contribui para a estabilidade do preço do produto neste período de estiagem, mas poderemos ter impacto no futuro devido a elevação no preço da ração utilizada para a alimentação do pescado” explicou a economista.

A economista, ressalta ainda, que o impacto da seca não se aplica só aos peixes, mas em toda a produção que é comercializada no estado por meio dos rios.

Levando-se em consideração a relevância regional dos rios todo e qualquer alteração ocorrida neste cenário impacta sobre o cotidiano de todos. No período da estiagem ou seca dos rios culturalmente os produtos ficam mais escassos o que eleva o seu preço para o consumidor final sem contar a ampliação do prazo de entrega”, explicou Michele.
Medidas do Governo do Amazonas

Em nota, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), informou que o Governo do Amazonas está em fase inicial de estudos para encontrar uma solução para os pescadores que sofrem o impacto da estiagem.

Para mitigar os impactos da estiagem, algumas iniciativas estão sendo propostas, informou o Idam. Organizações locais e entidades governamentais estão discutindo estratégias para a recuperação dos habitats aquáticos e a implementação de sistemas de monitoramento que ajudem a prever e gerenciar melhor os recursos pesqueiros.

“O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) informa que está em fase de levantamento de informações, por meio de 75 Unidades Locais (UnLoc’s) e postos avançados próprios, para identificar as necessidades dos pescadores artesanais no estado, que, atualmente, são mais de 60 mil, durante a estiagem”, afirma a nota.

O órgão também explica que mesmo com a grande vazante das calhas dos rios, os valores dos pescados que são comercializados no estado, ainda não sofrem um grande aumento.

“Com relação ao preço do pescado durante a estiagem, embora a captura seja mais fácil por conta da baixa da água dos rios, a tendência é o aumento do valor em algumas regiões do estado devido aos entraves logísticos. Por isso, o Idam tem realizado ações de crédito para que o pescador artesanal tenha meios para custear a atividade e garantir a chegada da produção dele nos mercados consumidores”, conclui o IDAM. ... - Veja mais em https://portalamazonia.com/meio-ambiente/manaus-escassez-peixes-seca/

Brasil : Papel é produzido a partir da fibra do caroço do açaí no Pará
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:35:18

Além de cultura alimentar na Amazônia, o açaí é um dos principais produtos de exportação do Pará. Dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) apontaram que só no primeiro quadrimestre de 2024, o Pará exportou 4,2 mil toneladas de açaí.  Um número que mantém o estado na liderança nacional de produção do fruto.

Mas a preocupação de pesquisadores como a professora Lina Bufalino, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), não é o açaí consumido ou o que sai da região. Mas o que sobra disso tudo.

“Se formos pensar que em um único fruto somente 20% é a polpa aproveitada para o consumo, temos aí 80% somente de resíduo, ou seja, de caroço. É um quantitativo muito alto”, explica a professora.

O caroço do açaí é um poluente ambiental que ainda não possui uma destinação adequada na região.

Diante dessa preocupação surgiu o AmazonCel, o primeiro laboratório de produção de celulose a partir da fibra de caroço do açaí. A fibra é aquele “pelinho” que encobre o caroço depois que é extraída a polpa. Pelo menos oito equipamentos instalados no laboratório possibilitam toda a linha de produção de celulose até a formação do papel.

“Existem outros laboratórios de celulose no Brasil, mas a intenção do AmazonCel é o contexto da Amazônia, porque a maioria dos laboratórios produz a partir do eucalipto, enquanto o AmazonCel visa atender demandas relacionadas à matérias-primas da Amazônia”, explica. O laboratório Amazoncel foi inaugurado na Ufra em junho de 2024, a partir de recursos da Fundação de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

O projeto visa o potencial da fibra do caroço do açaí na produção de embalagens, que podem ser utilizadas na indústria de cosméticos, farmacêutica, alimentícia. “Hoje fazemos um protótipo desses papéis, porque precisamos descobrir a melhor forma de produção e aí sim pensar num escalonamento de produção”, explica Bufalino.

Os estudos iniciais focam na fibra do caroço do açaí, mas há a possibilidade de que sejam utilizadas outras fibras de plantas amazônicas.  “A estrutura que temos vai permitir que futuramente possamos diversificar e testar outras matérias-primas, como o Miriti; cipó titica, Paricá, tachi branco, são várias possibilidades”, afirma.

Os pesquisadores já conseguiram produzir o papel de forma eficiente, agora estão realizando testes para verificar o quanto o produto é resistente.

“Iniciamos os teste de resistência mecânica, para verificar se ele ele aguenta força, se rasga fácil, se em contato com a água ele desmancha rápido. São testes científicos que vão dar suporte para para o desenvolvimento da tecnologia”.

O caroço, recolhido junto a batedores de açaí da cidade, precisa passar por um tratamento antes que vire papel. É preciso lavá-lo, secá-lo e depois separar as fibras. 

“Nesse primeiro processo há um grande potencial de envolvimento e parceria de cooperativas e das comunidades nessa separação, porque para a fabricação do papel precisamos de fibra em muita quantidade”, diz.

A equipe também está planejando o desenvolvimento de máquinas que possibilitem essa remoção e auxiliem no processo, visando a transferência dessa tecnologia para mais pessoas.

 

Etapas para a produção do papel

Com as fibras em mãos, o papel pode ser produzido em três dias, passando por oito equipamentos na linha de produção.

O primeiro processo se chama polpação ou cozimento, um processo em alta temperatura, pressão e com reagentes químicos. É um processo que serve para isolar a celulose.

A partir disso é preciso fazer uma limpeza dessa polpa, em um processo chamado depuração, onde será coletada qualquer sujeira ou fibra que não foi bem despolpada e precisa ser limpa. Depois disso é feito um refino, que serve para deixar a fibra mais reativa, o que dá uma resistência melhor ao papel. Então é feito o processo de formação da folha, onde são usados quatro equipamentos, incluindo uma prensa de folhas;

Aí se tem o papel pronto.

 

Óleo amazônicos

 Outra etapa do projeto é associar esse papel à óleos amazônicos bem conhecidos na região, como a copaíba e a andiroba. Lina Bufalino explica que esses óleos poderiam agregar ao papel capacidade antifúngicas antibacterianas, por exemplo, o que seria interessante para a indústria de cosméticos.

“Ultimamente também estamos fazendo alguns papeis com valor decorativo, então seria interessante esses aromas para a identidade de papéis da Amazônia”, observa.

Para esses estudos é necessário um Nanofibrilador, equipamento que deve chegar ainda esse ano ao laboratório.

 

O caroço que fica

Enquanto a fibra tem potencial para produtos de maior valor agregado, ainda assim sobra o caroço. Segundo a pesquisadora, o caroço apresenta enorme potencial de virar bioenergia e biocarvão, ambas pesquisas que também são feitas pelo grupo.

“Bioenergia seria a queima direta do resíduo para produção de energia, algumas empresas já fazem isso”. Ela explica que para a bioenergia é necessário que tenha muita disponibilidade de resíduo (biomassa), o que é o caso do caroço.

O caroço também tem alta densidade, o que significa que num pequeno volume de caroço há bastante massa e consequentemente bastante energia estocada. “ Na prática isso significa maior rendimento energético ou maior rendimento em carvão vegetal”.

Já na produção como carvão, o Biochar, o caroço tem a vantagem de ter um tamanho regular, o que possibilita que a carbonização seja feita de modo regular. Mas é preciso ter cuidado com a carbonização, a partir de um processo chamado pirólise. “É um processo que temos que ter a presença controlada ou ausência de oxigênio. Se não tiver isso, a biomassa vira cinza, para ela virar carvão, essa degradação térmica tem que ser controlada”, explica.

O Biochar tem sido utilizado na agricultura, especialmente como potencial para recuperação de solos degradados e como retenção de carbono, estimulando os chamados créditos de carbono. O projeto também é desenvolvido por outros pesquisadores da universidade.

Lina Bufalino explica que o maior desafio com relação à bioenergia e biocarvão é a alta umidade do caroço. Mas a equipe já tem esse trabalho em andamento, testando formas de secagem para acelerar esse processo. “Além de perspectivas futuras, como secadores solar”, diz a professora.

Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra

Brasil : ONS estima que horário de verão trará economia de até R$ 1,8 bi
Enviado por alexandre em 25/09/2024 00:26:22

Números constam em estudo divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico

Brasil pode retomar o horário de verão Foto: Pexels/Joseph Redfield

Estudo divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que, se o Brasil retomar o horário de verão, os consumidores brasileiros podem ser beneficiados com uma economia de até R$ 1,8 bilhão a partir de 2026. Já os impactos para 2024 e 2025 foram avaliados em cerca de R$ 400 milhões.

O governo cogita retomar a medida para preservar o sistema elétrico brasileiro devido ao agravamento da seca. Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que iria recomendar a medida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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No estudo do ONS, a volta do horário de verão poderia trazer uma redução de até 2,9% da demanda por energia nos horários de pico de consumo de energia.

Na última semana, o ministro de Minas e Energias, Alexandre Silveira disse que já tinha conversado com Lula sobre o tema e que uma decisão seria tomada em breve. Ele afirmou ainda que a recomendação pela volta do horário de verão levou em conta critérios técnicos e científicos.

– Hoje, não temos problema de geração de energia, mas temos um momento do dia, entre 18h e 21h, que temos que despachar quase na totalidade o nosso parque térmico. E isso custa mais e estressa mais o sistema. Então, temos que considerar a economia para o consumidor e a confiabilidade do sistema – ressaltou.

 

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