Ciência & Tecnologia : Telescópio IXPE da NASA desvenda teorias da supernova SN 1006
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Enviado por alexandre em 01/11/2023 10:36:55 |
Foto: Reprodução IXPE O telescópio Imaging X-ray Polarimetry Explorer (IXPE) da NASA revelou os segredos enigmáticos do remanescente de supernova SN 1006. As primeiras imagens de raios-x polarizados mostraram que os campos magnéticos e partículas de alta energia vêm de estrelas em explosão. O principal autor do estudo, o Dr. Ping Zhou, da Universidade de Nanjing, considera o IXPE uma ferramenta indispensável para desvendar os mistérios dos campos magnéticos. Ele afirma que, "Os campos magnéticos há muito escapam à medição precisa, mas o IXPE agora oferece um meio eficiente de sondá-los. Nossas descobertas revelam que os campos magnéticos do SN 1006 não são apenas turbulentos, mas também exibem uma organização distinta." A estrela SN 1006, localizada na constelação de Lupus, é o único remanescente de uma grande explosão que aconteceu quando duas estrelas brancas se fundiram e uma delas sugou muita massa da estrela companheira. Veja também Prefeitura cria ferramenta para coleta eficaz e segura de dados relacionados à saúde Cibersegurança: os riscos crescem, mas os investimentos nem tanto O fenômeno foi testemunhado pela primeira vez em 1006 d.C., sendo visível a olho nu na China, no Japão, na Europa e no mundo árabe por um período de três anos e até hoje, ainda é o evento estelar mais brilhante registrado na história da humanidade. Douglas Swartz, pesquisador do Marshall Space Flight Center, ressalta que a proximidade e a luminosidade do SN 1006 nos raios-x o tornam um objeto ideal para IXPE. Os pesquisadores teorizaram que a estrutura do SN 1006 está ligada à orientação do campo magnético. A supernova, especialmente nas direções nordeste e sudoeste, se alinha com o campo magnético e acelera eficientemente. Os resultados demonstram uma ligação crucial entre os campos magnéticos e a saída de partículas de alta energia do remanescente. Apesar dos campos magnéticos na casca do SN 1006 parecerem um tanto desorganizados, as observações do IXPE sugerem uma direção mais prevalente. À medida que a onda de choque da explosão inicial se propaga pelo gás circundante, os campos magnéticos se alinham ao seu movimento. Partículas carregadas ficam presas nesses campos magnéticos, recebendo rápida aceleração. Estas partículas aceleradas de alta energia, por sua vez, infundem energia nos campos magnéticos, mantendo a sua força e turbulência. Desde o seu lançamento em dezembro de 2021, o IXPE examinou três remanescentes de supernovas: Cassiopeia A, Tycho e agora SN 1006. Quando os pesquisadores compararam os três remanescentes, descobriram que o SN 1006 apresenta uma polaridade maior do que os outros, mas todos eles revelaram campos magnéticos que se estendem para além do centro da explosão. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram Mantenha-se atualizado sobre as últimos estudos astronômicos aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para descobrir também como as lentes dos telescópios contribuíram para a evolução da astronomia. Fonte: Tech Mundo LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : Pesquisadores dos EUA observam e explicam sobre a Menopausa em primatas
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Enviado por alexandre em 31/10/2023 10:25:39 |
Foto: Reprodução Menopausa é o termo médico para o último ciclo menstrual de uma mulher, que marca o fim do período reprodutivo e geralmente acontece entre 45-55 anos de idade. É um fenômeno muito bem documentado em fêmeas humanas, e em algumas espécies de baleias. Pessoas que menstruam já nascem com um número determinado de folículos (células reprodutivas) nos ovários, que vão se desenvolver em óvulos desde a primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa). Recentemente, um grupo de pesquisadores dos EUA conseguiu, pela primeira vez, observar menopausa em primatas não humanas: chimpanzés. Isso quebrou alguns paradigmas. Veja também Anvisa cancela registro de medicamento para paciente com falciforme Demência: 40% dos casos estão ligados a 8 fatores de risco que podem ser modificados, diz Oxford; veja lista A existência da menopausa é uma espécie de enigma: se a evolução “premia” quem deixa mais descendentes, qual o sentido de pôr um fim na fertilidade feminina? Durante muito tempo, acreditou-se que a menopausa entre humanas (e baleias) poderia ser explicada pela “hipótese da vovó”: as fêmeas mais velhas, já sem filhos pequenos para cuidar, ajudam as mais novas, aumentando a probabilidade de sobrevivência da linhagem. Outra hipótese é a do conflito reprodutivo, em que a menopausa eliminaria a competição entre as gerações de fêmeas. O estudo recente desafia ambas as hipóteses. Os cientistas observaram 185 fêmeas de chimpanzé na comunidade Ngogo, no parque nacional de Kibale, Uganda, durante 21 anos, de 1995 a 2016. Neste período, registraram o número de anos em que as fêmeas sobreviviam após o último filhote, e para comprovar a menopausa, retiraram amostras de urina periodicamente, medindo os hormônios. Verificou-se que as fêmeas Ngogo passam, em média, 20% de suas vidas no período pós-menopausa. Ainda que não seja tão longo quanto nas humanas, que podem passar mais de 40% da vida na etapa pós-menopausa, ou de baleias orca, 30%, ainda assim é muito mais do que o quase zero observado anteriormente para a maioria das espécies de primatas não humanos. Um aspecto que certamente facilitou esta observação – e que pode comprometer os resultados – é de que a população de chimpanzés Ngogo realmente vive mais tempo do que outras. Isso pode ser por uma série de motivos, incluindo a ausência de predadores (animais e humanos) no parque. A abundância de alimento na área também ajuda. A comunidade Ngogo fica mais para o centro do parque, longe do contato humano, o que protege esses chimpanzés de doenças transmitidas pelo Homo sapiens. Pode ser que outras populações de primatas, se em condições desse tipo, também possam apresentar menopausa. Isso reforça o questionamento sobre a origem da menopausa, e se traz alguma vantagem adaptativa. Pode ter aparecido na história da evolução muito antes do que imaginávamos. A hipótese da vovó fica abalada depois deste estudo, já que as fêmeas jovens de chimpanzé deixam suas comunidades natais e não têm contato próximo com suas mães e avós, como acontece em comunidades humanas. Claro que isso não exclui a possibilidade de que mesmo assim seja uma vantagem para populações humanas, e talvez seja um fator que possibilite um período não reprodutivo pós-menopausa tão longo. Mas certamente põe em xeque toda uma família de explicações simplistas, supostamente “baseadas na teoria da evolução”, para a menopausa, incluindo a de que o fenômeno só existe em humanas, e só porque as avós ajudam a cuidar dos netinhos. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter, Youtube e no Instagram. Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram É sempre interessante ver a ciência contribuindo para desafiar mitos que, mesmo que contenham um grão de verdade, contribuem para justificar uma noção patriarcal da realidade e jogam sobre a mulher obrigações e expectativas supostamente “impostas pela natureza”. Fonte:OGlobo LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : Lua pode ser 40 milhões de anos mais velha do que se pensava
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Enviado por alexandre em 28/10/2023 11:10:58 |
Foto: Reprodução Uma pesquisa liderada por Jennika Greer, da Universidade de Glasgow, utilizou novos métodos para analisar as amostras de rochas trazidas da Lua durante a missão da Apollo 17, de 1972. Mais de 50 anos depois, o avanço tecnológico permitiu uma nova investigação que trouxe uma importante descoberta. Segundo os pesquisadores, a Lua é 40 milhões de anos mais antiga do que se pensava. A pesquisa foi publicada na revista Geochemical Perspectives Letters. Veja também O universo observável pode ser um buraco negro, diz astrofísico Cientistas identificam camada de rocha derretida no interior profundo de Marte COMO O ESTUDO FOI REALIZADO? Para determinar a idade da Lua, os cientistas usaram uma nova tecnologia para a análise de amostras do mineral zirconita, ou zircão, trazido da Lua. Ele contém urânio que sofre decaimento radioativo e vira chumbo em um ritmo constante. Com isso, a proporção entre chumbo e urânio nas amostras pode determinar a tempo da formação do material. Até então, achava-se que a lua poderia ter 4,42 bilhões de anos com uma taxa de erro de 31 milhões de anos. O problema é que não havia meios de determinar se o chumbo presente era consequência da decomposição ou se ele simplesmente estava lá. O novo estudo analisou a zirconita com a chamada tomografia por sonda atômica. A técnica consiste na evaporação individual de átomos, permitindo identificar sua origem. Assim, foi possível descobrir que a Lua tem cerca de 40 milhões de anos a mais do que a mais antiga datação encontrada anteriormente. Isso coloca a sua formação em aproximadamente 4,57 bilhões de anos atrás, ou seja, cerca de 110 milhões de anos depois do surgimento do Sistema Solar. Segundo os próprios pesquisadores, a descoberta indica que a Lua tem pelo menos esta idade, ou seja, há grandes possibilidades que material muito mais antigo ainda seja descoberto. Outra observação dos cientistas é sobre a importância da coleta extensiva de material e do arquivamento correto — afinal, passaram-se mais de 50 anos para que a tecnologia pudesse chegar ao ponto de fazer uma análise mais precisa. COMO SE FORMOU A LUA? Fotos:Reprodução No início do Sistema Solar, a Terra vagava ao redor do Sol como um planeta jovem, sem um satélite. A teoria mais aceita é que em algum momento, há cerca de 4,5 bilhões de anos, um corpo do tamanho de Marte atingiu a Terra. A força do impacto fundiu as formações e o planeta foi coberto por um oceano de magma. O impacto também fez uma pequena massa (comparado ao tamanho da Terra) se soltar e entrar em órbita. Ao longo de milhões de anos, o magma dessa rocha foi esfriando e a Lua ganhou o formato que conhecemos. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram O endurecimento do magma ocorreu em diferentes períodos, formando diferentes partes do manto e da crosta do satélite. Encontrar as amostras de minerais desses períodos permite datar com mais precisão a idade da Lua e, de certa forma, entender melhor a história do Sistema Solar. Fonte:MegaCurioso LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : O universo observável pode ser um buraco negro, diz astrofísico
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Enviado por alexandre em 26/10/2023 11:02:49 |
Foto: Reprodução Compreender a estrutura do Universo e sua evolução é um dos desafios mais emocionantes da ciência. Recentemente, estudiosos empreenderam uma tarefa ambiciosa: criar um gráfico que representasse a relação entre a massa e o raio de todos os objetos do Universo observável. Os resultados deste esforço intrigante lançam luz sobre áreas "proibidas" da física e questionam se o Universo poderia ser um gigantesco buraco negro. Veja também Cientistas identificam camada de rocha derretida no interior profundo de Marte Astrônomos lançam atlas cósmico com 380 mil galáxias próximas A ESCALA UNIVERSAL O gráfico log-log criado por Dr. Charles Lineweaver e o estudante de graduação Vihan Patel é uma representação única e abrangente das dimensões do Universo. Ele abrange desde as menores partículas até os maiores aglomerados de galáxias, permitindo-nos visualizar o Universo em toda a sua glória. Este gráfico revela áreas que desafiam as leis conhecidas da física. Em particular, as regiões onde a mecânica quântica e a gravidade se confrontam, criando zonas de incerteza e complexidade que desafiam nossa compreensão da natureza fundamental da realidade. A LINHA QUE DIVIDE Um dos aspectos mais significativos do gráfico é a linha preta que separa a área marcada como "proibida pela gravidade" do espaço onde encontramos objetos familiares, incluindo buracos negros. Conforme a massa de um buraco negro aumenta, sua densidade diminui, formando uma relação bem estabelecida na física. O UNIVERSO COMO UM BURACO NEGRO Fotos:Reprodução Surpreendentemente, o gráfico sugere que todo o Universo observável, dentro do chamado raio de Hubble, ou horizonte cosmológico, também se encontra nessa linha. Isso levanta a questão intrigante: o Universo pode ser um gigantesco buraco negro? Embora essa ideia não seja nova, as descobertas de Lineweaver e Patel fornecem uma perspectiva única. A semelhança entre o Universo observável e um buraco negro é notável. Ambos têm um horizonte de eventos que delimita o que podemos observar e interagir, sugerindo paralelos surpreendentes entre esses conceitos aparentemente distintos. DESAFIOS E IMPLICAÇÕES A teoria de que o Universo é um buraco negro não é simples. Ela requer a suposição de que tudo fora do raio de Hubble é um espaço de densidade zero, o que não é uma ideia universalmente aceita na cosmologia. Além disso, o gráfico levanta questões sobre os primórdios do Universo ao sugerir que o ele pode ter começado com tamanho e massa específicos, em oposição à ideia de uma singularidade com densidade e temperatura infinitas associada ao Big Bang. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram A criação do gráfico por Lineweaver e Patel é um marco na exploração da estrutura do Universo. Suas descobertas nos fazem questionar como isso se encaixa nas complexas interações entre a relatividade geral e a mecânica quântica. Independentemente de onde essa discussão nos leve, a jornada para compreender as profundezas do cosmos é fascinante e promete continuar a surpreender com sua complexidade e mistério. Fonte: MegaCurioso LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : Rocha coletada por astronautas da Apollo 17 revela a idade da Lua
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Enviado por alexandre em 24/10/2023 00:23:06 |
Foto: Reprodução Na última vez que seres humanos pisaram na Lua, durante a missão Apollo 17, em 1972, os astronautas norte-americanos Harrison Schmitt e Eugene Cernan coletaram cerca de 110,4 kg de amostras de solo e rochas que foram trazidos à Terra para estudos posteriores. Meio século depois, cristais do mineral zircão dentro de um fragmento de rocha ígnea de granulação grossa coletado por Schmitt estão fornecendo aos cientistas uma compreensão mais profunda sobre a formação da Lua e a idade exata do parceiro celestial da Terra. A Lua é cerca de 40 milhões de anos mais velha do que se pensava anteriormente, tendo se formado há mais de 4,46 bilhões de anos —110 milhões de anos após o nascimento do sistema solar—, disseram cientistas nesta segunda-feira, com base em análises dos cristais. Veja também Lua é 40 milhões de anos mais velha do que se pensava, diz estudo Rãs fêmeas se fingem de mortas para não fazer sexo, diz novo estudo A principal hipótese para a formação lunar é que, durante o início caótico da história do sistema solar, um objeto do tamanho de Marte chamado Theia colidiu com a Terra primordial. Isso lançou magma —rocha derretida— no espaço, formando um disco de detritos que orbitou a Terra e se aglutinou na Lua. Mas o momento exato da formação da Lua tem sido difícil de determinar. Os cristais minerais foram capazes de se formar depois que o magma esfriou e se solidificou. Os pesquisadores usaram um método chamado tomografia por sonda atômica para confirmar a idade dos sólidos mais antigos conhecidos que se formaram após o impacto gigante, os cristais de zircão dentro do fragmento de um tipo de rocha chamado norito coletado por Schmitt. "Adoro o fato de esse estudo ter sido feito em uma amostra que foi coletada e trazida para a Terra há 51 anos. Naquela época, a tomografia por sonda de átomo ainda não havia sido desenvolvida e os cientistas não teriam imaginado os tipos de análises que fazemos hoje", disse o cosmoquímico Philipp Heck, diretor sênior de pesquisa do Field Museum de Chicago, professor da Universidade de Chicago e autor sênior do estudo publicado na revista Geochemical Perspectives Letters. "É interessante notar que todos os minerais mais antigos encontrados na Terra, em Marte e na Lua são cristais de zircão. O zircão, e não o diamante, dura para sempre", acrescentou Bidong Zhang, cientista planetário da UCLA e coautor do estudo. A rocha que contém o zircão foi coletada no vale Taurus-Littrow, na borda sudeste do Mare Serenitatis (Mar da Serenidade) lunar, e armazenada no Centro Espacial Johnson, da Nasa, em Houston (EUA). Um estudo liderado por Zhang, publicado em 2021, usou uma técnica chamada análise de microssonda iônica para medir quantos átomos de urânio e chumbo havia nos cristais, calculando a idade do zircão com base no decaimento do urânio radioativo em chumbo ao longo do tempo. Essa idade precisava ser confirmada por outro método devido a uma possível complicação envolvendo átomos de chumbo se houvesse defeitos na estrutura do cristal de zircônio. O novo estudo usou a tomografia por sonda atômica para determinar que não havia complicações envolvendo os átomos de chumbo, confirmando a idade dos cristais. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram "O impacto gigante que formou a Lua foi um evento cataclísmico para a Terra e mudou a velocidade de rotação da Terra. Depois disso, a Lua teve um efeito na estabilização do eixo de rotação da Terra e na diminuição da velocidade de rotação", disse Heck. "A data de formação da Lua é importante, pois somente depois disso a Terra se tornou um planeta habitável." Fonte:Folha de São Paulo LEIA MAIS |
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