Porto Velho, RO – Por fora, o governador de Rondônia é Coronel Marcos Rocha, do PSL. Por dentro, ou seja, tanto nas suas entranhas políticas quanto pelos corredores do Palácio Rio Madeira, seu DNA pertence a Jair Bolsonaro – correligionário e presidente da República.
Não surpreende.
Desde as eleições de 2018, Rocha, que havia passado como titular na pasta da Justiça durante a gestão Confúcio Moura (MDB) e, antes disso, na municipal de Educação pertencente à administração Mauro Nazif (PSB) em Porto Velho, o chefe do Executivo delimita suas ações de acordo com as deliberações de Brasília.
Da esquerda, passando pelo centro e agora montado no cavalo retórico da nova direita brasileira, o governador regozija-se no conforto seguindo sempre, ipsis litteris, as esteiras de qualquer propositura advinda do Planalto.
Em uma recente entrevista publicada em seu perfil no Facebook, Marcos Rocha fala sobre o posicionamento de Bolsonaro acerca do Fundo Amazônia e, assim como o presidente, rechaça auxílio financeiro internacional se o dinheiro for utilizado por ONGs, não pelo Estado brasileiro.
A repórter pergunta, logo em seguida, se o posicionamento de Rocha mudaria caso o presidente mudasse de opinião acerca do assunto.
Ele diz, logo após informar didaticamente por que não aceitaria “ingerência” internacional na Amazônia, que, sim, seguiria os passos do presidente sem pestanejar, não importando, no caso, se a lógica do discurso anterior cairia por terra ou não.
Documento divulgado pelo Ministério do Turismo revela novo número de municípios turísticos do estado de Rondônia. Ferramenta de mapeamento dos municípios permite direcionamento mais eficaz das políticas do setor
O Mapa do Turismo de Rondônia mudou. O Ministério do Turismo divulgou na segunda feira (26), no Diário Oficial da União, o novo Mapa do Turismo Brasileiro 2019-2021.
Ao todo, 2.694 cidades de 333 regiões turísticas do país foram incluídas na atualização da plataforma. Em Rondônia, são 25 municípios no Mapa do Turismo. O estado conta com sete regiões turísticas: Polo Turístico Madeira Mamoré, Polo Turístico Vale do Jamari, Polo Turístico Caminho das Águas, Pólo Turístico Rios de Rondon, Polo Turístico Vale do Guaporé, Pólo Turístico dos Fortes e Pólo Turistico Zona da Mata.(Veja mapa).
Este ano, infelizmente tivemos a saída de alguns municípios de grande relevância e importância e adesão de outros, o motivo pelos quais alguns municípios não integraram o Mapa, deve-se ao fato de que não cumpriram os critérios exigidos pelo governo federal.
Além da necessidade de o município ter um órgão de turismo em atividade e o conselho municipal de turismo em funcionamento, o novo mapa adotou critérios obrigatórios para participação na plataforma.
O prazo para envio da documentação iniciou em março deste ano, com ampla divulgação aos municípios. Somente depois disso o MTUR analisa e divulga as cidades que preencheram os requisitos. Este redimensionamento contribui para melhorar a capacidade do Ministério do Turismo de atuar de forma coordenada com os estados, regiões turísticas e municípios, para desenvolver e consolidar novos produtos e destinos turísticos.
SOBRE O MAPA
O Mapa do Turismo Brasileiro é um instrumento de orientação para a atuação do Ministério do Turismo no desenvolvimento de políticas públicas, tendo como foco a gestão, estruturação e promoção do turismo, de forma regionalizada e descentralizada. Sua construção é feita em conjunto com os órgãos oficiais de Turismo dos estados brasileiros.
Os 25 municípios de Rondônia presentes no Mapa do Turismo se dividem em cinco categorias, de acordo com a Categorização dos municípios das Regiões Turísticas do Mapa do Turismo Brasileiro. O instrumento, elaborado pelo MTur, identifica o desempenho da economia do turismo para tornar mais fácil a identificação e apoio a cada um.
Confira como ficou o mapa do turismo de Rondônia, por categoria:
Thaynara OG e Gustavo Mioto falam sobre término: “Histórias inventadas”
Os dois provaram que o carinho prevalece entre eles
Nesta quarta-feira (21), Thaynara OG e Gustavo Mioto anunciaram, através de um comunicado, o fim do namoro de quase um ano. Após muitos boatos surgirem, tentando justificar o motivo do término, a influencer e o cantor decidiram se manifestar mais uma vez.
Thaynara OG e Gustavo Mioto
Thaynara OG e Gustavo Mioto (Reprodução/Instagram)
“Entendo que vocês queiram saber isso por mim. Não estou namorando, mas tá tudo bem comigo e queria agradecer todas as mensagens de carinho”, escreveu Thay em seus Stories. “Foi mais um relacionamento que não deu certo como tantos outros, então bola pra frente. Histórias inventadas em um momento em que se precisa de empatia e respeito só machucam todo mundo. Isso tá tomando uma proporção desnecessária e que me assusta”, completou. Eita!
A influencer e apresentadora ainda aproveitou para deixar um recado fofo para o ex, e deixou claro que as coisas acabaram de forma amigável. “Torço muito pelo Gustavo, tenho um carinho enorme pela família dele e nada vai apagar os bons momentos que compartilhamos. Então só peço respeito e que não acreditem nessas histórias infundadas”, finalizou.
O cantor, por sua vez, compartilhou os Stories de Thay em sua conta e ainda adicionou alguns elogios para ela. “Faço das palavras dela as minhas. Infelizmente, não foi nossa hora. Mas tenho e pra sempre terei o maior carinho do mundo pela Thay e pela família dela! Todos são incríveis e me trataram bem desde o início”, começou.
Ele ainda mandou um shade para aqueles que ficaram inventando histórias sobre os dois. “A Thay é uma mulher incrível e não merece nada desse lixo tóxico que os juízes morais das redes sociais vomitam aqui. Peço empatia e mais Deus no coração das pessoas ruins. Thaynara, conta comigo pra tudo. Pra sempre vou estar aqui pra ti!”, terminou.
Biografia
Data de nascimento
12 Março 1997 (idade 22)
Local de nascimento
Votuporanga, São Paulo, Brasil
Gustavo Mioto, nascido em Votuporanga(12/03/1997), é um cantor de pop nacional. Apesar de ser considerado uma promessa do sertanejo, foi com uma canção de Rock Alternativo que levou a fama nacional, a aclamada Impressionando os Anjos. Já gravou canções de indie/mpb como Contramão, porém boa parte de seu repertório é focado unicamente no sertanejo. Filho do renomado Marcos Mioto, ensinou tudo que sabia ao filho, que herdou um talento nato na composição e no arranjo instrumental, porém sua voz fica sempre abaixo da média sertaneja, mas isso não impediu de o transformar numa promessa, que hoje vale a pena escutar suas músicas a fio.
Thaynara é o primeiro fenômeno brasileiro nascido e criado no Snapchat, rede que já lançou pessoas ao sucesso no exterior, como o americano Shaun McBride, conhecido como Shonduras, e o norueguês Geir Ove Pedersen, o Geeohsnap, que se tornaram famosos ao usar a rede social para criar ilustrações que uniam fotos e os recursos do aplicativo. Hoje, as postagens da maranhense no app recebem cerca de 700.000 visualizações no período de 24 horas. Nas outras redes sociais, ela também já fincou os dois pés: tem cerca de 1 milhão de seguidores no Instagram e mais de 140.000 no Facebook.
Advogada formada pela Universidade Federal do Maranhão em março de 2015, Thaynara saiu do anonimato meses depois de deixar a faculdade, graças a vídeos engraçadinhos em que comentava a rotina, dava conselhos e apresentava amigos solteiros aos seguidores, na tentativa de promover um romance. Tudo feito com bom humor, desenvoltura e alguns poucos recursos de edição que o aplicativo disponibiliza, como zoom, filtros e textos sobre as imagens. “A Thaynara é muito engraçada, espontânea e autêntica, e criou uma estética própria no aplicativo”, afirma Luiz Felipe Barros, sócio da Digital Stars, empresa especializada em agenciar influenciadores digitais.
Usuária do Snapchat desde 2012, quando o aplicativo contava um ano de vida, Thaynara passou a investir mais no seu perfil no ano passado. “Depois de formada, comecei a estudar para o concurso da Defensoria Pública da União (DPU). Eu me sentia muito sozinha, então passei a contar o meu dia a dia no Snapchat”, diz. Seu perfil, inicialmente restrito a amigos, foi liberado ao público em outubro de 2015 e, já em dezembro, Thaynara começou a sentir o gostinho do sucesso. “Levei um susto quando a atriz Camila Queiroz falou no Snap dela que tinha aprendido a usar o recurso do zoom comigo. Nesse momento, eu percebi que era seguida por pessoas que eu jamais tinha imaginado.”
A mudança afetou a produção de Thaynara, que tem até quadros no Snapchat. Seções como Thay Responde, em que fala dela mesma e dá conselhos aos seguidores, e Bastidores, em que mostra, como o nome já diz, os bastidores das gravações dos snaps, ainda existem. Mas ela já não sai gravando as pessoas bonitas que vê ao andar pelas ruas de São Luís nem interage com uma prima de 10 anos em vídeo, esquetes recorrentes antes de ela se tornar um fenômeno de audiência. “Não consigo mais fazer o Alerta Magia porque as pessoas me reconhecem. E, no caso da minha prima, como ela é criança, menor de idade, acho complicado expor.”
Thaynara também se preocupa com os pequenos do outro lado da tela. Ao perceber que era seguida por crianças, começou a ter mais cuidado com o que diz nas redes sociais. “Sei que criança repete tudo o que vê. Então, não falo palavrão, por exemplo. Para fazer uma coisa divertida, o que vale é a criatividade.” Ela também não fala de assuntos controversos, como religião e política, que podem dividir os fãs. “Não que eu não tenha minhas opiniões, mas acho que o Snap não é lugar para isso. Você segue as pessoas para espairecer, ninguém está me acompanhando para me ter como formadora de opinião.”
$napchat – Até o início do ano, Thaynara encarava o Snapchat como um hobby e esperava se estabelecer no Direito, sua área de formação. “Estagiei por mais de um ano na DPU, onde tinha contato com pessoas e suas histórias, e gostava muito disso”, diz. Após decidir prestar concurso, ela passou a fazer cursinho e também a atuar como advogada – o concursado precisa ter pelo menos três anos de prática jurídica para assumir o cargo.
Em 2016, o plano do concurso caiu para segundo plano quando a maranhense se viu valorizada e requisitada por marcas e empresas interessadas em estabelecer parcerias. Já em janeiro, ela não aguentava mais receber tantos telefonemas de propostas. Foi então que assumiu a condição de celebridade, com a contratação de um empresário para ajudá-la. “Passei a viajar muito e não conseguia mais ir às aulas do cursinho, tive que trancar. Não abandonei essa carreira de vez, mas deixei de lado por enquanto, porque não dá para conciliar.”
Até o momento, o que Thaynara ganhava como advogada parece não fazer falta. “Consigo me sustentar com o que faço. A partir do momento em que você tem um engajamento alto em qualquer rede social, desperta o interesse comercial de algumas empresas. É realmente possível ganhar dinheiro com a internet.” Sorrir em eventos, indicar tinturas de cabelo para os seguidores e “invadir” o Snapchat de empresas para divulgar seus perfis são alguns dos trabalhos da jovem.
Além de receber cachê por tudo isso – ela não revela valores, alegando se esquecer com “tanta coisa acontecendo” -, ela também é agraciada com presentes enviados por candidatos a uma ponta em seus vídeos. Os mimos, que vão de chocolates a notebooks, são abertos em sequências de snaps, dentro do quadro Coisas Grátis. Ela, no entanto, sabe que seus seguidores não gostam muito desse tipo de postagem. “Sei que vocês vão pular os próximos vídeos. Nas Coisas Grátis, só os fortes me acompanham”, costuma dizer ao anunciar o quadro.
O Coisas Grátis não é exclusividade de Thaynara – o nome é criação sua, mas a prática é adotada por diversas celebridades e blogueiras, como Bruna Marquezine, Anitta e Kéfera Buchmann, que usam a rede social para promover marcas pelas quais são contratadas ou das quais recebem mimos. Também empresas, como Bradesco e Nike, criaram seus próprios perfis no aplicativo na tentativa de chegar a novos potenciais clientes, principalmente o público jovem, já que nos Estados Unidos, por exemplo, 60% dos americanos com idades entre 13 e 38 são usuários dessa rede social. E o Snapchat só vem crescendo: segundo reportagem da agência de notícias Bloomberg, o aplicativo possui 150 milhões de usuários ativos diariamente em todo o mundo, número que já o coloca à frente do Twitter.
O lider comunitário Ivan Bezerra de França, de 47 anos, mais conhecido por “Ceará da Assossete”, foi preso na tarde desta quarta-feira, 28, na cidade de Ministro Andreazza.
Conforme Boletim de Ocorrência (BO) 154216/2019, uma guarnição da Polícia Militar (PM), foi chamada pela vítima T.M.B, de 81 anos, no qual contou que tinha sido vítima de violência sexual em sua casa localizada na Avenida Bahia no centro da cidade.
A idosa disse que estava sozinha na residência quando um homem trajando calça jeans, camiseta cinza, tênis e boné teria chamado em frente seu portão que estava entreaberto.
Segundo a vítima, o homem comercializava produtos para limpeza. A idosa falou que não tinha interesse em olhar seus produtos, porém, o suposto autor dos fatos teria insistido, e na negativa da vítima em ver os produtos, Ceará teria pedido que a mesma lhe desse um copo com água.
Contudo, a vítima foi até a cozinha que fica nos fundos da casa e quando foi até a geladeira pegar a água para servir, percebeu que Ceará estava dentro da sua cozinha, e então perguntou a ela se tinha mais alguém na residência, a vítima respondeu que não, e, com isso, Ceará teria a agarrado e a beijado contra sua vontade, além de passar as mãos nas suas partes íntimas, alem disso, abriu o zíper da calça mostrando o pênis para ela sugerindo que a mesma mantivesse relação sexual com ele.
Assim que Ivan saiu do imóvel, a vítima rapidamente chamou a polícia e contou o que houve, passando as características do suposto agressor.
Diante dos fatos, a Rádio Patrulha fez contato com restaurantes da cidade onde levantou informações que um vendedor de produtos para limpeza com as mesmas características informadas pela vítima estaria circulando pelas ruas oferendo tais produtos nas residências e que estaria em um veículo Fiat Uno, de cor vermelha placa NDL-1264/Vilhena.
Com isso, os militares localizaram o suspeito e o abordaram, sendo identificado como Ivan Bezerra de França, de 47 anos, no qual afirmou aos policiais ser vendedor de produtos para limpeza. Ivan recebeu voz de prisão e foi levado para a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp).
Ainda de acordo com o BO, durante o registro da ocorrência a Polícia Civil havia recebido informações de outra vítima, sendo que o suposto autor teria procedido da mesma maneira.
O veículo foi removido ao pátio da Ciretran por nao ter seu CRLV emitido uma vez possuir restrição cadastrada junto ao Detran RO.
O Extra de Rondônia deixa espaço caso Ivan Bezerra de França, ou seu representante legal queira se pronunciar sobre o assunto.
Data contrapõe o histórico apagamento sofrido por mulheres lésbicas dentro do movimento LGBTI+ e feminista; mobilização no Brasil completa 40 anos em 2019
Em contraposição ao histórico apagamento das vivências e do trabalho feito pelas mulheres lésbicas dentro do movimento LGBTI+ e do movimento feminista, em 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica . Estabelecida por ativistas brasileiras, a data denuncia, além da invisibilização, as diversas violências psicológicas, simbólicas, físicas e econômicas sofridas por mulheres lésbicas em todos os espaços da sociedade.
A data faz referência à realização do primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale) realizado no Rio de Janeiro, em 1996, para tratar de temas relacionados à violação de direitos das mulheres em razão da sua orientação sexual.
O tema é lembrado ao longo de todo o mês de agosto. No dia 19 do mesmo mês também é celebrado o Dia do Orgulho Lésbico, em memória à primeira grande manifestação de mulheres lésbicas no Brasil, ocorrida em 1983, em São Paulo. Naquela noite, ativistas do Grupo Ação Lésbica Feminista (Galf) ocuparam o Ferro’s Bar para protestar contra os abusos e preconceitos que vivenciavam no local.
O bar era um ponto de encontro na noite paulistana, onde ativistas LGBTs e artistas podiam fazer suas performances e vender seu trabalho. Porém, um mês antes, os donos do estabelecimento haviam vetado a distribuição do boletim “ChanacomChana”, primeira publicação ativista lésbica do Brasil, e expulsaram as autoras do local.
Na noite da manifestação, integrantes do Galf conseguiram entrar no bar e obter a promessa dos donos de que não seriam mais impedidas de distribuir a revista ali. A data é conhecida como o “Stonewall brasileiro”, em referência à histórica manifestação de gays, lésbicas e travestis contra a repressão policial em Nova York, em 28 de junho de 1969, que posteriormente daria origem ao Dia Internacional do Orgulho LGBT.
No Brasil, a organização lésbica se iniciou há 40 anos, em 1979, quando as mulheres passaram a integrar o grupo Somos — a primeira organização LGBT do país, criada um ano antes — e, na sequência, em maio daquele ano, fundaram o Grupo Lésbico-Feminista (LF). Alguns anos depois, remanescentes deste grupo criaram o Galf, em outubro de 1981. Entre as pioneiras deste movimento estão Rosely Roth e Míriam Martinho, que estavam à frente da mobilização no Ferro’s Bar, em 1983, e da publicação “ChanacomChana”.
— Dentro no movimento LGBT, as mulheres lésbicas nunca tiveram um protagonismo de fato, apesar de estarem historicamente ativas. Temos várias mulheres lésbicas muito fodas nos últimos 30 anos no Brasil, mas os homens sempre aparecem como protagonistas, justamente porque é um espaço que estão acostumados a ocupar — afirma a advogada Ananda Puchta , que representou o Grupo Dignidade no julgamento da criminalização da LGBTIfobia no STF, em fevereiro.
Neste mês de agosto, CELINA conversou com ela e com outras mulheres lésbicas sobre o que significa essa invisibilização. O apagamento lésbico é, ao mesmo tempo, causa e resultado da lesbofobia — a discriminação sofrida por mulheres lésbicas em função do seu gênero e orientação sexual. Ela se manifesta de diversas formas, desde o não reconhecimento das relações afetivas entre mulheres , passando pela hipersexualização dos corpos lésbicos, a negligência na área de saúde, até atos mais extremos, como o estupro corretivo e o lesbocídio.
Embora o Brasil não produza dados oficiais sobre a prevalência da violência contra mulheres lésbicas, algumas análises acadêmicas apontam para isso. O Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil, primeiro relatório nacional sobre o tema, realizado por pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e lançado no ano passado, apontou que 49 mulheres foram vítimas desse tipo de violência no país. Para as pesquisadoras Milena Peres, Suane Soares e Maria Dias, a lesbofobia existe como parte integrante do patriarcado.
— Nossas relações tendem a ser vistas como incompletas. Mesmo quando se reconhece a existência de uma relação afetivo-sexual, geralmente somos colocadas como “amigas que moram juntas” — afirmam as criadoras da revista “Brejeiras”, Camila Marins, Cristiane Furtado, Laila Maria, Luísa Tapajós e Roberta Cassiano. A publicação foi fundada em 2018 justamente com o intuito de combater esse apagamento.