Juiza citou relatos de delegadas, advogadas e servidoras. Juíza Patrícia Cunha Foto: Reprodução Época - Guilherme Amado Uma juíza de Sergipe afirmou que delegadas, advogadas e até servidoras do Judiciário já foram submetidas a um "teste do sofá" no ambiente de trabalho. As declarações ocorreram no ano passado, durante o painel "Gênero e a Feminização da Magistratura" no XXIII Congresso Brasileiro de Magistrados. "Meus colegas fazem às vezes o teste do sofá", disse a juíza Patrícia Cunha Paz Barreto de Carvalho, em maio de 2018. E emendou: "Ouço a história de várias carreiras, de delegadas, advogadas, advogadas com juízes, para uma liminar, servidoras, teste do sofá". No evento, a magistrada completou que as situações ocorrem de modo velado e escondido. Para choque do público, que fez burburinho, ela seguiu dizendo que "é muito delicado o tema, e não vem à tona. A gente ouve. Lógico que não vem a público. De repente você tem uma amiga servidora, então ela se sente à vontade para dizer. Mas é uma coisa velada, escondida, privada". Procurada pela coluna, a magistrada não quis comentar as denúncias que fez. "Isto é objeto de estudo somente em cursos que tratam do assunto", sobre "as várias dificuldades das mulheres magistradas", afirmou.
Foto: Marcelo Camargo - ABR Folha de S. Paulo - Painel Mônica Bergamo A cúpula da PF está segura de que o ministro da Justiça, Sergio Moro, apesar de estar até agora em silêncio, não tem condições de permanecer no cargo caso Bolsonaro leve adiante a ameaça de demitir o diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo. Mesmo que Moro não defenda a PF, a eventual saída de Valeixo por ordem do presidente seria uma humilhação superior a todos os outros constrangimentos por que o ministro tem passado. Entre os reveses do ex-juiz estão a retirada de indicados dele para o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico), a perda do Coaf, a unidade de inteligência financeira do Estado, a desidratação do projeto anticrime que tramita no Congresso —e a insistência de Bolsonaro em dizer que quem manda é ele, e não o ministro.
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