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Regionais : Anunciadas 18 mil vagas com salários de até R$ 31 mil para o novo "Mais Médicos" Profissionais do programa passarão por curso de dois anos e, se aprovados, contratação será regida pela CLT
Enviado por alexandre em 02/08/2019 09:53:11


O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinaram nesta quinta-feira (1º) a Medida Provisória que cria o programa Médicos pelo Brasil, que vai substituir o Mais Médicos.
No total, o programa terá 18 mil vagas, sendo cerca de 13 mil em cidades com dificuldade de acesso a médico. O governo informou que pretende ampliar em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos para municípios com "maiores vazios assistenciais". Segundo a pasta, 4 mil novas vagas serão prioritárias para as regiões Norte e Nordeste.
A MP, assinada em cerimônia no Palácio do Planalto, entra em vigor assim que publicada no "Diário Oficial da União". Para se tornar lei, o texto precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias.
O programa Médicos pelo Brasil deve substituir o programa Mais Médicos, criado em julho de 2013 pelo governo federal para fixar profissionais em regiões mal atendidas. O programa admite médicos formados em universidades brasileiras ou com diploma do exterior e profissionais estrangeiros.
Para ampliar a oferta de serviços médicos em locais de difícil provimento ou de alta vulnerabilidade, além de formar médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade, o Governo Federal lançou, nesta quinta-feira (1º/8), o Programa Médicos pelo Brasil. A estratégia ampliará em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos em municípios onde há os maiores vazios assistenciais na comparação com o programa Mais Médicos, sendo que as regiões Norte e Nordeste juntas têm 55% do total dessas vagas. Ao todo, serão 18 mil vagas previstas, sendo cerca de 13 mil em municípios de difícil provimento.
A Atenção Primária à Saúde (APS), onde os médicos do Programa Médicos pelo Brasil vão atuar, é a base do Sistema Único de Saúde (SUS), onde as doenças mais frequentes são acompanhadas, como diabetes, hipertensão e tuberculose. A proximidade da Equipe de Saúde da Família (ESF) com a comunidade permite que se conheça melhor o cidadão, garantindo maior adesão aos tratamentos e às intervenções médicas propostas. Assim, neste nível de atenção, é possível resolver cerca de até 80% dos problemas de saúde, sem a necessidade de intervenção na emergência de Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) ou de hospitais.
“A ampliação do acesso a esses serviços nas Unidades de Saúde da Família é prioridade do Governo Federal. Assim, vamos promover a qualidade de vida da população e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de atividade física, má alimentação, uso de tabaco, dentre outros. Também vai trazer para perto da comunidade serviços como consultas médicas, exames, vacinas, radiografias e pré-natal para gestantes”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

    Crédito: Foto: Marcos Corrêa/PR
MÉDICOS NAS ÁREAS MAIS CARENTES
O Governo Federal priorizará a participação de municípios em regiões carentes. Para isso, adotou metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que classifica as cidades em espaços rurais e urbanos, considerando o tamanho da população, densidade demográfica e distância de grandes centros urbanos. Assim, os municípios foram divididos em 5 categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos.
Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos, que concentram 3,4 mil cidades, e poderão incluir todas as equipes de Saúde da Família no Programa Médicos pelo Brasil. Todas as Unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) também serão consideradas como prioritárias.
Os municípios intermediários adjacentes e urbanos receberão médicos em USF consideradas de alta vulnerabilidade, a partir de critérios como proporção de pessoas cadastradas que recebam benefício financeiro do Programa Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou qualquer benefício previdenciário até o limite de dois salários-mínimos.
Os municípios que quiserem participar do Programa Médicos Pelo Brasil deverão assinar Termo de Adesão onde serão definidas pelo Ministério da Saúde as responsabilidades dos gestores municipais, especialmente quanto à oferta de estrutura adequada para a realização do trabalho do médico.
SELEÇÃO E CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS
Os médicos serão selecionados por meio de processo seletivo eliminatório e classificatório que contemplará duas funções diferentes: médicos de família e comunidade e tutor médico. Para a função de Médico de Família e Comunidade, serão selecionados médicos com registro no Conselho Federal de Medicina (CRM). Se aprovados na prova escrita, serão alocados em USF pré-definidas pelo Ministério da Saúde para realização do curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade.
Para a função de Tutor Médico serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica com CRM. Nessa modalidade, os profissionais aprovados na prova escrita já ingressam, por meio de contratação via CLT, e ficam responsáveis pelo atendimento à população nas USF a que foram designados e pela supervisão dos demais médicos ingressantes no Programa Médicos pelo Brasil, durante o período do curso de especialização.
REMUNERAÇÃO E GRATIFICAÇÃO
Ao longo dos dois primeiros anos no Programa Médicos pelo Brasil, os profissionais realizarão o curso de especialização, recebendo bolsa-formação no valor de R$ 12 mil mensais líquidos, com gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos (rurais e intermediários) e de R$ 6 mil adicionais para DSEIs, além de localidades ribeirinhas e fluviais. Se aprovados no curso, os médicos realizarão uma prova para adquirirem titulação de especialista em Medicina de Família e Comunidade e poderão ser contratados via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permanecendo nas USF em que realizaram a formação.
A contratação via CLT apresenta quatro níveis salariais, com progressão a cada três anos de participação no programa, além de gratificação por desempenho vinculada ao alcance de indicadores de qualidade de atendimento e satisfação das pessoas atendidas. Este adicional por desempenho pode variar entre 11% e 30% em relação ao salário. O primeiro nível salarial pode chegar até R$ 21 mil e, gradativamente, até R$ 31 mil, considerando o acréscimo máximo da gratificação por desempenho e local de difícil provimento. Esses valores também incluem gratificação de R$ 1 mil mensais para os médicos que acumularem o cargo de tutor.
Durante a participação no programa, os médicos serão avaliados através de métodos científicos e indicadores de saúde da população, a partir da valorização da opinião das pessoas e de critérios de desempenho clínico. O médico também avaliará a estrutura de USF e da rede de serviços do município em que trabalha. Essa avaliação ajudará no fortalecimento da qualidade da Atenção Primária à Saúde no Brasil.
ESPECIALIZAÇÃO
O curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade será obrigatório para a contratação federal via CLT. O médico cumprirá jornada semanal de 60 horas, sendo 40 horas voltadas à integração ensino-serviço, desenvolvendo atividades de atendimento direto à população, e 20 horas de atividades teóricas.
Os médicos serão supervisionados por seus respectivos tutores e passarão uma semana, a cada dois meses, na Unidade de Saúde da Família do tutor, realizando atendimentos em conjunto. Além disso, o tutor deverá estar disponível para supervisão de casos à distância a qualquer momento. Os médicos também contarão com a possibilidade de discussão de casos via telessaúde, de médico para médico, utilizando os recursos já ofertados pelo Ministério da Saúde.
O componente teórico será realizado por instituição de ensino superior parceira, com a participação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), na modalidade de ensino à distância. As avaliações serão semestrais, com aprovação obrigatória para continuidade no Programa. Ao final do curso, o médico deverá realizar um trabalho de conclusão que consistirá na identificação e priorização de um problema existente na população vinculada a sua USF, acompanhado da intervenção para a melhoria desse problema.

Fonte: Com informações do Ministério da Saúde


Governo amplia vagas em áreas mais carentes com Médicos pelo Brasil

Carta Piaui

O governo federal vai ampliar em pouco mais de 7,3 mil o número de médicos nas áreas mais carentes do país, sendo que 55% dos profissionais serão contratados para atender as regiões Norte e Nordeste. O Programa Médicos pelo Brasil, lançado hoje (1º), em substituição ao Mais Médicos, define novos critérios para realocação dos profissionais considerando locais com maior dificuldade de acesso, transporte ou permanência dos servidores, além do quesito de alta vulnerabilidade. A nova proposta ainda prevê formação de médicos especialistas em Medicina da Família e Comunidade.
Ao todo, serão 18 mil vagas. O novo programa vai coexistir com o Mais Médicos até o fim dos contratos que estão vigentes. Os médicos que quiserem migrar para o Médicos pelo Brasil também terão que participar do processo seletivo.
De acordo com o Ministério da Saúde, na atenção primária - base do Sistema Único de Saúde (SUS) - é possível resolver cerca de até 80% dos problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e tuberculose. “É o momento que olhamos decisivamente para a atenção básica. Vamos reestruturar o sistema de saúde brasileira partindo da atenção primária. Isso vem de uma sequência de ações”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante cerimônia no Palácio do Planalto. “Embora o nome seja atenção básica ela é muito mais complexa do que a atenção especializada, ela mexe com a dinâmica da sociedade, é ali que se faz a porta de entrada e a responsabilização da vida do indivíduo”, completou.
Os médicos do novo programa serão selecionados por processo seletivo para duas funções: médicos de família e comunidade e tutor médico. Todos deverão ter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os médicos formados no exterior, inclusive os cubanos que deixaram o Mais Médico e continuaram no Brasil, deverão passar pelo processo de revalidação do diploma (Revalida) para obter o registro e atuar no programa.
 Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
A Medida Provisória que cria o Médicos pelo Brasil foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro hoje e será encaminhada para avaliação do Congresso Nacional. Segundo o ministro, assim que for aprovada, o governo vai lançar edital para a seleção e contratação dos profissionais. Atualmente, existem 3,8 mil vagas, mas, até o final de 2020, o governo espera ocupar todas as 18 mil vagas, que hoje são Mais Médicos e passarão para o novo programa. O orçamento previsto para o Mais Médicos (R$ 3,4 bilhões, em 2019) será, gradativamente, transferido para o novo programa.

Contratação

Para a função de médico de família e comunidade, os profissionais que forem aprovados em teste escrito serão alocados nas unidades de Saúde da Famílias pré-definidas pelo Ministério da Saúde. Eles terão dois anos para concluir o curso de especialização em Medicina de Família e Comunidade, recebendo bolsa-formação de R$ 12 mil mensais e gratificação de R$ 3 mil adicionais para locais remotos ou R$ 6 mil adicionais para distritos indígenas, além de localidades ribeirinhas e fluviais.
Para a função de tutor médico serão selecionados especialistas em Medicina de Família e Comunidade ou de Clínica Médica. Após aprovação em processo seletivo, estes profissionais serão contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e serão responsáveis pelo atendimento à população nas unidades definidas e pela supervisão dos demais médicos durante o período do curso de especialização.
Os contratos com carteira assinada podem variar entre quatro níveis salariais que variam entre R$ 21 mil e R$ 31 mil, já incluído os acréscimos por desempenho que pode variar entre 11% a 30% do salário- medido pela qualidade de atendimento e satisfação da população - e dificuldades do local. O valor também inclui gratificação (R$ 1 mil/mês) para os médicos que acumularem o cargo de tutor. Além disto, há previsão de progressão salarial a cada três anos de participação no programa.

Áreas vulneráveis

Para classificação dos locais, o novo programa foi elaborado a partir da metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseada em estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os municípios são divididos em cinco categorias: rurais remotos, rurais adjacentes, intermediários remotos, intermediários adjacentes e urbanos. Serão priorizados os municípios rurais remotos, rurais adjacentes e intermediários remotos que, juntos, concentram 3,4 mil cidades, além das unidades de Saúde da Família ribeirinhas e fluviais e os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).
Do total de vagas do Médicos pelo Brasil, 13 mil serão para essas localidades de difícil provimento. No Mais Médicos, pouco mais de 5,6 profissionais estão nesses locais. O Ministério da Saúde informou que será criado um novo modelo de financiamento da atenção básica de saúde para compensar a transferência de vagas das regiões urbanas e intermediárias adjacentes. 
* Com informações da Agência Brasil

Regionais : Cachaça do Rio ganha prêmio na Inglaterra
Enviado por alexandre em 02/08/2019 09:48:52

Conexão Política
Cachaça do Rio ganha prêmio na Inglaterra 21
A Cachaça Tellura, de Campos, cidade localizada ao norte do Estado do Rio, foi premiada nesta terça-feira (30), em Londres, na “International Wine & Spirit Competition (IWSC) 2019” – competição anual que é referência mundial na avaliação de vinhos e bebidas destiladas.
A cada ano, a competição recebe inscrições de mais de 90 países.
As avaliações foram realizadas por cerca de 400 especialistas globais, que julgam as bebidas participantes durante sete meses do ano.
A cachaça é uma bebida que remonta a história do Brasil. Ela caminhou em paralelo com os movimentos de independência do país, fez parte de importantes momentos no ciclo de desenvolvimento econômico até se tornar a marca cultural do povo brasileiro. Receber esse prêmio só reforça a importância em valorizar e fomentar os produtores de cachaças no nosso país“, disse Carlos Alberto Corrêa, diretor da empresa.

Regionais : Presidente do PSL de Teresina, capitão Anderson, morre em acidente de carro na BR-343
Enviado por alexandre em 02/08/2019 09:48:14

Presidente do PSL de Teresina, capitão Anderson, morre em acidente de carro na BR-343

Carta Piauí
 Foto: Reprodução Fala Piauí 
O presidente municipal do PSL de Teresina, capitão Anderson, morreu no início desta quinta-feira (1°) vítima de um acidente com automóvel na BR-343. A vítima seguia de Teresina para Parnaíba onde se reuniria com representantes da Prefeitura daquela cidade para tratar sobre a visita do presidente Bolsonaro ao Piauí, ele ajudaria o cerimonial da Prefeitura de Parnaíba a montar todo evento. Capitão Anderson já foi presidente da Associação de Bombeiros Militares do Piauí.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, uma viatura foi acionada de Parnaíba para ir até o local do acidente no trecho da BR-343 entre os municípios de Piracuruca e Brasileira, onde o veículo teria saido da pista numa curva e colidido com uma árvore. O corpo de Marcelo Anderson Alves Pereira, de 44 anos, mais conhecido como capitão Anderson, está preso às ferragens e os bombeiros trabalham para fazer o resgate, uma segunda pessoa ainda não identificada foi resgatada com vida para o hospital de Parnaíba.
Capitão Anderson assumiu no último mês de julho a presidência municipal do PSL em Teresina. O militar foi candidato a deputado estadual pelo partido nas eleições de 2018 e obteve mais de 10 mil votos.   
 
 
 


PRF: carro ocupado por capitão Anderson estava com pneu reserva e acima da velocidade

Foto: Capitão Anderson/Facebook
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o carro ocupado pelo capitão Marcelo Anderson Alves Pereira, presidente do PSL em Teresina, desenvolvia velocidade incompatível para o local no momento em que ocorreu o acidente, que vitimou Marcelo Anderson, nesta quinta (1º).  

A nota da PRF também ressaltou que o carro utilizava "um pneu de emergência que por orientação técnica só pode desenvolver velocidade máxima de 80 km/h".

O acidente envolvendo o capitão Anderson, de 44 anos, ocorreu na manhã desta quinta por volta das 8h30, na BR 343 KM 150,0 na cidade de Piracuruca/PI. De acordo com a PRF, o acidente -  tipo saída de pista com colisão de objeto fixo (árvore) - envolveu um veículo Fiat/Siena. O carro era conduzido pelo capitão, que teve morte imediata. 

O corpo da vítima ficou preso entre as ferragens e o Corpo de Bombeiros fez a remoção, e encaminhou para o IML de Parnaíba.

Capitão Anderson estava a caminho de Parnaíba para participar de uma reunião com o prefeito Mão Santa; eles iriam acertar os detalhes para a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro, no litoral piauiense. 
Velório 

O translado do corpo de Marcelo Anderson, que deixa esposa e uma filha, acontece na tarde desta quinta. O velório acontecerá na Funerária Lótus, na Avenida Miguel Rosa, Centro-Sul; previsto para iniciar às 18 horas.  O sepultamento ocorrerá em Teresina na sexta (02), mas o local não foi confirmado à imprensa. 
Foto: Enviada pelo Whatsapp pela PRF

Carlienne Carpaso
carliene@cidadeverde.com
* Com informações do Fala Piauí

Regionais : Renata Vasconcellos e Rodrigo Bocardi também fizeram “extras” para banco
Enviado por alexandre em 02/08/2019 09:39:07


Rodrigo Bocardi

VEJA

O pedido de demissão do âncora Dony de Nuccio, que dividia a bancada do Jornal Hoje com Sandra Annenberg, deixou seus colegas em estado de alerta. O agora ex-apresentador, que era o nome mais cotado como substituto de William Bonner no Jornal Nacional, foi chamado pela direção da emissora ao ser revelado que tinha uma atividade profissional paralela:  Nuccio fazia vídeos de conteúdo interno para o Bradesco, em que falava frases como “nossos clientes”. Esse trabalho extra não havia sido informado e fere as normas internas do canal. Segundo o portal UOL, Nuccio recebeu mais de 7,2 milhões de reais em serviços realizados ao banco entre 2017 e 2019. A situação do jornalista ficou insustentável e, antes de ser “saído”, ele pediu demissão.

Dony de Nuccio, no entanto, não é o único apresentador da casa a estabelecer parceria comercial com o Bradesco. VEJA descobriu que Renata Vasconcellos, apresentadora do Jornal Nacional, e Rodrigo Bocardi, do Bom Dia São Paulo, também emprestaram seus rostos e credibilidades. Em um vídeo de divulgação interna do Bradesco, Renata aparece ao lado de um totem com a marca da instituição financeira e a seguinte frase: “120 razões para ser cliente”.

No caso de Bocardi, há pelo menos quatro notas fiscais referentes a serviços prestados por ele ao Bradesco, todas emitidas na mesma data: 11/9/2017 – uma no valor de 164.000 reais e outras três nos valores de 56.000 reais, cada. Total da remuneração: 332.000 reais. As notas estão em nome da empresa BOC Produções e Palestras, cuja sede fica em uma residência em um condomínio de luxo no bairro do Morumbi. A empresa, que recentemente mudou o nome para Diglog, foi aberta em 2015 e pertence à Bocardi. O âncora prestou serviços para evento da UniBrad, Universidade Corporativa do Bradesco, e fez conteúdo cujo título era “Relacionamento com o Cliente”.

Procurado por VEJA sobre o contrato com os dois apresentadores, o Bradesco se manifestou por meio de nota: “por uma questão de ética e respeito profissional, o banco não comentará contratos firmados com seus fornecedores”.

NOVAS REGRAS NA GLOBO

Depois do episódio da saída de Nuccio, jornalistas da Globo procuraram a direção da emissora para relatar sobre suas atividades paralelas, com receio de sofrerem punições. Muitos, aliás, obtiveram aval para fazer determinados trabalhos. A emissora nega clima de caça às bruxas, mas promete estudar e implementar um novo código de ética profissional. Dentro dos corredores do canal, a expectativa é de que a tolerância seja zero. Hoje, muitos jornalistas faturam com palestras e serviços de media training. A respeito dos casos agora revelados por VEJA, de Renata Vasconcellos e Rodrigo Bocardi, a Globo mandou a seguinte nota:

“Rodrigo Bocardi não tem e nem nunca teve uma empresa como a do jornalista Dony de Nuccio: não produz vídeos de nenhuma espécie, não faz projetos de comunicação, não faz vídeos publicitários, não capta clientes, não faz assessoria de imprensa. Sua PJ é o meio usado para que seja remunerado por palestras, mediação de debates ou apresentação de eventos, sempre fechados, sem transmissão ao público.
A nota fiscal encaminhada se refere a uma série de 9 palestras, realizadas há dois anos, para funcionários, sob o título “O diferencial sou eu’, sobre a sua trajetória e carreira, em evento fechado e sem transmissão.

“Renata Vasconcellos não lembra precisamente de quando foi à participação no vídeo interno ao qual às fotos se referem, mas estima que deve ter ocorrido há oito anos ou dez anos. O vídeo não foi obviamente produzido por ela: ela apenas foi contratada como apresentadora para um trabalho voltado a funcionários.

Importante destacar o comunicado que a Globo divulgou hoje e que se refere ao assunto: A direção de Jornalismo da Globo informa que foi procurada por alguns de seus jornalistas que relataram que foram contratados por terceiros para participação em eventos institucionais gravados em vídeo, mas sempre com proibição expressa de que as imagens fossem veiculadas ao público externo ou a clientes. Em alguns casos, a participação se deu com autorização da Globo por não ferir as políticas atuais da empresa. Em outros casos, a participação foi inadequada, mas sem má-fé. Todos informaram que não possuem empresas prestadoras de serviços de marketing, assessoria de imprensa ou de projetos de comunicação empresarial. A Globo, ciente agora de que persistem em alguns dúvidas sobre como agir diante de convites, informou que em breve um comunicado reiterará o que é proibido e o que não é, em detalhes, levando em conta a era digital em que vivemos”.

Regionais : Grávida morre após pedir socorro a vizinhos de dentro do Hospital de Base em Rondônia
Enviado por alexandre em 02/08/2019 01:20:00


PORTO VELHO RO - Um relato de desumanidade e descaso feito por uma paciente em trabalho de parto, internada no Hospital de Base Ary Pinheiro, que veio a óbito, foi denunciado à Polícia por vizinhos que acompanharam todo o drama e receberam vários áudios e fotos enviados pela mulher de dentro do Hospital com pedidos de socorro. 

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado por duas vizinhas, nos áudios enviados pelo Whatsapp, ela denunciava que iria morrer, pois os médicos se recusavam a fazer a cesariana que o seu caso requeria. As vizinhas que acompanharam todo o drama e ainda tentaram intervir para salvar a parturiente registraram a Ocorrência Policial nº 136037/2019, relatando como natureza: “outros crimes resultantes em morte (Consumado) relevância criminal. Data do fato 30/07/2019. Vítima: Luciene Gomes. Autor do fato: Hospital de Base Ary Pinheiro”.

No histórico da Ocorrência está o seguinte registro: “Narra a senhora M. M. N. R. que no dia 28/07/2019, por volta das 20:00 horas, acompanhou sua vizinha Luciene Gomes até a Maternidade Municipal, pois a mesma já se encontrava em trabalho de parto, que da maternidade a mesma foi conduzida em uma ambulância do SAMU para o centro obstétrico do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, que ao chegar no Hospital de Base, à senhora Luciene Gomes recebeu atendimento médico e por determinação médica a mesma seria liberada para voltar para sua residência”.

A Ocorrência segue registrando que “porém, por insistência da senhora M. M. e da senhora M. I. que avisaram que não podia ser parto normal, pois a senhora Luciene Gomes já tinha problemas desde o seu primeiro parto e tinha que ser submetida a um procedimento de cesariana”.

O caso deixou a família, amigos e vizinhos indignados e revoltados, pois entendem que a morte da mulher foi uma clara negligência médica, uma omissão de socorro dentro do Hospital de Base. Para eles, e estranha a atitude dos médicos, pois a paciente já tinha sido transferida da Maternidade Municipal para o Hospital de Base, certamente porque o caso dela era de maior gravidade e urgência, todavia a equipe médica se recusou a fazer a cesariana, o que teria causado a morte da mulher em trabalho de parto.

Além de fotos dela e de documentos, a paciente enviou de dentro do Hospital vários áudios, em degravação livre, nos quais em desespero ela pedia ajuda pelo aplicativo Whatsapp às vizinhas, pois ela tinha certeza que os médicos iriam deixa-la morrer, sem fazer a cesariana. Em um deles ela disse: “Ah não, vai lá me salvar pelo amor de Deus”. Em outro: “Não dá certo eu fugir daqui não vou conseguir”. E num terceiro áudio: “Eles conseguiram me colocar aqui dentro para me matar” e em outro “Avisaram até lá portaria pra ninguém entrar” e no quinto “Vizinha ela fazer a denúncia logo porque já tô ficando roxa a minha mão e tô me tremendo todinha já”.

Até o momento, o Hospital de Base não se pronunciou sobre o assunto.

DOCUMENTAÇÃO DO HOSPITAL COM ANOTAÇÕES:

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