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Coluna Meio Ambiente : Portal Amazônia responde: a Amazônia é banhada por algum oceano?
Enviado por alexandre em 27/03/2023 10:11:25

Portal Amazônia responde: a Amazônia é banhada por algum oceano?

Conhecida e admirada por sua potente biodiversidade, a Amazônia possui a maior bacia hidrográfica do mundo. Nasce na Cordilheira dos Andes e segue pela Colômbia, Equador, Venezuela e Bolívia, países também amazônicos, além do Brasil. Ao todo, são 7 milhões de quilômetros quadrados, 3,8 apenas no território brasileiro.

Mas se engana, porém, quem acha que na região amazônica há apenas curso de água doce, ou seja, rios. Além de lagos, igarapés e extensos rios, a Amazônia Legal é banhada pelo Oceano Atlântico.

Confira os lugares na região que são banhados pelo oceano Atlântico:

Pará

Banhada pelas águas do Atlântico, Salinópolis, ou simplesmente Salinas, é um dos municípios do litoral paraense que possuem praias de areia branca e fina que chamam a atenção por sua grandiosa extensão e paisagem paradisíaca. Salinas fica localizada a 220 quilômetros de Belém e a cidade é um dos destinos mais procurados no verão. 

Além disso, tem várias atrações, como as praias desertas na Vila de Cuiarana, o Lago da Coca-Cola, a Orla do Maçarico, a fonte de água mineral de Caranã, igarapés e dunas de areia. 

Imagem: Reprodução/IBGE

Amapá

Localizado estrategicamente no estuário do Rio Amazonas, faz fronteira com a Guiana Francesa (que é parte da União Europeia), Suriname e Estado do Pará.

Além de ser "percorrido" pelo Rio Amazonas é banhado pelo Oceano Atlântico. O Amapá apresenta, inclusive, várias vantagens consideráveis para o comércio internacional, uma vez que está geograficamente próximo de mercados consumidores, como Estados Unidos e Europa. 

Imagem: Reprodução/Guia Geográfico

Maranhão

Também banhado pelo oceano Atlântico, o Maranhão faz divisa com os estados do Pará, Piauí e Tocantins. Vale ressaltar que 181 dos 217 municípios do Estado fazem parte da Amazônia Legal, com o intuito de melhor planejar o desenvolvimento socioeconômico da região amazônica.

A região superior do Maranhão, ou seja, toda a região do litoral, é banhada pelo mar e também porta de entrada para o comércio exterior.
Imagem: Reprodução/IBGE

Coluna Meio Ambiente : Amazônia: das 100 empresas com as maiores multas ambientais, 44 atuam na região
Enviado por alexandre em 24/03/2023 00:27:00

Levantamento mostra que entre as 100 empresas e pessoas físicas que receberam as maiores multas ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no ano passado, 44 atuam na Amazônia.

 

Os dados foram obtidos e organizados pelo projeto Data Fixers, em parceria com a agência Fiquem Sabendo. De acordo com o levantamento, cinco empresas foram multadas por crimes ambientais no bioma Costeiro e Marinho, duas na Mata Atlântica e duas no Pantanal.

 

No entanto, ainda segundo os dados obtidos pelo Data Fixers, entre o ranking das 100 empresas com as maiores autuações, os biomas de atuação de 47 empresas estão subnotificados. Logo, o número na região amazônica pode ser maior.

 

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AMAZÔNIA LEGAL CONTINUA NA ZONA DE ALERTA


No ano passado, os nove estados que compõem a Amazônia Legal somaram 80,37% das multas entre os 27 estados brasileiros. Foram mais de R$ 3 bilhões do valor total.As multas de Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins somadas totalizam R$ 3.076.361.588,25.

 

Entre eles, o Pará se destaca negativamente por compreender mais da metade do valor conjunto da Amazônia Legal. Só em 2022, o estado teve R$ 1,59 bilhões em multas computadas pelo Ibama.

 

O monitoramento por satélites do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostrou que, em 2022, a região sofreu com o quinto recorde anual consecutivo de desmatamento.Desde que o Imazon começou a monitorar a região em 2008, entre janeiro e dezembro, foram devastados 10.573 km², a maior destruição em 15 anos. A destruição do bioma equivale à derrubada de quase três mil campos de futebol por dia de floresta.

 

Na Amazônia Legal, os estados que mais desmataram em 2022 foram Pará (3.874 km²), Amazonas (2.575 km²) e Mato Grosso (1.604), com 37%, 24% e 15% de toda a derrubada na região, respectivamente. As posições permanecem inalteradas desde 2019.

 

O Pará também lidera o ranking dos 27 estados brasileiros com as maiores multas em 2022. A diferença entre o primeiro e o segundo colocados é quase três vezes maior que o total paraense.

 

Dos nove estados integrantes da Amazônia Legal, apenas Roraima e Amapá não estão entre os 10 estados com as maiores autuações.

 

Confira o ranking de maiores multas: Cidades paraenses lideram ranking


Entre os municípios, Novo Progresso (PA) lidera a lista com mais de R$ 370 milhões em multas de crimes ambientais. A região é recordista em queimadas no estado paraense.


Na última segunda-feira (13/3), o Governo do Pará instalou uma base fixa no município para fiscalizar e combater irregularidades ambientais na região. A ação faz parte da intitulada Operação Curupira.

 

Novo Progresso e Altamira lideram o ranking dos 10 municípios com maior área desmatada no Pará, de acordo com a plataforma MapBiomas. Respectivamente com 108.201,5 m² e 6.798,9 m² de área destruída.

 

Altamira (PA) e São Félix do Xingu (PA) são a segunda e terceira colocadas no ranking das cidades. São R$ 317,3 milhões e R$ 182 milhões, respectivamente, em autuações apliacadas pelo Ibama.Denunciado pelo MPGO recebeu a maior multa ambiental em 2022


Conforme o levantamento, o maior valor a ser pago ao Ibama é de R$ R$ 58.585 milhões. E esse feito está no nome de Cleuberto José de Lima, investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) na Operação Poltergeist em 2015, que visava desmontar um esquema de desvio de recursos públicos por meio da contratação de servidores fantasmas.

 

O MPGO denunciou Lima pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. De acordo com reportagem da Veja de 2020, ele estaria envolvido com a queimada ilegal de floresta comandada pelo ex-deputado Daniel Messac.

 

Em depoimento a polícia, os desmatadores afirmaram que Lima era o “capataz” responsável por supervisionar o andamento da destruição na Fazenda de Messac. Ainda segundo a matéria, ambos mantinham laços estreitos.

 

Por meio de investigações, O MPGO constatou que Lima administrava a fazenda de Messac no Pará e nunca bateu ponto no local, durante a época em que foi comissionado (2010-2013).

 

Lima é dono da Free Carnes, empresa varejista de carnes fundada em 2005. Ela atua na cidade de Tucumã, localizada na microrregião de São Félix do Xingu (PA) — município que mais emite CO2 no Brasil, sofrendo com a expansão agropecuária e o desmatamento ilegal.Segundo o Ibama, Lima está sendo multado por “destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente” e danificar “florestas e demais formas de vegetação nativa que tenham regime jurídico próprio e especial de conservação ou preservação definido pela legislação”.

 

Entre as 100 maiores autuações de 2022, estão empatadas em primeiro lugar o empresário, e as empresas Manasa Madeireira Nacional S/A, Samarco Mineração S.A, Fergumar Ferro Gusa do Maranhão LTDA e Comdep – Cia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis. Todos receberam multa máxima de R$ 50 milhões pelo Ibama.

 

Com 131 multas recebidas, a Petrobras é a empresa com o maior número de multas aplicadas pelo Ibama em 2022.

 

A diferença para as outras é crimes ambientais mais comuns em 2022


Ao todo, em 2022, o Ibama aplicou 13.966 multas por crimes ambientais somando um valor total de R$ 3.827.289.098,51.

 

Confira quais foram os crimes ambientais com maior incidência no Brasil no ano passado, todo os citados estão previstos no Decreto 6514/2008:

 

Artigo 81, com 971 infrações por “deixar de apresentar relatórios ou informações ambientais nos prazos exigidos pela legislação ou, quando aplicável, naquele determinado pela autoridade ambiental”.


Artigo 82, com 803 infrações por “elaborar ou apresentar informação, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso, enganoso ou omisso”.


Artigo 48, com 769 infrações por “impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas ou demais formas de vegetação nativa em unidades de conservação ou outras áreas especialmente protegidas”.


Artigo 79, com 606 infrações por “descumprir embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas”.


Artigo 47 § 1, com 470 infrações por “receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira serrada ou em tora, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor”.

 

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Artigo 50, com 464 infrações por “destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, objeto de especial preservação, sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente”.

 

Fonte: Metrópoles

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Coluna Meio Ambiente : Paradoxo na Amazônia: chuvas volumosas e água potável em falta
Enviado por alexandre em 23/03/2023 09:51:44

Paradoxo na Amazônia: chuvas volumosas e água potável em falta

Um paradoxo é um argumento contraditório ao senso comum, que por vezes não parece verdadeiro. Como no paradoxo do mentiroso: "Esta afirmação é falsa". Porém, fora do contexto filosófico sobre situações hipotéticas, os paradoxos também cercam nossa realidade. No paradoxo das águas amazônicas, falta água potável na região com a maior disponibilidade hídrica do planeta.

O Norte do Brasil tem os piores índices de saneamento do país, com pouco mais da metade dos domicílios ligados à rede de abastecimento de água – e a maioria destes, nas cidades. Mais de 4 milhões de pessoas precisam buscar suas próprias fontes de água todos os dias. A falta de acesso afeta principalmente as mulheres, que comumente são as responsáveis por carregar e tratar as águas nas residências.

A água é utilizada para diversas finalidades – cozinhar, limpar, lavar, beber. E quando as águas não fluem por uma torneira, as louças, roupas e corpos precisam ser levados até os rios e lagos ou as suas águas carregadas até as residências. O brasileiro consome em média cerca de 150 litros de água por dia. Em um local sem acesso à distribuição de água, isso representaria 10 baldes de 15 kg sendo carregados em distâncias que podem ser superiores a 500 metros. Para evitar isto, fontes alternativas são utilizadas.

Foto: André Luís Matos/Wikimedia Commons

Na Amazônia Central, diversas comunidades ribeirinhas vivem em meio às águas, sem acesso a sistemas de abastecimento de água. Em comunidades estudadas, oito em cada dez casas captam e armazenam a água das chuvas para diferentes usos, incluindo beber e cozinhar. As volumosas chuvas desta região somam cerca de 2500 litros por metro quadrado ao longo de um ano – mais intensas e frequentes em torno de abril e menos da metade deste volume por setembro. Porém, enquanto a maioria (73%) destes domicílios possuem reservatórios de água, apenas 35% têm capacidade para mais de 100 litros por pessoa. Ou seja, estas famílias dependem das chuvas frequentes para não sofrer com a falta de água.

Enquanto comunidades maiores têm algum tipo de abastecimento centralizado, as pequenas dependem das soluções individuais. As que vivem mais próximas (até 26 km) de centros urbanos costumam utilizar a água de poços – o que não garante a qualidade para beber. E quando não conseguem coletar a águas de poços, nem das chuvas, a única fonte de água são os rios e lagos amazônicos – que possuem muito sedimento ou matéria orgânica.

O tratamento domiciliar das águas (ou seja, feito dentro de cada casa) é uma atividade rotineira das comunidades amazônicas. Porém, o hipoclorito (cloro) – método mais comum de desinfecção de água no Brasil – é utilizado em pouco mais da metade dos domicílios. Em alguns casos, a água dos rios é consumida após ser apenas "assentada" (decantada) e coada em um pano comum.

A Agenda 2030 da ONU tem como lema "não deixar ninguém para trás". E um de seus objetivos visa o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todas e todos. Em meio ao desmatamento, doenças tropicais negligenciadas, pirataria e outros problemas amazônicos, pode parecer paradoxal que alcançaremos este objetivo nos próximos oito anos. Mas este sonho deve guiar os nossos esforços até o último dia.

Sobre os autores

Leonardo Capeleto de Andrade é pós-doutorando no Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas (CEPAS), do Instituto de Geociências (IGc) da Universidade de São Paulo (USP) e Pesquisador Associado do Grupo de Pesquisa em Inovação, Desenvolvimento e Adaptação de Tecnologias Sustentáveis (GPIDATS) do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM). Maria Cecilia Rosinski Lima Gomes é pesquisadora do GPIDATS e coordenadora do Programa de Qualidade de Vida (PQV) do IDSM.

*O artigo de opinião foi publicado originalmente pela Agência Bori

Coluna Meio Ambiente : AGU permite cobrança de R$ 29 bilhões em multas ambientais do Ibama
Enviado por alexandre em 22/03/2023 00:56:20

O advogado-geral da União, Jorge Messias, aprovou, na segunda-feira (20/3), dois pareceres que dão segurança jurídica para a continuidade da cobrança de pelo menos R$ 29,1 bilhões em multas ambientais aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


O ex-presidente do órgão ambiental Eduardo Bim havia elaborado despachos anulando as penalidades aplicadas entre 2008 e 2019, que utilizaram edital para avisar os infratores sobre a necessidade de apresentarem sua defesa no final do processo.


A Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, unidade da AGU que presta consultoria jurídica à autarquia, alertou que esse entendimento sobre as alegações finais poderia resultar na extinção de 183 mil autos de infração, o equivalente a 84% do estoque de processos sancionadores abertos no Ibama atualmente. Nestes processos, um total de R$ 29,1 bilhões em multas e obrigações ambientais foram aplicadas.

 

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Eduardo Bim chefiou o Ibama durante todo o governo Jair Bolsonaro (PL). Ele foi uma indicação do primeiro ministro do Meio Ambiente da última gestão, Ricardo Salles.

 

INTIMAÇÃO POR EDITAL ESTAVA PREVISTA


Nos novos pareceres aprovados pelo atual advogado-geral da União, a AGU ressaltou que a intimação para apresentação de alegações finais por meio de edital estava expressamente prevista desde 2008, quando houve uma mudança em um decreto que regulamenta a apuração de infrações administrativas ambientais.

 

Os autuados e seus advogados podiam acompanhar o processo pelo edital publicado no site do instituto e disponibilizado em sua sede administrativa.

 

O advogado-geral da União destacou a relevância de os pareceres rejeitarem a prescrição das multas ambientais.“A infração ambiental não pode compensar financeiramente.

 

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Neste momento em que a humanidade enfrenta uma ameaça existencial, com a crescente emergência climática, a AGU não poderia deixar de cumprir seu papel de dar segurança jurídica para um dos eixos centrais da proteção ambiental: a responsabilização dos que agridem o meio ambiente e colocam em risco o futuro do planeta”, afirmou Jorge Messias.

 

Fonte: Metrópoles

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Coluna Meio Ambiente : No Rio de Janeiro, projeto da Fiocruz vai restaurar área da Mata Atlântica
Enviado por alexandre em 20/03/2023 09:55:13

Região equivale a seis campos de futebol

Maior remanescente de Mata Atlântica na cidade do Rio de Janeiro, a floresta urbana Maciço da Pedra Branca foi a área escolhida por projeto coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para restauração. Serão renovados 6,7 hectares, o que equivale a quase seis campos de futebol.

 

A região escolhida abriga o Campus Fiocruz Mata Atlântica, especificamente na área da Colônia Juliano Moreira, antigo hospital psiquiátrico onde hoje funciona o Museu Bispo do Rosário.

 

Segundo a Fiocruz Mata Atlântica, o projeto teve início este mês, com prazo para conclusão de cinco anos. O financiamento veio de uma medida compensatória de Termo de Ajuste de Conduta assinado com uma marmoraria que explorava a região, em uma parceria do Ministério Público Estadual com a Fiocruz Mata Atlântica.

 

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IMPACTOS AMBIENTAIS


Segundo a coordenadora do projeto e doutora em Biologia Vegetal, Andrea Vanini, a medida compensatória é uma penalização que busca reduzir os impactos ambientais negativos.

 

Projeto da Fiocruz vai restaurar área da Mata Atlântica no Rio de Janeiro |  Um Só Planeta | Época NEGÓCIOS

 

"Além das ações de plantio e manejo da Mata Atlântica, o projeto ofertará cursos de identificação de espécies nativas, coleta de sementes florestais e produção de mudas para a comunidade do entorno do Parque Estadual da Pedra Branca”, explicou.

 

Ela destacou, ainda, que, no longo prazo, o objetivo é recuperar a biodiversidade da área. "O projeto de restauração ecológica vai realizar o plantio de espécies nativas, aumentando assim a riqueza de espécies com potencial medicinal, frutíferas e plantas alimentícias não convencionais, além de contribuir para a conectividade de fragmentos florestais e para a conservação de espécies nativas da Mata Atlântica".

 

MATRIZES FLORESTAIS 

 

De acordo com a Fiocruz, a meta é ampliar o número de matrizes florestais, ou seja, árvores sadias que irão produzir sementes de boa procedência e qualidade, sem danos e com bom poder de germinação. Elas já vêm sendo identificadas há mais de 10 anos na Estação Biológica Fiocruz Mata Atlântica, visando aumentar a variação genética das mudas produzidas, buscando espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

 

Projeto da Fiocruz vai restaurar quase sete hectares da Mata Atlântica no  Rio - Diário do Rio de Janeiro

Fotos: Reprodução

 

"Vamos plantar espécies como a Crysophyllum imperiale, conhecida como fruto-do-imperador, chamado assim por ser muito apreciado pelos Imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, também conhecido como Guapeva e Marmeleiro-do-Mato, e atualmente na lista de espécies ameaçadas. Também serão plantados: cedro, pau-brasil, jequitibá-açu, ipês e palmito-jussara, entre outras espécies, que são atrativas para a fauna nativa”, disse Vanini.

 

Para ela, “essas árvores fornecem o alimento que os animais necessitam e que, em contrapartida, dependem deles para dispersar sementes pela floresta e assim conservar a biodiversidade local”.

 

O monitoramento da fauna nas áreas de floresta já restauradas pela Fiocruz apontou a presença de tamanduás, tapitis, gambás e pacas, animais típicos da fauna nativa da Mata Atlântica do Rio. O coordenador de projetos com levantamento e monitoramento de patógenos em animais silvestres e domésticos na Fiocruz Mata Atlântica, Ricardo Moratelli, reforçou a importância da conservação da biodiversidade para a saúde.

 

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"As florestas abrigam uma grande diversidade de espécies de animais, plantas, fungos e microrganismos. Alguns desses microrganismos podem circular entre animais e humanos, eventualmente, causar doenças em humanos, chamadas zoonoses. No entanto, florestas preservadas, onde populações animais estão em equilíbrio, oferecem menores riscos de transmissão de zoonoses. Entre as principais ações humanas que levam ao aumento da incidência de zoonoses de origem silvestre podemos citar o desmatamento e a fragmentação dos ambientes naturais. Hoje, já sabemos que o desmatamento pode levar ao aumento do risco de transmissão da malária, leishmaniose, doenças de Chagas e febre amarela, para citar apenas alguns exemplos conhecidos”, finalizou.

 

Fonte: Agência Brasil

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