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Justiça : FORMAÇÃO
Enviado por alexandre em 23/12/2011 10:52:55



Vamos formar juízes para a democracia e aperfeiçoar aqueles que já são juízes

RONDONOTICIAS: Começamos falando sobre o seu trabalho na Escola da Magistratura. Que face o senhor quer dar à Escola, durante a sua gestão?

Walter Waltenberg: Eu tenho desenvolvido algumas ações, em parceria com o atual diretor, que é o desembargador Valter de Oliveira. Para mim, cumpre prosseguir com o trabalho que ele já vem desenvolvendo, com o auxílio do desembargador Alexandre Miguel. Eu escolhi o magistrado, professor Sérgio William, que atualmente está na Vara de Execuções Penais, ele vai me auxiliar como vice-diretor da Escola. Ele é uma pessoa extremamente bem preparada, antes de ser magistrado foi professor durante vários anos e é de Juiz de Fora (MG), assim como eu.

RONDONOTICIAS: Desembargador, as faculdades a cada semestre soltam novos acadêmicos de direito. Que avaliação o senhor faz do nível desses acadêmicos? Há uma boa formação e eles podem ingressar na Escola da magistratura?

Walter Waltenberg: O candidato a magistrado, antes de tudo, ele tem que ser advogado. Então, ele já passa por um funil, bem 'estreitinho' que é o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Tenho visto muita gente boa saindo das faculdades. A concorrência é muito grande. Se o aluno tira notas 9,5, mas tem um que tira somente 10, esse será o escolhido. Temos feito concurso com 20 vagas, mas com 600 a 700 candidatos. É preciso muito estudo, muita dedicação.

RONDONOTICIAS: Qual o perfil hoje do aluno da magistratura?

Walter Waltenberg: O aluno da Escola da Magistratura é alguém que quer ser magistrado. Mas, temos também candidatos que almejam cargos do Ministério Público. Hoje, já se sabe que não há diferenças relevantes entre o juiz e o promotor, entre o desembargador e o procurador.

RONDONOTICIAS: Qual é a função básica da Escola? É formar futuros magistrados?

Walter Waltenberg: A Escola trabalha em quatro vertentes, muito distintas. A primeira delas é estar colocada à disposição dos magistrados que estão trabalhando. Dos magistrados titulares de Varas, de cargo de juiz de direito e desembargador. Então, nós fazemos muitas oficinas, nós fazemos muitos cursos para esses magistrados. Toda hora, a legislação muda, sempre há alterações no Código de Processo Civil, por exemplo, toda hora tem uma lei nova, que altera a estrutura. Saiu a lei, nós fazemos uma oficina, trazendo uma pessoa relevante do ponto de vista do conhecimento jurídico e ela vem a faz a oficina, e faz a atualização.

Numa outra vertente, a Escola Nacional da Magistratura, onde nós temos o desembargador Marcos Alaor como nosso representante, o que muito nos orgulha. A Escola Nacional prevê que uma etapa do concurso para magistrado seja uma fase na Escola Estadual. Durante quatro meses, magistrados aprovados nas primeiras fases do concurso; que já passaram pelas provas escrita, objetiva, subjetiva, oral e pelo exame psicotécnico, o último estágio, para que sejam finalmente avaliados, podendo inclusive ser eliminado, vão ter aulas com pessoas do quadro da Escola e vão depois funcionar junto às diversas Varas, escolhidas pela instituição, para que possam mostrar efetiva vocação para a magistratura. Os vocacionados são aprovados

RONDONOTICIAS: Quais os cursos que a Escola oferece?

Walter Waltenberg: Nós temos aí uma novidade que é o curso de especialização em direito: concentração. O curso de preparação para os concursos da magistratura, eles agora podem ser feitos num conceito ampliado, inclusive com cursos de especialização 'lato sensus'. Nesse primeiro momento são 1.000 horas, com 600 horas como preparação para ingresso na magistratura e as demais formarão a grade de especialização.

O curso de magistratura representa um ano, dos três necessários de experiência, para ingresso na carreira. Todo o viés doutrinário da Escola ele será esse sentido: de mostrar a Constituição, de prestigiar a Constituição, de estudar profundamente o Direito Constitucional e o Constitucionalismo. Então, a concentração em Direito Constitucional é porque ele é a base de todas disciplinas. Ou seja, o Direito Penal sob a ótica do Direito Constitucional, o Direito Civil, sob a ótica do Direito Constitucional. Vamos formar juízes para a democracia e aperfeiçoar aqueles que já são juízes, para a República, a democracia e a liberdade, que são as três coisas que eu sei falar.

RONDONOTICIAS: Qual a importância da Escola para a formação de magistrados, com a qualidade que a sociedade espera?

Walter Waltenberg: Reunimos uma condição única no Estado: todos os nossos professores, são magistrados. Nós temos um curso de magistrado reconhecido no Brasil inteiro. O Conselho Nacional de Justiça não se cansa de dizer que das 27 justiças estaduais, a de Rondônia é a terceira mais célere do país. Isso não acontece com mais intensidade porque faltam investimentos. Muito se diz da morosidade da Justiça. Veja por exemplo que muito se fala na lei ficha limpa, que na minha visão ela é um atentado á presunção de inocência. E porque o povo prestigia tanto essa lei? É porque o povo quer uma resposta pronta. Se você der ao povo uma solução rápida de litígio, ele não quer saber de leis, de regras, de normas.

RONDONOTICIAS: O senhor é contrário a essa lei?

Walter Waltenberg: Eu sou contrário à lei, na medida em que ela faz uma presunção contrária à Constituição. Ora, a Constituição é o grande acordo. É o que garante os nosso direitos. Como é que pode um direito valer pra você, mas não vale para mim? Mas se diz "vai reconhecer direito pra bandido". Mas, quem é que disse quem são os bandidos? O joio do trigo é separado no Fórum. É o juiz quem diz, quem presta e quem não presta. Mas que juiz? o último que constitucionalmente tiver legitimidade para falar sobre o assunto pela última vez. Existem questões que chegam até ao Supremo Tribunal Federal.

RONDONOTICIAS: O senhor considera então que essa lei atenta contra a presunção de inocência?

Walter Waltenberg: Veja só o que o senso comum é capaz de reconhecer com a maior tranquilidade. Mais de 40% das pessoas que são condenadas pelo juiz, confirmadas pelo Tribunal de Justiça e depois pelo Superior Tribunal de Justiça, depois são absolvidas pelo Supremo Tribunal Federal. Se você considera que o cidadão é culpado nessas três instâncias e, apenas por esse fato, o impede de praticar algo lícito, como cidadão livre desse país, quando chega no Supremo, que ele é absolvido, que resposta você dá a ele?

RONDONOTICIAS: A culpa está onde, afinal?

Walter Waltenberg: O problema foi o STF não ter dado a resposta imediata. Era preciso ter decidido logo se era constitucional ou inconstitucional. Acabou por demorar por dar essa resposta e está demorando de novo.

Justiça : MAFIA DA TOGA
Enviado por alexandre em 22/12/2011 19:35:41



Eliana Calmon chama associações de juízes de mentirosas


A ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disse nesta quinta-feira que as associações representativas de juízes são “mentirosas”, “maledicentes”, “corporativas” e estão focadas numa “tentativa de linchamento moral contra ela”. Ela negou as informações das associações de que ela estaria investigando 231 mil magistrados, servidores de tribunais e seus parentes. Segundo a ministra, os magistrados sob investigação não passam de 500 integrantes de 22 tribunais.


- Só posso lamentar a polêmica, que é fruto de maledicência e irresponsabilidade da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e da Anamatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho), que mentirosamente desinformam a população ou informam com declarações incendiárias e inverossímeis - afirmou.

A corregedora disse que, com base em dados fornecidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), 150 magistrados do estado de São Paulo tiveram a movimentação financeira taxada de atípica, porque receberam mais de R$ 250 mil por ano. No estado, 45% dos juízes não apresentaram declaração de Imposto de Renda, uma atitude obrigatória por lei. Outra preocupação é com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, onde nenhum juiz apresentou o documento.

O período examinado pela corregedoria são os anos de 2009 e 2010. A ministra explicou que as movimentações atípicas não necessariamente constituem irregularidades. Agora, os técnicos do CNJ vão examinar os pagamentos para dizer quais são ilegais. Há casos aceitáveis – como, por exemplo, heranças recebidas ou eventual venda de imóvel que represente ganho na renda do magistrado. Ela negou que tivesse acessado dados bancários dos magistrados.

Eliana Calmon disse que o monitoramento da evolução patrimonial dos juízes brasileiros é feito pelo CNJ há quatro anos, com base na emenda constitucional que criou o órgão. Ela reiterou sua posição de que o conselho deve fiscalizar a magistratura para contribuir com o fim da corrupção no país. Para ela, as associações de classe estão interessadas em comprometer a “sobrevivência com autonomia do CNJ”:

- Este é o verdadeiro ovo da serpente.
A decisão de interromper as investigações foi do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), em liminar pedida pelas associações representativas dos juízes. Por conta da polêmica, Eliana interrompeu suas férias e voltou a Brasília para dar entrevista sobre o assunto.

A ministra negou que a corregedoria tivesse informações sobre os rendimentos dos ministros Lewandowski e Cezar Peluso, do STF. Ela esclareceu que nenhum dos dois foi incluído na investigação, ao contrário do que informou parte da imprensa. A corregedora disse que não conversará com os ministros sobre o episódio.
- Se a questão está judicializada, não se pode conversar como se fosse um clube de amigos - disse.

Na segunda-feira, o ministro Marco Aurélio Mello, também do STF, deu liminar proibindo o CNJ de investigar qualquer juiz que não tenha sido antes investigado pela corregedoria do tribunal onde trabalha. A ministra afirmou que, por enquanto, não vai enviar os processos abertos no conselho para as corregedorias nos estados, porque ainda não recebeu a decisão do ministro. Ela acrescentou que, segundo foi informada, esse pedido de transferência de foro das investigações não estaria expresso na liminar.
- Se ele mandar eu devolver, eu devolvo - ponderou.

Juízes querem que MP investigue corregedora
Em mais um capítulo da guerra travada entre juízes e o CNJ, a Ajufe , a AMB e Anamatra divulgaram nota nesta quinta-feira anunciando que pedirão à Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar a ministra Eliana Calmon. As entidades reclamam da suposta quebra do sigilo de dados de 231 mil juízes, servidores de tribunais e parentes, sem ordem judicial, por parte da corregedora.

As entidades também anunciaram que vão pedir ao presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, a instauração de uma investigação na corregedoria do conselho para apurar o episódio. “As Associações entendem que a quebra do sigilo de dados de apenas um cidadão brasileiro, sem autorização judicial, já constitui violação ao texto constitucional e prática de crime”, diz a nota.

Por fim, as associações afirmam que apoiam as atividades do conselho, desde que exercidas dentro da lei. “As Associações subscritoras continuarão apoiando todas as medidas de investigação do CNJ da conduta de juízes e servidores do Poder Judiciário, desde que observadas as garantias constitucionais inerentes a todos os cidadãos brasileiros”, concluem.



Autor: O Globo

Justiça : A VERDADE DÓI
Enviado por alexandre em 21/12/2011 11:02:14



Juiz é gente ou é Deus?


Afinal, juiz é gente ou é Deus? Se a pergunta for dirigida ao ministro Marco Aurélio Melo, do STF, juiz é Deus, e, por ser Deus, ninguém deve tocar nele. Mesmo se tratando de um juiz que não honra a toga. O ministro decidiu que o Conselho Nacional de Justiça não tem autoridade para investigar juiz nenhum. Jogou na lata do lixo toda a parafernália que se fez para criar o Conselho que pretendia moralizar o judiciário. O ministro nivelou todo mundo. Por baixo.

De uma penada só, desmoralizou os conselheiros, botou uma mordaça na boca da corregedora Eliana Calmon e fez cada brasileiro desse país engolir e digerir a sua indignação. A partir de agora, juiz só será visto pelo CNJ após as corregedorias dos tribunais onde eles atuam concluírem as investigações preliminares. Como acontecia antigamente, quando nada acontecia.

A decisão do ministro Marco Aurélio atendeu a uma reclamação da Associação dos Magistrados Brasileiros, incomodada com a devassa iniciada em novembro na folha de pagamentos dos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo. O objetivo da investigação era examinar indícios de que alguns integrantes da cúpula do tribunal acumularam vantagens indevidas e receberam salários superiores ao teto fixado pela Constituição.

No mesmo dia em que Marco Aurélio Mello esvaziou os poderes do CNJ, outro ministro do STF, Ricardo Lewandowski, decidiu suspender liminarmente inspeções do órgão de controle do Judiciário sobre ganhos de servidores, magistrados e seus familiares em 22 tribunais do país. As apurações começaram neste ano e foram motivadas por informações emitidas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do ministério da Fazenda que monitora movimentações financeira atípicas.

Imagino como devem estar se sentindo os juízes honrados, obrigados a chamar de colegas os que não honram a lei, a exemplo desses que motivaram as manchetes abaixo transcritas, colhidas em diversos portais de notícias da internet, e que certamente agora vão poder rosetar a vontade:

Justiça pune juiz corrupto com aposentadoria de R$ 25,4 mil
Juiz é preso acusado de agredir a namorada em Alagoas
Juiz é preso por agredir esposa e desacatar policiais
Onde a corrupção veste toga
Juiz é preso após beber, não pagar a conta e desacatar PMs
Juiz é preso por estupro em Roraima depois de 4 anos do ato
juiz é preso após atirar em via pública
Juiz mata vigia dentro de supermercado no Ceará
Juiz mata Promotor e celebra 22 anos de impunidade
Juiz bêbado atropela e mata jovem motoqueiro
Juiz "Lalau" é condenado a 26,5 anos de prisão.

BLOG DO TIÃO LUCENA

Justiça : DE VOLTA AO DOCE LAR
Enviado por alexandre em 20/12/2011 11:38:02



STJ MANDA PRENDER VALTER ARAÚJO DE NOVO; ADVOGADOS MENTIRAM PARA MINISTRA

A ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, do STJ, reviu decisão anterior e atendeu pedido do Ministério Público Federal. A ministra explica no despacho que os advogados de Valter mentiram categoricamente ao afirmar que apenas uma acusação havia contra o líder do bando. Maria Thereza ao atender a petição do MPF aceitou as ponderações de alta periculosidade de Valter Araújo e todo o seu bando.

No despacho, a ministra condena a ação dos advogados, que segundo ela, chegaram a ir a seu gabinete garantindo a existência de apenas uma ação. “OS IMPETRANTES, QUANDO COMPARECERAM AO GABINETE DESTA RELATORA, FORAM ENFÁTICOS EM ASSEVERAR A EXISTÊNCIA DE APENAS UMA EXORDIAL ACUSATÓRIA, SOMENTE PELO CRIME DE QUADRILHA. AO CONTRÁRIO DO QUE SE TROUXE AO CONHECIMENTO DESTA RELATORA, PORÉM, OS AUTOS DEMONSTRAM QUE O QUADRO PROCESSUAL É BEM DIVERSO DAQUELE APREGOADO PELOS IMPETRANTES, QUE INCLUSIVE SEQUER COMUNICARAM A EXISTÊNCIA DAS DEMAIS ACUSAÇÕES FORMULADAS CONTRA O PACIENTE, EM OBEDIÊNCIA ATÉ MESMO À LEALDADE PROCESSUAL E ÉTICA PROFISSIONAL QUE DEVE NORTEAR O RELACIONAMENTO FORENSE. ASSIM, COMO A MEDIDA LIMINAR DEPENDE DE UMA SEGURANÇA FÁTICO-PROCESSUAL, QUE RESTOU ABALADA COM A DEMONSTRAÇÃO DE ELEMENTOS QUE DESVESTEM DE SOLIDEZ A PRETENSÃO LIBERATÓRIA, NÃO VEJO COMO MANTÊ-LA. “

Com a decisão, Valter Araújo retorna para a cadeia imediatamente. CONFIRA ÍNTEGRA DA DECISÃO:

TLG. MCD6T-45098/2011 - SEXTA TURMA
COMUNICO VOSSÊNCIA QUE NOS AUTOS DO HABEAS CORPUS Nº 226196/RO
REGISTRO Nº 2011/0282581-5, (Nº DE ORIGEM 30982420119220000), EM QUE FIGURAM COMO IMPETRANTE MARCELO CAMA PROENÇA FERNANDES E OUTRO, IMPETRADO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA, PACIENTE VALTER ARAÚJO GONÇALVES (PRESO), EXAREI DECISÃO:


"CUIDA-SE DE PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE DEFERIMENTO DE LIMINAR, FORMULADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.
ADUZ O REQUERENTE:


3. OCORRE QUE, AO CONTRÁRIO DO AFIRMADO PELOS IMPETRANTES NA PETIÇÃO DE FLS. 281/307, NA QUAL A EMINENTE RELATORA EMBASOU O SEU R. DECISUM (FL. 366), O PACIENTE FOI DENUNCIADO POR DIVERSOS OUTROS CRIMES, CONFORME SE EXTRAI DAS DENÚNCIAS EM ANEXO DO CONHECIMENTO DA DEFESA, E NÃO SOMENTE PELO CRIME DE FORMAÇÃO DE QUADRILHA (ART. 288 DO CP). NO PONTO, CONSTAM PELO MENOS 06 (SEIS) OUTRAS DENÚNCIAS OFERTADAS PELO PARQUET:


1) USO DE DOCUMENTO FALSO (ART. 304, C/C ART. 29 DO CP)
2) ADVOCACIA ADMINISTRATIVA (ART. 321, PARÁGRAFO ÚNICO, C/C ART. 62, INCISO I, DO CP)
3) FALSIDADE IDEOLÓGICA (ART. 299, CAPUT, C/C ART. 61, INCISO II, "G" E ART. 62, INCISO I, DO CP)
4. NESSA MOLDURA FÁTICA, CONCLUI-SE QUE A SOMA DAS PENAS DOS CRIMES EM QUESTÃO ULTRAPASSA 04 (QUATRO) ANOS, NÃO HAVENDO SE FALAR, ASSIM, EM APLICAÇÃO DO ART. 313, INCISO I, DO CPP, NEM EM "EXCESSO" NA APLICAÇÃO DA MEDIDA CONSTRITIVA, MORMENTE EM SE TRATANDO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NA QUAL O PACIENTE FIGURA COMO SEU MENTOR, E DA EXISTÊNCIA DE OUTRAS 09 (NOVE) DENÚNCIAS EM CURSO EM DESFAVOR DOS DIVERSOS CORRÉUS.
05. COMO SE VÊ, A PRISÃO CAUTELAR DO PACIENTE É MEDIDA QUE SE IMPÕE PARA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, HAJA VISTA SUA INCONTESTE PERICULOSIDADE, BEM COMO PELA CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL, CONFORME FOI BEM DELINEADO NA COTA MINISTERIAL DE 5/12/11. (FLS. 502-503).
REQUER, ENTÃO, A RECONSIDERAÇÃO DA LIMINAR, DETERMINANDO-SE, NOVAMENTE, A COLOCAÇÃO DO PACIENTE NO CÁRCERE.

É O RELATÓRIO.

ANALISANDO AS RAZÕES APRESENTADAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, QUE SE MOSTRAM CONSENTÂNEAS COM AS INFORMAÇÕES QUE VINHAM INSTRUINDO AS DIVERSAS ORDENS APORTADAS NESTA CORTE, RELATIVAMENTE À OPERAÇÃO TERMÓPILAS, VERIFICA-SE QUE O SEU PLEITO OSTENTA PLAUSIBILIDADE.
DE FATO, CONTRIBUIU, DECISIVAMENTE, PARA O JUÍZO LIBERATÓRIO DA MEDIDA PREFACIAL A CIRCUNSTÂNCIA DE, EM RELAÇÃO AO PACIENTE, TER SIDO ELABORADA UMA ISOLADA DENÚNCIA, TÃO-SOMENTE PELO CRIME DE QUADRILHA SIMPLES.

CONTUDO, NÃO EXISTE UMA SÓ E PONTUAL DENÚNCIA DEDUZIDA EM DESFAVOR DO PACIENTE. FORAM VÁRIAS E POR DIVERSOS CRIMES. OS IMPETRANTES, QUANDO COMPARECERAM AO GABINETE DESTA RELATORA, FORAM ENFÁTICOS EM ASSEVERAR A EXISTÊNCIA DE APENAS UMA EXORDIAL ACUSATÓRIA, SOMENTE PELO CRIME DE QUADRILHA. AO CONTRÁRIO DO QUE SE TROUXE AO CONHECIMENTO DESTA RELATORA, PORÉM, OS AUTOS DEMONSTRAM QUE O QUADRO PROCESSUAL É BEM DIVERSO DAQUELE APREGOADO PELOS IMPETRANTES, QUE INCLUSIVE SEQUER COMUNICARAM A EXISTÊNCIA DAS DEMAIS ACUSAÇÕES FORMULADAS CONTRA O PACIENTE, EM OBEDIÊNCIA ATÉ MESMO À LEALDADE PROCESSUAL E ÉTICA PROFISSIONAL QUE DEVE NORTEAR O RELACIONAMENTO FORENSE.

ASSIM, COMO A MEDIDA LIMINAR DEPENDE DE UMA SEGURANÇA FÁTICO-PROCESSUAL, QUE RESTOU ABALADA COM A DEMONSTRAÇÃO DE ELEMENTOS QUE DESVESTEM DE SOLIDEZ A PRETENSÃO LIBERATÓRIA, NÃO VEJO COMO MANTÊ-LA.

ANTE O EXPOSTO, DEFIRO O PLEITO DE RECONSIDERAÇÃO FORMULADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, FICANDO ASSIM REVOGADA A LIMINAR OUTRORA DEFERIDA, RESTABELECENDO A CUSTÓDIA CAUTELAR. POR CONSEGUINTE, DOU POR PREJUDICADO O EXAME DOS PEDIDOS DE EXTENSÃO, COMO O PRESENTE ÀS FLS. 484-485, EM FAVOR DE JOSÉ MILTON DE SOUSA BRILHANTE.
COMUNIQUE-SE AO TRIBUNAL DE ORIGEM.
CIENTIFIQUE-SE O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.
PUBLIQUE-SE.
BRASÍLIA, 19 DE DEZEMBRO DE 2011".
COMUNIQUE-SE INCONTINENTI A VARA DE ORIGEM/EXECUÇÃO, PARA IMEDIATO CUMPRIMENTO. O INTEIRO TEOR DESTA DECISÃO



Fonte: RONDONIAGORA

Autor: RONDONIAGORA

Justiça : NÃO SABIA?
Enviado por alexandre em 19/12/2011 14:41:40



Afilhado do governador continua na cadeia, rapaz entrava com dinheiro na cueca na residência oficial

A investigação da Polícia Federal e Ministério Público Estadual que culminou com a prisão de mais de uma dezena de pessoas em Rondônia traz no seu bojo uma situação atípica. Após alguns meses de investigação, foi descoberto um propinoduto que desvia dinheiro da saúde e desembocava no “bolso” de deputados e assessores palacianos.

Um dos acusados é Rômulo Lopes, afilhado de Confúcio Moura e que morava na mesma casa em que o governador. O Rapaz foi preso enquanto dormia na residência oficial, na Rua Paulo Leal, centro de Porto Velho. Numa das gravações da PF, realizadas com autorização da justiça, descobriu-se que Rômulo recebia propina de Miguel Morheb, empresário do ramo de limpeza.
Romulo é conhecido por ser o “correria” de Confúcio, realizando há anos, todo tipo de serviço ao governador.

Numa das conversas grampeadas, após Miguel passar uma quantia em dinheiro, aconselha o afilhado do governador a colocar dinheiro na cueca para entrar na residência oficial. Ou seja, Rômulo guardava o dinheiro roubado do sistema de saúde pública na casa de Confúcio Moura.

Entrevistado por um progrma de televisão, o governador Confúcio disse que “Rômulo era gente nossa, gente da cidade. Que foi cooptado pelo sistema. Não vou dizer que abusou da confiança, mas de certa forma falando, porque foi abuso”

Agora fica a duvida. Se a Policia Federal sabia que Romulo entrava com dinheiro oriundo de propina dentro da casa e dormia no local, porque não foi realizada uma busca e apreensão no seu quarto ou até em toda a casa do governador?
O que aconteceu foi apenas uma prisão, com o próprio governador indo acordar seu “pupilo”. Os homens de preto não ousaram entrar na casa de Confúcio.

E Confúcio? Será que o governador não sabia do esquema, que tinha ramificações dentro de sua casa? Aliás, outros parentes de Confúcio são constantemente citados por empresários como supostos achacadores e propineiros. Resta saber se nova operação policial vai terminar a profilaxia na família Moura.

Passados 30 dias da prisão de Rômulo, o afilhado de Confúcio Moura continua numa cela do presido estadual conhecido como “Pandinha”. Apesar da grande relação de amizade, quase paternal entre o governador e Rômulo Lopes, o chefe do executivo não foi visitar seu afilhado na prisão.

Fonte: RONDONIAOVIVO - PAULO ANDREOLI MTB/923

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