Ciência & Tecnologia : Vestígios da Idade do Bronze: a cidade oculta de al-Natah em Khaybar
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Enviado por alexandre em 07/11/2024 10:17:41 |
No coração do deserto da Península Arábica, uma descoberta fascinante vem levantando a atenção sobre a transição de comunidades nômades para a vida urbana há milhares de anos. Arqueólogos descobriram al-Natah, uma cidade de 4 mil anos, escondida sob o Oásis de Khaybar, no noroeste da Arábia Saudita. Este assentamento, que abrigou cerca de 500 pessoas entre 2400 a.C. e 1300 a.C., mostra que a urbanização nessa região seguiu um caminho diferente e mais lento em comparação com civilizações contemporâneas no Egito e na Mesopotâmia. Veja também Fapeam apresenta bioprodutos amazônicos no último dia da ExpoAmazônia BIO&TIC A idade em que atingimos o auge da tristeza, segundo a ciência CIDADE PRIMITIVA A pesquisa liderada pelo arqueólogo francês Guillaume Charloux, em parceria com colegas sauditas, revelou que al-Natah não era apenas um amontoado de casas, mas um exemplo de planejamento urbano primitivo. A cidade se estendia por 2,6 hectares e era cercada por muralhas de até cinco metros de altura, sinal de que uma autoridade local poderosa zelava pela proteção de seus habitantes. Essas fortificações, que totalizavam impressionantes 14,5 quilômetros, ajudavam a proteger a cidade de ataques, uma ameaça constante em um território ainda povoado por grupos nômades pastoris. O assentamento foi projetado com um distrito central administrativo e uma área residencial, conectados por vielas estreitas e sinuosas. Os vestígios de pelo menos 50 casas indicam que essas construções eram suficientemente robustas para abrigar famílias em edificações de um ou dois andares. A cerâmica encontrada sugere que a sociedade de al-Natah era relativamente igualitária; as peças, apesar de belas, tinham design simples e funcional. Além disso, a descoberta de armas de metal e pedras preciosas como a ágata em uma necrópole próxima aponta para um nível de sofisticação e organização social notáveis. A localização privilegiada do Oásis de Khaybar, uma rara porção fértil em meio à aridez do deserto, pode ter sido fundamental para o desenvolvimento dessa comunidade. Embora os arqueólogos tenham encontrado poucos vestígios de cereais, é provável que os habitantes praticassem agricultura em pequena escala, aproveitando a irrigação natural do oásis. Essa autossuficiência relativa, junto com as muralhas protetoras, teria dado à cidade uma segurança que outros grupos nômades da época não possuíam. SEGUINDO O PRÓPRIO RITMO O conceito de “urbanismo lento” descrito por Charloux reforça a ideia de que o desenvolvimento de al-Natah não se deu com a rapidez observada em regiões como a Mesopotâmia e o Egito, onde cidades grandes e complexas surgiram já no quarto milênio a.C. Em vez disso, o noroeste da Arábia seguiu um ritmo diferente, no qual o assentamento urbano surgiu como uma adaptação gradual às condições locais e culturais. Essa forma de vida pode ter dado origem a redes comerciais rudimentares, com oásis fortificados servindo de entrepostos de troca e ligação entre tribos nômades e as rotas comerciais emergentes, como a futura rota do incenso. O estudo da cidade de al-Natah faz parte de uma série de investigações mais amplas sobre a Idade do Bronze na Arábia Saudita, que incluem descobertas em Tayma, outro oásis que já foi habitado por povos antigos e onde foram encontradas fortificações e estruturas similares. A preservação natural do local, graças às rochas de basalto que cobrem a região, foi crucial para que as escavações arqueológicas fossem bem-sucedidas e livres de intervenções modernas. No entanto, muitas perguntas ainda permanecem, principalmente sobre o motivo do abandono da cidade entre 1500 a.C. e 1300 a.C. Charloux admite que, por ora, não há respostas claras para essa questão, mas destaca a importância de continuar investigando. Fotos:Reprodução Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram Enquanto isso, a redescoberta de al-Natah reforça que a Península Arábica, tantas vezes vista apenas como um deserto inóspito, tem segredos complexos e histórias de civilizações antigas ainda esperando para serem reveladas. Fonte:Mega Curioso LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : Imagens geradas por Inteligência Artificial ameaçam a ciência
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Enviado por alexandre em 06/11/2024 10:40:37 |
A Inteligência Artificial generativa permite criar falsificações quase indistinguíveis do material real, o que pode ser um risco à ciência De manipulações em dados a artigos falsos produzidos em massa, as fraudes na literatura acadêmica não são novidade. No entanto, com o avanço da Inteligência Artificial (IA) generativa, esse problema tem se agravado ainda mais. Cientistas forenses, conhecidos como “detetives científicos”, dedicam-se a identificar e coibir falsificações em estudos acadêmicos, mas a chegada de IA sofisticada tornou esse trabalho cada vez mais complexo. Como essas ferramentas podem criar textos, imagens e dados realistas, existe agora o temor de uma “corrida armamentista” entre fraudadores e investigadores que tentam proteger a integridade científica. A IA generativa oferece oportunidades sem precedentes para falsificadores, que conseguem criar artigos com dados e imagens falsas, quase indistinguíveis do material legítimo. Em uma reportagem da revista Nature, Jana Christopher, analista de integridade de imagem da FEBS Press, na Alemanha, aponta que os profissionais de integridade científica estão “cada vez mais preocupados com as possibilidades” abertas por essa tecnologia. Veja também Fapeam expõe projetos na área da nutrição e tecnologia de alimentos na ExpoAmazônia BIO&TIC Secretário Serafim Corrêa destaca importância de ciência e inovação na Expo Amazônia Bio&TIC 2024 Elisabeth Bik, especialista em análise forense de imagens, ressalta que, enquanto algumas revistas já permitem o uso de IA para gerar textos, a criação de dados e imagens artificiais ainda é vista com cautela. “Podemos permitir textos gerados por IA, mas a linha é tênue quando se trata de dados”. A geração de imagens científicas com IA é um problema crescente, especialmente porque muitas dessas imagens são tão realistas que se tornam impossíveis de distinguir a olho nu. Christopher relata que já suspeita de imagens geradas por IA em artigos diariamente, mas sem provas claras, é difícil agir. Foto: Reprodução Em um caso famoso, uma imagem de um rato manipulada via IA, com características absurdas e sem sentido, foi publicada por engano, gerando repercussão e retirada rápida. Episódios como esse revelam o quanto essa tecnologia permite criar gráficos e dados falsificados de forma quase imperceptível.Ao longo dos anos, os detetives científicos aprenderam a identificar indícios de manipulação digital, como padrões idênticos em imagens de biologia celular. No entanto, a IA torna esse trabalho mais difícil. “Vejo muitos artigos onde as imagens não parecem reais, mas isso não é prova suficiente”, observa Bik. Por outro lado, sinais de textos escritos por IA, como o uso de frases típicas de chatbots, estão se tornando mais evidentes. Com a proliferação de imagens e textos gerados por IA, novas ferramentas estão sendo desenvolvidas para ajudar na detecção. Empresas como Imagetwin e Proofig estão expandindo seus algoritmos para detectar irregularidades criadas por IA em figuras científicas. De acordo com Dror Kolodkin-Gal, cofundador da Proofig, sua ferramenta de detecção de imagens microscópicas criadas por IA foi testada com sucesso em milhares de imagens, alcançando uma taxa de acerto de 98%. No entanto, esses sistemas ainda dependem da revisão humana para validação dos resultados, e Christopher destaca que, embora sejam limitadas, “são ferramentas valiosas para aumentar os esforços de triagem de envios”. A revista Science, por exemplo, já utiliza o Proofig para verificar a integridade das imagens nos artigos submetidos. A Springer Nature, editora da Nature, desenvolveu suas próprias ferramentas de detecção, chamadas Geppetto e SnapShot, que identificam anomalias para análise humana. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram s sejam promissores, especialistas alertam que há uma necessidade urgente de novos padrões e tecnologias para validar dados e imagens de maneira eficiente. A criação de marcas d’água invisíveis para identificar imagens capturadas por microscópios, por exemplo, pode ser uma solução, sugere Christopher.A Associação Internacional de Editores Científicos, Técnicos e Médicos (STM), sediada no Reino Unido, lançou projetos como o United2Act e o STM Integrity Hub, voltados para enfrentar as chamadas “fábricas de artigos” – empresas que produzem pesquisas falsas em massa para atender à demanda por publicações acadêmicas. Fonte: Olhar Digital LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : Google, Facebook, Amazon e Microsoft vão investir US$ 200 bi em inteligência artificial neste ano
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Enviado por alexandre em 05/11/2024 14:40:28 |
E executivos das quatro big techs já avisaram, ao divulgarem seus balanços financeiros do último trimestre, que extravagância de gastos com IA continuará em 2025 Há três meses, Wall Street puniu as maiores empresas de tecnologia do mundo por gastarem quantias enormes para desenvolver inteligência artificial, apenas para entregar resultados que não justificaram os custos. A resposta do Vale do Silício neste trimestre? Planos para investir ainda mais. Os investimentos das quatro maiores empresas de internet e software — Amazon, Microsoft, Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp) e Alphabet (holding do Google) — devem totalizar bem mais de US$ 200 bilhões (R$ 1,13 trilhão) neste ano, uma quantia recorde para esse grupo de grandes gastadores. Executivos de cada empresa alertaram os investidores nesta semana que a extravagância continuará no próximo ano, ou até mesmo aumentará. Veja também Nvidia entra no Dow Jones da Bolsa de NY no lugar da Intel, que deixa o índice após 25 anos Lucy: o fóssil que transformou o estudo da evolução humana Essa farra destaca os custos e recursos extremos consumidos pelo boom mundial em IA desencadeado pela chegada do ChatGPT. As gigantes da tecnologia estão correndo para garantir os escassos chips de alta tecnologia e construir os vastos data centers que a tecnologia exige. Para isso, as empresas fecharam acordos com fornecedores de energia para alimentar essas instalações, chegando a reativar uma notória usina nuclear. Cada uma delas está tentando convencer Wall Street de que esses enormes investimentos tornarão seus negócios futuros mais lucrativos do que os atuais, que vendem anúncios digitais, produtos e softwares. Em uma teleconferência com investidores na última quinta-feira, Andy Jassy, CEO da Amazon, chamou a IA de uma "grande oportunidade realmente fora do comum, talvez única na vida", evidenciada pela projeção de sua empresa de um recorde de US$ 75 bilhões em gastos para 2024. — Acredito que nossos clientes, o negócio e nossos acionistas se sentirão bem com isso a longo prazo — afirmou. Analistas da MoffettNathanson chamaram os gastos da Amazon de “verdadeiramente impressionantes”. Um dia antes, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, prometeu intensificar os investimentos em modelos de linguagem de IA e outros projetos futuristas, que ele agora define como essenciais para o futuro da empresa. Os gastos da Meta podem chegar a US$ 40 bilhões este ano. Enquanto isso, o orçamento de despesas de capital da Alphabet superou as expectativas de Wall Street, e sua diretora financeira, Anat Ashkenazi, projetou aumentos “substanciais” para 2025. A Apple também se comprometeu a investir em inteligência artificial, introduzindo um conjunto de serviços, como uma Siri mais avançada, chamada de Apple Intelligence. Mas seus resultados financeiros relativamente fracos neste trimestre não foram ajudados por seus novos produtos de IA, que em grande parte ainda não haviam sido lançados. Os resultados financeiros das gigantes de tecnologia nesta semana foram variados. As ações da Amazon e da Alphabet, empresa controladora do Google, dispararam depois que as empresas superaram as expectativas de lucro, principalmente devido ao crescimento de suas unidades de computação em nuvem. Mas as ações da Meta e da Microsoft caíram, após o plano de gastos da Meta gerar preocupações e as perspectivas de crescimento da receita da Microsoft no setor de nuvem desapontarem. Alphabet, Microsoft e Meta subiram ligeiramente nas negociações pré-mercado na sexta-feira, enquanto a Amazon teve alta de 6,7% antes da abertura das bolsas de Nova York. A Apple caiu cerca de 1,1% no início das negociações. Para a Microsoft, seu desempenho trimestral decepcionante não ocorreu porque os clientes não estavam dispostos a pagar por seus serviços de nuvem e IA, mas porque a empresa não conseguiu expandir a capacidade suficientemente rápido. — Toda essa demanda surgiu bem rápido — disse o CEO, Satya Nadella, aos investidores em uma teleconferência na quarta-feira, acrescentando que data centers “não são construídos da noite para o dia”. A Microsoft gastou US$ 14,9 bilhões no trimestre, um aumento de 50% em relação ao ano passado — e um valor maior do que a empresa já havia gasto em propriedades e equipamentos em um único ano antes de 2020. A diretora financeira Amy Hood disse aos investidores que a Microsoft trabalhará para colocar o fornecimento de seus data centers em uma “posição mais equilibrada”. Os analistas estavam amplamente otimistas de que as dificuldades de fornecimento de data centers da Microsoft eventualmente serão resolvidas. O problema irá “restringir modestamente” os negócios de nuvem da Microsoft, mas os investimentos da empresa, especialmente sua grande participação na OpenAI, estão “plantando sementes para o sucesso no longo prazo”, escreveram analistas do JPMorgan em uma nota após os resultados da empresa. A preocupação de Wall Street com o excesso de gastos não vai desaparecer. Esta semana, a Meta relatou US$ 4,4 bilhões em perdas operacionais para o Reality Labs, sua divisão que fabrica óculos de realidade aumentada e outros dispositivos longe do sucesso comercial. A empresa também gastou pesadamente para desenvolver seus modelos Llama, que visam competir com o Google e a OpenAI. Na chamada de resultados da Meta, Zuckerberg argumentou que esses investimentos em IA estão melhorando o principal negócio da empresa de venda de anúncios no Facebook e Instagram. Mas os investidores continuarão apreensivos com quaisquer sinais de fraqueza no negócio de anúncios “enquanto aguardam um retorno das grandes apostas em IA da Meta”, disse Jasmine Enberg, analista principal da Emarketer. Ainda assim, as ações da Meta subiram 60% este ano. E alguns analistas afirmaram que os grandes gastos de Zuckerberg trarão retorno no futuro. "Claro, a história está a seu favor”, escreveu a MoffettNathanson em seu relatório, “e agora os investidores foram treinados para entender que paciência aqui é uma virtude.” Fonte: O Globo LEIA MAIS DEIXE SEU COMENTÁRIO |
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Ciência & Tecnologia : Magnatas da IA, como Musk e Altman, defendem renda universal para minimizar impactos da tecnologia
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Enviado por alexandre em 04/11/2024 16:21:45 |
Os críticos defendem tributar mais ricos, enquanto os líderes de big techs veem quantia mínima como forma de reduzir desemprego no futuro A renda básica universal (RBU), política que prevê a distribuição de uma quantia mínima de recursos para toda a população como forma de garantir a subsistência de todos, têm ganhado adeptos entre os magnatas da tecnologia. Nomes como Elon Musk — o homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 240 bilhões — e Sam Altman, um dos fundadores e presidente da OpenAI, a empresa por trás da iniciativa de inteligência artificial mais conhecida do mundo, o ChatGPT, são entusiastas da ideia. Há pelo menos oito anos, Musk defende a renda básica universal publicamente como solução para os impactos da automação do trabalho com o avanço da tecnologia, que, para ele, vai atingir todo tipo de função. Veja também Windows 10 deixará de ser atualizado pela Microsoft em breve. Veja o que muda e como migrar de sistema Google Chat: como fixar conversa ou espaço no bate-papo É essa a resposta costumeira do empresário quando questionado sobre os danos que a inteligência artificial (IA) provocará à sociedade ao substituir profissionais. Para ele, o trabalho deverá ser opcional no futuro e todos precisarão ter sua subsistência garantida. Outro entusiasta da RBU é Sam Altman. Diferentemente de Musk, Altman não só respalda a renda básica como levantou R$ 60 milhões para testá-la na prática. Os recursos foram para a OpenResearch, projeto criado por ele para realizar e documentar os projetos pilotos. Durante três anos, a OpenResearch distribuiu US$ 1 mil mensais para um grupo de mil pessoas nos estados de Illinois e Texas. Outros dois mil participantes fizeram parte de um grupo de controle, com um cheque mensal de US$ 50. No período, os participantes responderam pesquisas, compartilharam relatos qualitativos e fizeram exames médicos. Os primeiros resultados foram publicados neste ano. Em média, o aumento de renda dos indivíduos do primeiro grupo, todos abaixo ou na linha da pobreza, foi de 40%. A estimativa dos pesquisadores é que cerca de 81% dos recursos foram usados para gastos básicos como moradia; 22% para lazer e 3% para para pagar financiamentos. Em geral, os participantes relataram mais cuidados com a saúde, aumento na capacidade de poupança e redução de horas trabalhadas. Assim como não é nova a discussão sobre a RBU, testes da proposta são feitos desde antes de os bilionários da IA se interessarem pela ideia. Um dos principais pesquisadores do mundo sobre o tema, o belga Jurgen De Wispelaere, coordenador da Basic Income Earth Network (Bien), ressalta que os pilotos têm limitações por serem temporários (o que muda a perspectiva dos participantes sobre como usar o recurso) e focalizados (não testam em populações mais amplas). Daron Acemoglu, professor do MIT (Foto: Divulgação) Apesar disso, ele diz que são uma “espécie de laboratório”, onde se pode observar como a RBU interage com diferentes contextos locais. — Por ser temporário, claro que as pessoas vão pensar duas vezes antes de fazer uma mudança de carreira, por exemplo. Mesmo assim, conseguimos identificar efeitos importantes, em relação a estresse, saúde, bem-estar e confiança na sociedade. Outra razão desses testes é entender como encaixar essa renda extra na sociedade, a partir de quais mecanismos de governo — diz o pesquisador ao GLOBO. Wispelaere trabalha em uma plataforma para mapear todos os experimentos em curso no mundo. Por enquanto, tem catalogados 18 pilotos, que somam US$ 286 milhões investidos, em seis países (Canadá, Finlândia, Índia, Holanda, Espanha e EUA). Nos EUA, por exemplo, a renda básica é testada em 35 estados com 150 iniciativas. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram Diferentemente de programas sociais focalizados, como o Bolsa Família no Brasil, a RBU precisa ter algumas características: ser paga em dinheiro; atingir todas as pessoas sem distinção de renda, idade ou condição de emprego; não exigir contrapartida; ser regular e previsível. Fonte: O Globo LEIA MAIS |
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Ciência & Tecnologia : Segredos de múmia egípcia de 3 mil anos são revelados em digitalização
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Enviado por alexandre em 01/11/2024 09:48:04 |
Entre as múmias que repousam nas galerias do Field Museum em Chicago, uma em particular tem intrigado os pesquisadores há décadas: Lady Chenet-aa, uma aristocrata egípcia que viveu durante a 22ª Dinastia — cerca de 3 mil anos atrás. O mistério de seu caixão de cartonnage, uma estrutura de papiro e gesso semelhante ao papel machê, sempre deixou os egiptólogos curiosos. Diferente de outros caixões que possuem costuras visíveis, o de Chenet-aa parecia completamente liso e sem junções, o que levantou a dúvida: como a múmia teria sido colocada lá dentro? Veja também Conheça o barco voador brasileiro que pretende revolucionar o transporte na Amazônia Modelo de IA inovador testa medicamentos sozinho e economiza milhões Esse enigma histórico começou a ser desvendado graças à tecnologia de tomografia computadorizada (CT). Em outubro, o museu anunciou que, ao utilizar um scanner móvel, finalmente conseguiram entender o procedimento por trás do que foi apelidado de “múmia trancada”. “Era essencial que o caixão interno parecesse inteiro e sem costuras externas”, explicou JP Brown, conservador sênior do Field Museum. A abertura na base é estreita demais para a largura dos ombros da múmia passarem, o que indica uma técnica elaborada usada pelos antigos egípcios para manter a integridade visual do caixão. TRUQUE USADO PELOS EGÍPCIOS Para entender melhor a técnica, uma equipe de especialistas passou quatro dias transportando e digitalizando cerca de 26 múmias, incluindo a de Chenet-aa, em um scanner móvel estacionado fora do museu. A tomografia cria renderizações 3D detalhadas ao empilhar milhares de imagens de raios X, o que permitiu uma análise inédita e precisa do caixão de Chenet-aa e seu conteúdo. O resultado? Uma revelação surpreendente. Segundo Brown, os embalsamadores cortaram uma fenda nas costas do cartonnage e aplicaram umidade para deixá-lo mais flexível. Em seguida, a múmia foi erguida e amarrada em um poste, e o caixão foi cuidadosamente colocado sobre sua cabeça. Depois, a fenda foi lacrada com corda e coberta com uma camada de gesso. “Quando o cartonnage endureceu novamente, eles o selaram e o pintaram, deixando o caixão liso e impecável”, disse Brown. Essa técnica não apenas preservava a aparência, mas também mantinha o corpo seguro para o pós-vida. A análise revelou ainda detalhes fascinantes: as camadas de tinta do caixão mostraram que ele foi decorado enquanto Chenet-aa ainda estava de pé, reforçando o cuidado e o rigor no preparo do enterro. Após essa última etapa, a múmia estava pronta para seu repouso eterno, protegida e preparada para a vida após a morte. UMA AMOSTRA DA SAÚDE DE CHENET-AA Fotos:Reprodução Além de resolver o enigma da montagem do caixão, as imagens de tomografia também revelaram aspectos inéditos sobre a saúde de Chenet-aa. A aristocrata provavelmente morreu entre os 30 e 40 anos, e sua arcada dentária não estava em boas condições. Muitos dentes estavam ausentes, enquanto os restantes apresentavam desgaste severo, provavelmente causado pela presença de areia na alimentação. Outro detalhe intrigante foi encontrado em seu crânio. Em ambas as órbitas oculares, havia objetos brilhantes, indicando olhos artificiais. Embora os verdadeiros olhos estivessem ausentes, essas próteses teriam a função de permitir que Chenet-aa mantivesse sua visão na vida após a morte. “Para os egípcios, a preparação para o pós-vida era como economizar para a aposentadoria”, brincou Brown. Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram O pesquisador comparou a importância dos olhos para a múmia à ideia de “poupança” para o futuro espiritual. Para eles, cada detalhe simbólico era literal; se quisessem enxergar na eternidade, precisariam de olhos, nem que fossem representações físicas. Fonte: Mega Curioso LEIA MAIS |
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